"No nosso trabalho, damos prioridade aos aspectos psicológicos da reconciliação" porque, existem "numerosas barreiras provocadas pela falta de confiança, de incompreensão e pelas idéias erróneas que temos que desfazer para atingir a verdadeira e definitiva reconciliação que abrirá o caminho para a instauração de uma autonomia e permitirá encerrar definitivamente o processo do Sara", precisou o Presidente.
O presidente do Corcas também declarou estar convencido que o conjunto dos cidadãos sarauis, tanto os que estão nos campos de Tindouf como os que se encontram em qualquer outro lugar, aspiram unanimemente a uma solução rápida porque, a única alternativa que se lhes oferece actualmente é "a escolha entre a autonomia ou que os nossos irmãos continuem, por tempo indeterminado, em Lahmada, com tudo o que isso implica em termos de sofrimento,de separação e de crise permanente".
O Presidente recordou que o Plano Baker está "morto e enterrado" pelo simples facto de este ser "política e tecnicamente inaplicável".
No que se refere ao modo de convencer a população dos campos de Lahmada a aderir à idéia da autonomia, o Sr. Khalihenna Ould Errachid disse: "Dispomos da carta da reconciliação, da mudança e da acção, sem quaisquer promessas enganosas. "Aos partidários do referendo, afirmamos: não haverá referendo, há apenas a opção da autonomia que garante aos Sarauis todos os direitos, incluindo os direitos políticos e culturais ".
"As pessoas estão cansadas de estar em Tindouf e querem eclipsar-se desta situação deplorável e inaceitável e, do nosso lado, queremos que saiam com dignidade, de cabeça levantada", sublinhou o presidente do Corcas, acrescentando que "a autonomia é a vitória daqueles que reclamam, desde 1972, uma identidade saraui no âmbito do Reino de Marrocos, usufruindo de todos direitos económicos, sociais e políticos".
Ao abordar os objectivos de base do CORCAS, o Sr. Khalihenna Ould Errachid notou que o Conselho tem por missão "aplicar políticas bem determinadas para rectificar os disfuncionamentos económicos, sociais e políticos da região e explicar a nossa causa, como verdadeiros cidadãos Sarauis, a fim que possamos restabelecer a posição do Sara, tal como ela era no passado, isto é, uma componente activa e um grande pilar no interior do Estado marroquino".
Ao referir-se às especulações da imprensa segundo as quais a secretária de Estado americana ter-se-ia recusado a recebe-lo, o Sr. Khalihenna Ould Errachid sublinhou que se trata de pura "mentira", precisando que o CORCAS ainda não programou a sua visita aos EUA.
Enfim, o Presidente qualificou de "positiva" a declaração do Embaixador americano ao Conselho de Segurança, segundo o qual Marrocos é convidado a apresentar um "projecto aplicável", tendo concluído que "é exactamente esse o caminho que estamos a seguir".
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