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8 de maio de 2024
 
 
 
Discursos Reais

 Marrocos participou de boa fé à primeira ronda das negociações sobre o Sara e continua disposto a negociar, "mas exclusivamente no âmbito da autonomia, e nada mais do que a autonomia", afirmou na  segunda-feira, SM o Rei Mohammed VI.


O Soberano sublinhou que "a autonomia, acordada de maneira consensual, só pode ser concebida no âmbito da soberania do Reino de Marrocos, plena, perene, inalienável e sem qualquer debate, e isto, no respeito da sua unidade nacional intangível e da sua integridade territorial una e indivisível".

"De qualquer modo, por muito longas e laboriosas que possam ser as negociações, continuaremos a dar a mão a todas as verdadeiras partes implicadas na resolução política deste diferendo artificial, na esperança de convencê-las da oportunidade histórica que estas negociações oferecem", sublinhou SM o Rei, num discurso à Nação, por ocasião do oitavo aniversário do acesso do Soberano ao Trono dos Seus gloriosos antepassados.

O Soberano formulou votos para que estas negociações sejam "uma vitória para todas as partes, para o direito e para a legitimidade". "Sendo  igualmente a ocasião para fazer prevalecer o espírito de fraternidade, de boa vizinhança e de unidade magrebina", sublinhou SM o Rei, que se diz "estar plenamente confiante no feliz resultado do processo de autodeterminação consensual, primeiro, com a ajuda de Deus, e em seguida, graças à unanimidade nacional, incluindo os Sarauis que se investiram sem qualquer exclusão, ou discriminação".

"A este respeito, diz SM o Rei, convidamos os nossos fiéis súbditos expatriados, oriundos do Sara marroquino, onde quer que estejam,  nomeadamente as populações retidas em Tindouf, a colaborarem para uma maior adesão dos seus irmãos a esta iniciativa que tem por vocação de os reconciliar entre si, de favorecer o seu reagrupamento e de preservar a sua dignidade". A fim de consolidar o "momento decisivo e positivo" que suscitou a Iniciativa marroquina, o Soberano pôs em destaque a necessidade duma consolidação através de iniciativas que visam, dentro duma estratégia global e integrada, fortalecer a democracia e o desenvolvimento, paralelamente necessários à mobilização da colectiva e à  indispensável consolidação da frente interna.

"Com efeito, esta Iniciativa é a boa semente que semeamos, e que devemos ocupar-nos constantemente com todo o cuidado", disse SM o Rei, sublinhando que o Reino "compromete-se a respeitar todos os  acordos políticos mutuamente aceitáveis que serão realizados, com base nesta iniciativa, conjuntamente com todas as partes reais e efectivas".

SM o Rei reafirmou que Marrocos "não poderia ficar refém ou prisioneiro dos cálculos dos outros" e propõe-se, em contrapartida, "prosseguir resolutamente a sua evolução política, dispondo, para isso, do nosso precioso capital democrático do qual nos podemos orgulhar legitimamente  por ser um modelo político avançado a nível da nossa região".

"Se existe uma particularidade da qual Marrocos se pode orgulhar actualmente, é efectivamente a do Conselho de Segurança, e, através deste, toda a comunidade internacional, que nos fizeram confiança qualificando de séria e credível a nossa Iniciativa para a negociação da autonomia das nossas províncias do Sul", felicitou-se SM o Rei, acrescentando que "este reconhecimento internacional refere-se a  todas as reformas profundas que realizamos juntos, bem como as transformações que conduzimos conjuntamente, com toda a firmeza e toda a determinação necessárias".

O Soberano diz-se igualmente satisfeito pela posição do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apoia a "nossa Iniciativa e qualifica-a de séria e credível, bem como pelo patrocínio da ONU, responsável e construtivo, permitindo promover, a este respeito, negociações substanciais e sinceras".

SM o Rei também saudou as potências influentes da comunidade internacional pelo seu apoio, bem como os países irmãos e amigos cujo apoio permitiu à Iniciativa marroquina de se impor e figurar na agenda internacional, "como um tipo moderno de autodeterminação, perfeitamente conforme, tanto no fundo como na forma, à legalidade internacional verdadeira e sem perversidade".

"Este reconhecimento de seriedade e de credibilidade não só nos honra, como também nos traz novas responsabilidades, que nos levam a redobrar os esforços e a mobilizar-nos a fim de preservar este capital precioso, capital que conseguimos construir graças à confiança que depositamos nas nossas próprias  capacidades, e que o mundo aprecia no seu justo valor pela pertinência das nossas escolhas e a sinceridade do nosso compromisso", concluiu o Soberano.

Fonte : MAP

 

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