Eis a seguir o texto integral do discurso.
Louvado seja Deus, que as bênçãos e a paz estejam com o Mensageiro de Deus, sua família e seus companheiros.
Caro povo,
A Marcha Verde, que hoje comemoramos, coincide como o seu quadragésimo quinto aniversário, um modelo único de mobilização coletiva, de compromisso, de disciplina, e de adesão à realidade.
Os marroquinos atenderam, espontaneamente e com um espírito de patriotismo sincero, a chamada real, bendito pai, a Sua Majestade o Rei Hassan II, que Deus esteja com sua alma e esteja em paz. Mostrando ao mundo a capacidade deste povo marroquino de enfrentar os desafios e marcar a história, através de uma marcha pacífica, culminando com a recuperação das nossas províncias do sul.
A Marcha Verde não é apenas um evento nacional de destaque, no caminho da integridade territorial. É um processo renovado e contínuo de trabalho para consolidar o Saara marroquino a nível internacional, bem como torná-lo uma locomotiva de desenvolvimento, a nível regional e continental.
Os últimos anos conheceram um desenvolvimento tangível, em diferentes níveis: No nível das Nações Unidas: as decisões recentes do Conselho de Segurança enterraram as abordagens e proposições predominantes e irrealistas. Também enfatizaram a participação efetiva das partes envolvidas, nesta disputa regional. Contra qualquer forma irreversível desta solução política, baseada no realismo e no consenso. O que é consistente com a iniciativa marroquina de autonomia, contada com o apoio do Conselho de Segurança e das grandes potências, considerada como a única opção natural da resolução deste conflito.
Quanto à União Africana, livrou-se das manobras durante muitos anos, antea que o Marrocos voltar definitivamente ao seio desta unidade. Tal organização passou a contar com uma abordagem construtiva, baseada no apoio total, dos esforços das Nações Unidas, por meio do Secretário-Geral e do Conselho de Segurança.
A nível jurídico e diplomático: diferentes países irmãos abriram seus consulados gerais nas cidades de Laayoune e Dakhla. Um reconhecimento claro e franco do Saara marroquino, reconhecendo a confiança, a segurança, a estabilidade e a prosperidade das quais desfrutam nossas províncias do sul.
Enquanto isso, a comunidade internacional, cada vez mais, denuncia as tendências e manobras de outras partes. Cujo número de estados que deuxaram de reconhecer a entidade fantasma é de 163, seja 85% dos estados membros das Nações Unidas.
Tal tendência foi reforçada graças á adoção de posturas construtivas por parte das grandes potências internacionais, a exemplo da celebração de parcerias estratégicas e econômicas, sem reserva ou exceção, com as regiões meridionais do Reino, um apoio integrante ao território marroquino. Com base nestas conquistas, o Marrocos afirma o seu compromisso sincero na cooperação com Sua Excelência o Secretário-Geral das Nações Unidas, no quadro do respeito pelas resoluções do Conselho de Segurança, com vista a chegar a uma solução definitiva, com base na iniciativa de autonomia.
O Marrocos também vai permanecer firme nas suas posições. Nada pode afetá-lo nem as provocações estéreis e manobras desta parte desesperada, limitada no sentido de fugir para a frente, após a queda de suas teses ultrapassadas.
Aqui, reitermaos a nossa denuncia categórica às práticas rejeitadas de tentativa de obstrução do trânsito normal entre o Marrocos e a Mauritânia, ou para alterar a situação jurídica e histórica da leste do muro de segurança, ou qualquer exploração ilegal das riquezas da região.
O Marrocos vai permanecer, se Deus quiser, como sempre, apegado à lógica e à sabedoria; com toda capacidade, de força e firmeza, aos excessos que procuram minar a segurança e a estabilidade de suas províncias do sul. Confiantes de que as Nações Unidas e a MINURSO vão continuar a cumprir com seus deveres, manter e proteger o cessar-fogo na região.
Caro povo,
O Nosso compromisso é a consolidação do Saara marroquino em nível internacional, sem que nada se compara a não ser o nosso trabalho contínuo para torná-lo uma locomotiva de desenvolvimento, a nível regional e continental.
Na implementação dos grandes projetos das qualificações abundantes no seu domínio marítimo.
Neste contexto, Marrocos concluiu durante este ano a demarcação dos seus domínios marítimos, combinando-os no quadro do sistema jurídico marroquino, em conformidade com os princípios do direito internacional.
O Marrocos vai continuar empenhado no diálogo com o nosso vizinho, a Espanha, sobre os lugares de sobreposição entre as águas territoriais dos dois países amigos, no âmbito do direito marítimo, e no respeito a parceria que os une, longe de impor um status quo por um lado unilateralmente.
A revelação dos alcances e limites das áreas marinhas, sob a soberania do Reino, um suporte ao esquema, visando a potenciar o dinamismo económico e social. Com base nesta visão da frente atlântica, no sul do Reino, em frente ao Saara marroquino, parte marítima de integração económica, de radiação continental e internacional.
Além do porto Tânger-Mediterrâneo, ocupando o primeiro lugar entre os portos africanos, uma vez o porto atlântico de Dakhla passa a reforçar esta tendência.
Continuando a trabalhar no desenvolvimento de uma verdadeira economia marítima nesses valiosos territórios. Graças a seus recursos e capacidades na terra e no mar, fazendo uma ponte e um elo entre Marrocos e as profundezas africanas.
Neste contexto, deve-se investir nos domínios marinhos, da dessalinização da água do mar ou das energias renováveis, explorando os geradores de energia eólica e a energia das correntes marinhas.
Paralelamente, o setor da pesca deve continuar a avançar, devido ao seu papel na promoção da economia da região, dando um novo impulso ao Plano Azul, tornando-se um pilar estratégico, para revitalizar o setor do turismo, um verdadeiro destino do turismo costeiro.
Caro povo,
O respeito ao espírito da Marcha Verde, ao seu juramento eterno, exige de todos nos, marroquinos, continuar a mobilizar-se, com vigilância e trabalhar de forma séria e responsável para enfrentar os desafios internos e externos.
Todos devem lembrar deste espírito e estes valores, continuando a implementar projetos de desenvolvimento e sociais, defendendo os nossos interesses e causas justas, bem como reforçar a posição de Marrocos no seu ambiente regional e internacional.
Finalmente, Tal ocasião é para prestar homenagem e misericórdia às almas puras dos mártires de Marrocos e todos os soldados das Forças Armadas Reais e das forças de segurança, por seus engajamentos permanentes, sob nossa liderança, para preservar a unidade da pátria, a segurança e a estabilidade.
Que a paz e a misericórdia de Deus estejam com nos.
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