O presidente do Conselho Real Consultivo para os assuntos saranianos deixou claro que o Conselho "deve refletir a vontade real para encontrar uma solução no âmbito da soberania do Marrocos.".
O Presidente do Conselho aclarou que este conselho considera "todas as categorias e sensibilidades" do sara ", e de uma forma que reflete com honestidade a natureza da sociedade do sara".
Ele também defendeu o desenvolvimento do plano de autonomia para Saara como uma "solução" uma única solução e viável ", acrescentando que" criar um pequeno estado levará aos conflitos constantes entre as tribos sobre os recursos". Isso poderia levar " um segundo Darfur na África. "
O presidente do Conselho Real Consultivo para os assuntos saranianos, considera que a recente decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas que propôs uma solução de compromisso e "políticamente consensual". E isso que corresponde com uma autonomia acrescentando que esta solução " se situa entre o estatuto de independência e a plena integração e, por essa razão, que ele se basea sobre o princípio sem vencedor nem vencido».
O senhor Ouald Errachide exprimiu o seu desejo de "conhecer a verdadeira visão dos refugiados", que estão do outro lado, salientando que "a liberdade de expressão e a manifestação existem no sara", de modo que as forças de segurança não intervêm a não ser nos momentos em que as manifestações se tornem violentas.
O senhor Ouald Errachid disse neste contexto que "há algumas pessoas que defendem idéias separatistas, e eles provocam muito barulho recorrendo à violência na rua, mas trata de uma minoria."
A seguir o texto desta entrevista:
"El Pais": O CORCAS foi ativado por diversas vezes por parte do rei, será que essa vez vai ser sério?
Khalihenna Ouald Errachid O conselho anterior não tem a mesma missão do Conselho de hoje. O conselho de hoje vai responder à vontade real que visa encontrar um terreno vasto para os sarauis no seio de Marrocos, e vamos resolver o problema com dignidade.
"El Pais": Não seria melhor, a fim de avançar nas idéias, ouvindo os sarauís em Laayoune ao invés de criar um lugar em Rabat?
Khalihenna Ouald Errachid: esta questão é segundária. Este Conselho foi o produto de uma vontade real e será junto a ele, sendo que ele pertence ao Rei, e para Ele levarmos as idéias.
"El Pais": Você é o presidente do Conselho Municipal em Laayoune há 23 anos, mas de repente você nora em Rabat?
Khalihenna Ouald Errachid: Eu vivo entre as duas cidades. Eu era ministro por 17 anos, no reinado de Hassan II, o que me obrigou a residir em Rabat, mas eu sou do sara, e eu conheço detalhes dos problemas desta região.
"El Pais": os membros do CORCAS forma nomeados, não eleitos, pergunto se não se inicia a democracia e auto-governo a partir das eleições livres?
Khalihenna Ouald Errachid: a nossa sociedade é ainda uma comunidade tribal. CORCAS não é um órgão eleito, mas é uma copia conforme da comunidade do sarao, onde há prefeitos, deputados e senadores e membros da sociedade civil os mais representativos. O importante é que eles pertencem a todas as sensibilidades.
"El Pais": Por que não podem escolher entre a autonomia e independência?
Khalihenna Ould Errachid: É um problema complexo. Não é possível aplicar os modelos implantados em outras regiões do mundo a favor do sara. Porque o sara não sai dos âmbitos tribais, as tribos do sara sobre uma área de mais de 34 milhões de quilômetros quadrados, a partir de Guelmim sul de Marrocos, ao norte da Mauritânia, através do sudoeste da Argélia, incluso uma parte do Mali. Por que vair permitir ao sarananiano marroquino o plano de autonomia e não ao saraniano da Argélia? Isso seria injusto para o Marrocos.
"El Pais": Por que foi aceito na África das fronteiras herdadas do colonialismo diante deles?
Khalihenna Ouald Errachid: porque aconteceram dezenas de guerras é o que queremos evitar. O surgimento de mini estados vai nos arrastar a inúmeros conflitos entre tribos face aos recursos. Nós seremos a exemplo de outros como Darfur, na África. Pois a única solução possível para o sara é o plano de auto-governo.
"El Pais", o recente relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, evitou, no entanto, insistir sobre o Marrocos e o Polisário para discutir o plano de auto-governo, porque isso equivaleria ao reconhecimento da soberania marroquina.
Khalihenna Ouald Errachid: A recente decisão do Conselho de Segurança, proponha uma solução política, em conformidade com as partes, e isso não significa que autonomia é no meio do caminho e entre as suas linhas. Meio do caminho seja entre a independência e a plena integração. Sem que haja vencedor nem perdedor.
"El Pais": Parece que voceis confirmam que apenas um terço dos refugiados sarauis estão nos acampamentos dos separatistas, e não há outras pessoas dentro?
Khalihenna: O que me interessa e conhecer o que pensam os refugiados de fato. Em contra parte existe no sara a liberdade de expressao e a liberdade de manifestação, eles podem ser reprimidas mas só quando provocam violência - e talvez isso aconteceu as vezes face alguns abusos do poder, - algumas detêm idéias separatistas, e muitas vozes foram ouvidas porque não se basea sobre a violência.
"El Pais": Então, Ali Salem Tamek não detem uma representatividade?
Khalihenna: É um jovem saraniano origem de ASA (uma área da Espanha incorporada ao Marrocos em 1958), Ele foi liberado ultimamente. Ligei para prabenizá-lo e gostaria de conversar com ele porque eu tenho certeza que ele vai converser-se no final.