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20 de abril de 2024
 
 
 
Discursos Reais

Espera-se de alguns países, parceiros de Marrocos, tradicionais e novos os quais adotam certa posição camuflada e sombra em relação ao diferendo em torno do Saara marroquino, com vista a esclarecer suas posições e rever o conteúdo de forma inequívoca.



A Sua Majestade o Rei Mohammed VI, que Deus o assiste, dirigiu-se, sábado pela noite, um discurso real ao seu povo por ocasião do 69º aniversário da revolução do Rei e do povo.

Eis a seguir o discurso real integral:

“Louvado seja Deus, que as orações e a paz de Deus estejam sobre o nosso Mestre, Mensageiro de Deus, sua família e companheiros.

Caro povo,

Hoje comemoramos a gloriosa revolução do Rei e do povo, a qual constituiu uma etapa divisora no caminho da realização da independência.

Bem como ela incorpora a profundidade dos laços de amizade e apego, entre o rei exilado e povo revoltado, comprometendo a unidade e a soberania da pátria; diante de  um povo revoltado com enormes sacrifícios, até o retorno de seu rei legítimo, e firmar a liberdade e dignidade.

No mesmo espírito de sacrifício e solidariedade, tem sido consolidada a unidade territorial, com a incorporação das províncias meridionais do Reino.

Caro povo,

Tem sido possível nos últimos anos, alcançar grandes conquistas, tanto a nível regional como internacional, em prol da posição justa e legítima do Reino diante da questão do Saara marroquino.

Assim, muitos países importantes revelaram o seu apoio e apreço à iniciativa de autonomia, em pleno respeito à soberania de Marrocos sobre o seu território, como o único quadro capaz de  acabar com este conflito artificial regional.

Assim, a posição consistente dos Estados Unidos da América constitui um verdadeiro incentivo, à qual não muda com a mudança de administrações, e nem se afecta das circunstâncias.

Agradecemos também a posição clara e responsável da nossa vizinha Espanha, que conhece bem a origem e a verdade deste conflito.

Esta atitude positiva possibilitou uma nova fase da parceria marroquina-espanhola, a qual não se afeta das condições regionais, nem dos desdobramentos políticos internos.

Sendo a postura construtiva da iniciativa de autonomia, em relação ao grupo de países europeus, incluindo Alemanha, Holanda, Portugal, Sérvia, Hungria, Chipre e Roménia, tendo contribuído no sentido de abrir uma nova página nas relações de confiança, reforçando a parceria qualitativa com estes amigos países.

Paralelamente com este apoio, cerca de trinta países abriram consulados nas províncias do sul, materializando o seu apoio explícito à integridade territorial do Reino junto ao Saara marroquino.

Nesta ocasião, não podemos deixar de renovar nossas expressões de agradecimento aos nossos irmãos, reis, príncipes e chefes de países árabes irmãos, sobretudo a Jordânia, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Djibuti e Comores, ao abrir representações consulares em Laayoune e Dakhla.

Agradecendo também aos demais países árabes, os quais apoiam consistentemente o Saara marroquino, representados sobretudo pelos países do Conselho de Cooperação do Golfo, Egito e Iêmen.

Temos aqui que expressar nosso orgulho das posições de nossos irmãos africanos, uma vez que cerca de 40% dos países africanos, pertencentes a cinco grupos regionais, terão aberto consulados em Laayoune e Dakhla.

Essa dinâmica envolve também os países da América Latina e Caribe, os quais abriram consulados no Saara marroquino; outros países vão decidindo no sentido de ampliar o escopo de sua jurisdição consular, visando as províncias do sul do Reino.

Diante destes desenvolvimentos positivos, que dizem respeito a países de vários continentes, cuja mensagem clara enviada a todos: o dossier do Saara constitui a lente através da qual o Marrocos enxerga o mundo, sendo o critério claro e simples pelo qual mede a sinceridade, as amizades e eficácia das parcerias.

Assim, espera-se que alguns países, dos tradicionais e novos parceiros de Marrocos possam adotar posições mais claras sobre a marroquinaria do Saara, bem como esclarecer suas posições e rever tal conteúdo de forma inequívoca.

Caro Povo,

Continua-se a ser a pedra angular da defesa do Saara marroquino. Unindo a frente interna e mobilizando os marroquinos de forma abrangente, onde estejam, enfrentando as manobras dos inimigos.

Aproveitando esta ocasião para prestar homenagem aos membros da comunidade marroquina residentes no estrangeiro, pelos esforços engajados para defender a integridade territorial, via diferentes plataformas e sítios onde se encontram.

E Marrocos, louvado a Deus, conta com uma comunidade estimada em cinco milhões, além de centenas de milhares de judeus marroquinos no exterior, espalhados em todo o mundo.

Os marroquinos do mundo constituem um caso especial neste campo, dado o seu forte apego à pátria, e laços aprofundados com a vontade de servir os interesses superiores, face aos problemas e dificuldades que encontram.

A força dos laços humanos e o orgulho de pertencer a Marrocos não se limita à primeira geração de imigrantes; mais ao contrário, foi graças à herança de geração em geração, passando da terceira e quarta gerações.

Por outro lado, deve-se perguntar constantemente: O que temos garantido para que eles consolidem este laço com a pátria? se o arcabouço legislativo e as políticas públicas levam em conta suas especificidades? E se os procedimentos administrativos são adequados com suas circunstâncias? E se temos oferecido a eles o enquadramento religioso e educacional necessário?

E se temos oferecido a eles o apoio necessário e as condições adequadas para o sucesso de seus projetos de investimento?

De fato, o Estado tem realizado grandes esforços para garantir uma boa recepção dos marroquinos do mundo. Mas isso não é suficiente. Uma vez que muitos deles, infelizmente, ainda enfrentam muitos obstáculos e dificuldades, para realizar seus objetivos administrativos, ou lançar seus projetos. Se o que deve resolver.

Quanto à participação da comunidade no processo de desenvolvimento, o qual merece toda a nossa atenção, uma vez que o Marrocos necessita hoje, de seus cidadãos, suas competências e experiências provenientes do estrangeiro, seja para trabalhar ou  fixar residência no Marrocos, ou via diferentes tipos de parceria, contribuindo a partir dos países de residência.

A comunidade marroquina no exterior é conhecida graças às competências internacionais em diversos campos, científicos, econômicos, políticos, culturais, esportivos e outros. Tal é motivo de orgulho para o Marrocos e a todos os marroquinos.

Foi a hora para se consolidar de modo a acompanhar as exigências, as circunstâncias e as necessárias, visando a dar de seu melhor em benefício do país e do desenvolvimento.

Assim, necessita-se de estabelecer uma relação estrutural permanente, com competências marroquinas no exterior, envolvendo os judeus marroquinos.

Chamando também para criar um mecanismo especial, cuja missão é acompanhar os talentos marroquinos no exterior e apoiar suas iniciativas e projetos.

Tal vai permitir que se conheça, comunique-se constantemente, informando sobre as qualificações de seu país, em termos do dinamismo de desenvolvimento e investimento.

Reitera-se aqui, apelo aos jovens marroquinos e detentores de projetos, residentes no exterior, aproveitando as oportunidades de investimento que o país oferece, além dos incentivos e garantias da nova carta de investimento.

Por outro lado, as instituições públicas e o setor financeiro e empresarial nacional foram chamados a abrir-se aos investidores da comunidade; através de mecanismos eficazes de incubação, acompanhamento e parceria, em benefício de todos.

Finalmente, tendo em vista as aspirações renovadas dos marroquinos do mundo, chegou o tempo para renovar e reabilitar o quadro institucional em prol desta categoria de cidadãos.

Deve-se rever o modelo de governança das instituições existentes para manter a eficiência e integração.

Caro Povo,

O espírito eterno da revolução de 20 de agosto, seus significados de sacrifício, solidariedade e lealdade, pelo bem da pátria, vai continuar iluminando o nosso caminho, visando sucessivas gerações, à luz da unidade, da segurança e da estabilidade nacional e territorial.

Nisso é a melhor lealdade aos pioneiros da resistência e libertação, liderados por nosso santo avô, Sua Majestade o Rei Mohammed V, seu companheiro na luta, e nosso abençoado pai, Sua Majestade o Rei Hassan II, que Deus esteja com seu alma, bem como em relação a todos os mártires da nação.

Que a paz e a misericórdia de Deus estejam com vocês.

Wassalam Ualaikum wa Rahmatulah Wa Barakatuh

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