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25 de abril de 2024
 
 
 
Discursos Reais

Esta revolução, marcada pelo espírito de patriotismo sincero de valores de sacrifício, de solidariedade e lealdade, visa a liberdade e independência de Marrocos.

A Sua Majestade o Rei Mohammed VI, que Deus o assiste, dirige um discurso à Nação nesta noite de quinta-feira, por ocasião do 67º aniversário da Revolução do Rei e do Povo.


 



Eis a seguir o texto integral deste Discurso Real:

 "Louvado seja Deus, que a Oração e a salvação estejam sobre o Profeta, Sua família e Seus companheiros.

 Caro povo,

 Neste mesmo dia do ano 1953, a vontade de Nosso Avô, Sua Majestade o Rei Mohammed V, e de Seu companheiro de luta, Nosso Pai, Sua Majestade o Rei Hassan II, que Deus esteja com suas almas, convergindo com a do povo marroquino, motivo do nascmento de uma revolução histórica, cuja palavra de ordem a rejeição dos planos coloniais.

 O Patriotismo sincero, o espírito de sacrifício, a solidariedade e a lealdade constituem as virtudes eletivas desta gloriosa epopéia que pretendia construir um Marrocos livre e independente.

 Tal história de Marrocos tem sido , assim, ricamente tecida com acontecimentos que testemunham a simbiose perfeita entre o Trono e o povo, sempre unido, perante ás vicissitudes do tempo.

 O que constitui o estado de espírito que, durante as primeiras fases da pandemia de Covid-19, levou os marroquinos, depois, a empenhar-se e a comprometer-se, coletivamente.

 Nesse período de crise, conseguimos, por meio de esforços conjuntos, mitigar o impacto sanitário e suas consequências econômicas e sociais.

 Neste sentido, a grande parte da população tem se beneficiado do apoio do estado. Tendo iniciado um plano ambicioso e sem precedentes em prol da recuperação econômica e do lançamento de um grande projeto de generalização da cobertura social, em benefício de todos os marroquinos.

Nesse sentido, insistimos sobre a necessidade de boa execução destes projetos, dentro dos prazos estipulados.

 Caro povo,

 No entanto, apesar dos esforços engajados, a pandemia continua forte e o combate ainda, inacabada, o que se inscreve num contexto difícil e sem precedentes.

 Temos sido citados como exemplo pelo respeito e cumprimento das medidas preventivas e pelos resultados convincentes que temos registrados durante o período de confinamento.

 Tal balanço foi, para Nós, um motivo de particular orgulho, notadamente do ponto de vista dos baixos níveis do número de mortes e da proporção de pessoas afetadas, em comparação com os de muitos outros países.

 Infelizmente, temos constatado que, pela conjunção de diferentes fatores, o levantamento do confinamento foi acompanhado por um aumento excepcional dos casos de infecção.

 De fato, alguns têm confundido o levantamento do confinamento e o fim da doença, enquanto outros têm mostrado um abandono e um frouxidão inadmissível. Alguns  têm ido até a negar a existência da pandemia.

 Enfatizando aqui que a doença é muito real; apoiando o oposto que prejudica não apenas aquele que o reivindica, mas também sua família e seus compatriotas.

 Também tem que lembrar que os sintomas aparecem com alguns pacientes, somente depois de 10 dias, após a infecção, ou até mais. Além disso, o número elevado de casos assintomáticos aumenta o risco de propagação da pandemia, o que requer maior vigilância.

 De fato, esta doença não faz distinção entre as populações rurais e urbanas, nem entre as crianças, os jovens e os idosos. A realidade é que a grande parte da população não respeita as medidas preventivas de saúde adotadas pelo poder público, como o uso de máscara, observância das regras de distanciamento social e o uso de produtos de higiene e desinfecção.

Essas práticas poderiam ser entendidas, se as ferramentas de prevenção fossem indisponíveis no mercado ou fossem caras. No entanto, anota-se que o estado se comprometeu escrupulosamente a fornecer esses produtos em abundância e a preços muito razoável.

 O estado de fato tem subsidiado o custo das máscaras e incentivou sua produção industrial, localmente para ser acessível a todos.

 Essas atitudes irracionais, por um lado, são desprovidas de qualquer civismo e cidadania, porque antes de qualquer coisa tem que se preocupar  e zelar com a saúde e a segurança dos outros; e por outro lado, a falta de solidariedade, não é apenas ajudar materialmente os outros, mas sobretudo, nesta situação, evitar de ser potencialmente um vetor de contaminação para os outros.

 Além disso, essas posturas invertem os esforços do Estado, que, graças a Deus, tem conseguido ajudar muitas famílias, sem meios de subsistência.

 No entanto, este ajuda não pode continuar indefinidamente, porque os auxílios concedidos pelo Estado são limitados no tempo.

 Caro povo,

 Paralelamente,  a facilitação do confinamento, através de um conjunto de medidas preventivas,  implantado no sentido de preservar a segurança dos cidadãos e conter a proliferação da pandemia. No entanto, assistimos, com desaprovação, um surto de casos de infecção.

 De fato, temos constatado com pesar que a deterioração da situação da saúde não suscita otimismo nesta situação. E qualquer, caro povo, que diga o contrário, seja um contador de histórias.

 De fato, no dia seguinte ao desconfinamento, o número de casos confirmados,  graves e óbitos aumentou, em pouco tempo, mais de três vezes, em relação ao período de confinamento.

 Da mesma forma, o número de infecções entre os profissionais de saúde aumentou de 1 por dia durante o período de confinamento, passando para 10 casos, agora.

 Se essa tendência de alta continuar, a Comissão Científica responsável pelo monitoramento da evolução da Covid-19 pode recomendar o retorno ao confinamento, ou mesmo ao endurecimento das medidas de saúde.

 Nas hipóteses ou outras, Deus nos proteja, esta difícil decisão deve ser tomada, uma vez suas repercussões sociais e econômicas severas para todos os cidadãos.

 Além disso, na falta do respeito de cumprimento rigoroso das instruções sanitárias, o número de contaminações e mortes ia aumentar. E então, apesar dos esforços significativos das autoridades públicas e do setor de saúde, os hospitais não estariam mais capazes de lidar com a pandemia.

 Concomitantemente com as medidas iniciadas pelas autoridades públicas para conter a pandemia, chamando às forças da Nação para que provem a mobilização e vigilância e, em particular, aderir unanimemente aos esforços desenvolvidos a nível nacional, no sentido de sensibilizar toda a sociedade, despertar a sua consciência e seu enquadramento.

 A este respeito, sublinhamos que para sair da situação actual e enfrentar o desafio da luta contra a pandemia, todos devem ter uma conduta cívica, exemplar e responsável.

 Caro povo,

 Neste discurso que apresentou hoje, Minha intenção não é de dirigir culpas. Mas, sim, fazer parte expressamente de Minhas apreensões sobre um possível aumento exponencial nos casos de contaminações e mortes. Esta situação implicaria, que Deus nos proteja, um retorno a um confinamento total, riscando de provocar significativas repercussões psicológicas, sociais e econômicas.

 Para ultrapassar esta difícil situação e uma vez comemoramos o Aniversário da Revolução do Rei e do povo, devemos recordar mais do que nunca os valores emblemáticos de abnegação, solidariedade e lealdade que marcaram este aniversário épico, glorioso.

 Estando profundamente convicto de que, seguindo as pegadas destes ilustres antecessores, os marroquinos saberão servir da melhor forma aos interesses do nosso povo e do nosso país, responder ao presente desafio, bem como ao seu espírito cívico, cumprindo o deveres de uma cidadania reativa.

 Wassalamou alaikoum warahmatoullahi wabarakatouh "

 

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