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24 de abril de 2024
 
 
 
Discursos Reais

Com a implementação do modelo de desenvolvimento regional, Marrocos oferece grandes oportunidades para encontrar uma solução defintiva para o conflito artificial sobre sua integridade territorial.
Marrocos vai enfrentar com rigor e seriedade  todas as tentatives que visam duvidar do estatuto legal do saara marroquino, ou do exercício de seus plenos poderes sobre suas províncias no Sul, e no norte

Sua Majestade o Rei Mohammed VI, que Deus o assiste, dirigiu na sexta-feira 06-11-2015, um discurso à nação, por ocasião do quadragésimo aniversário da gloriosa "Marcha Verde".

 Eis o discurso integral a seguir:

"Louvado seja Deus,

Que a paz e benção estejam sobre o Profeta, sua família e seus companheiros.


Caro Povo,

A comemoração do 40º aniversário da “Marcha Verde” está longe de ser um evento comum ou um evento ordinário ou uma celebração passageira. Queremos que ela seja sim como um marco na história da conclusão da integridade territorial do Reino.

De fato, após a épica da libertação da terra e da consolidação da segurança e da estabilidade, o nosso país tem preocupado com o filho do Saara  para exercer seus atributos numa cidadania plena e enteira, e nas condições de uma vida livre e digna.

Hoje, depois de quarenta anos e o que se pode incluir em ativos como nos passivos,  nós queremos fazer uma verdadeira ruptura com os métodos até agora na tomada em cargo dos assuntos do Saara: ruptura com a economia de arrendamentos e dos privilégios, e do fracasso da iniciativa privada e da ruptura com a mentalidade da concentração administrativa.

Por que, então, hoje, e precisamente depois de quarenta anos?

Bem, isso é porque, depois de anos de sacrifício e de esforço no plano politico e em termos de desenvolvimento, temos chegado ao estágio de maturidade.

E assim porque nós criamos as condições da implentação das obras de uma nova etapa no processo de consolidação da integridade territorial e da plena integração de nossas províncias do sul no seio da pátria natal.

É neste contexto que se inscreve a implementação das obras das províncias do sul, do modelo de desenvolvimento e da implementação da regionalização avançada.

Caro Povo,

Desejamos que o filho de nossas províncias do Sul disponha dos meios necessários para gerir seus próprios assuntos e demonstrar sua capacidade para assegurar o desenvolvimento da região.

De facto, os sarauís são conhecidos por serem sempre homens de comércio e do saber, vivem de seu trabalho, digno e orgulhoso, não esperam a ajuda de ninguém, apesar das circunstâncias tão dificeis.

Falarmos aquí dos sarauís  autênticos, patriotas sinceros que permaneceram fiéis aos laços de fidelidade entre eles e de seus antepassados ​​ao longo da história, dos reis de Marrocos.

Quanto aqueles poucos númerosos, que se deixam enganar pelos argumentos dos inimigos e esforçar para espalhá-los, não há lugar para estes no meio de nós. Mas para aqueles que se arrependeram, a pátria é clemente e misericordiosa.

Caro Povo,

A implentação do modelo de desenvolvimento das províncias do sul reflecte a nossa fidelidade e o nosso compromisso junto aos cidadãos nas províncias do Sul para desenvolver um modelo de integração e  de complementaridade.

Nós o consideramos como um pilar de apoio para a inserção definitivo destas províncias na pátria unificada, e para o fortalecimento da influência do Saara, como um centro econômico e como um elo entre Marrocos e seu prolongamento africano.

É por isso decidemos de mobilizar, com ajuda de Deus, todos os meios disponíveis para a realização de grandes obras e projetos sociais, medico- educacionais nas regiões de Laayoune, Sakia El Hamra, Dakhla, Oued Ed-Dahab, Guelmim e Oued Noun.

Assim, no campo da infra-estrutura, procederá ao fortalecimento da rede de estradas da região, através da construção de uma via rápida, conforme as normas internacionais, entre Tiznit, Laayoune e Dakhla.

Paralelamente, instamos o governo a pensar sobre a implementação nas províncias do sul de um hub de transporte aéreo que atende África.

Nós também defendemos o sonho de construir uma linha ferroviária de Tânger a Lagouira, para ligar Marrocos com o resto da África. Chamamos, com ajuda de Deux, para encontrar os recursos financeiros que precisam hoje para finalizar a linha Marrakech-Lagouira.

Da mesma forma, pretendemos construir o maior porto atlântico de Dakhla, realizar importantes projetos de energia solar e eólica substanciais no Sul, e ligar a cidade de Dakhla com a rede elétrico nacional.

Esperamos, além disso, ligar essas redes e as infra-estruturas para os países africanos, e contribuir para o seu desenvolvimento.

Convencidos de que essas infra-estruturas não são suficientes por si só para melhorar as condições de vida dos cidadãos, Continuaremos a promover o sector económico e suportar os projetos de desenvolvimento humano.

Neste sentido, reafirmamos a necessidade de continuar a investir nos recursos naturais em benefício dos habitantes da região, em concertação e coordenação com eles.

É nesta perspectiva que nós decidimos fazer uma série de projetos que melhorem e exploram os recursos e produtos locais. Trata-se da implementação de projeto importante para a dessalinização da água do mar em Dakhla, bem como do estabelecimento de unidades e áreas industriais em Laayoune, Marsa e Boujdour.

Queremos reforçar essas iniciativas, estabelecendo um quadro legal atractivo para o investimento, garantindo para  o sector privado nacional e estrangeiro a visibilidade e as condições de competitividade necessária para contribuir ao desenvolvimento da região.

Além disso, será criado um fundo de desenvolvimento econômico que visa consolidar o tecido económico, apoiar as empresas e a economia socialm bem como proporcionar empregos e uma renda estável, sobretudo para os jovens.


Caro povo,

O que nos interessa é preservar a dignidade dos filhos do Saara, sobretudo as jovens gerações, e incutir neles o amor e o apego à terra natal.

É por isso que temos de instruiu o governo a reestruturar o sistema de apoio social para torná-lo mais transparente e justo, em conformidade com os princípios de igualdade e de justiça social, exigido pela maioria das categorias em questão.

Dada o lugar que ocupa a cultura Hassani na consciência coletiva dos filhos do Saara, trabalhamos para fortalecer os mecanismos de preservação e  de conscientização em prol do património saarauí, construíndo notadamente teatros, museus e casas de cultura  nas regiões do sul.

Quanto ao aspecto dos direitos humanos, Marrocos tem conseguido, com a ajuda de Deus, para desvendar as manobras dos inimigos do país, através da mobilização coletiva, da governança da segurança e da abertura sobre os atores da sociedade civil.

Da mesma forma, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, com as suas comissões regionais como uma instituição constitucional para a defesa e proteção dos direitos e das liberdades, emprega-se de forma independente para tratar de abusos no contexto do diálogo e da cooperação com os poderes públicos, as organizações associativas e os cidadãos.

Caro povo

Marrocos, através da implementação de regionalização avançada, só reforça a sua credibilidade e reafirma o respeito dos seus compromissos.

Como eu tenho dito no meu discurso ao Parlamento, a legitimidade democrática  e popular conquistaram a fé dos eleitos os representantes autênticos das populações   das províncias do Sul, tanto em nívil das instituições nacionais  como nas relações com a comunidade internacional.

Para ilustrar o nosso desejo de dar primazia às províncias do Sul no processo de implementação da regionalização avançada, é previsto de colocar ao ponto  dos contrato-programas entre o Estado e as Regiões, onde serão definidos as obrigações de cada parte para a implementação de projetos de desenvolvimento.

Por isso, instamos o governo a permitir a aplicação das disposições legais relativas á transferência de competências do centro para as regiões, e para apoiá-las, dando-as as competências humanas e recursos materiais, necessárias  na perspectiva da generalização desta experiência entre outras regiões do Reino.

Deve também acelerar o desenvolvimento de uma verdadeira carta de desconcentração administrativa, o que confere aos serviços regionais perrogativas necessários para gerir os assuntos das regiões a nível local.

A este respeito, Ressaltamos a necessidade de envolver as pessoas, garantindo espaços e mecanismos permanentes de diálogo e de consulta, bem como programas adequados para investir nas suas realizações.

Então nós colocamos os habitantes das províncias do sul e seus representantes em frente ás suas responsabilidades, agora que os asseguramos os mecanismos institucionais e de desenvolvimento para gerir seus assuntos e atender às suas necessidades.

Caro Povo,

Quando Marrocos faz uma promessa, ele a mantém por acto e palavra. Ele não se engaja que sobre o que ele pode honrar.

Além disso, Nós dirigemos uma mensagem para o mundo: Nós não brandimos os slogans ocos, nem vendemos ilusões como os demais. No entanto, apoiamos nossos compromissos que nos respeitamos e garantimos a sua aplicação na realidade.

- Marrocos prometeu implementar a regionalização avançada. Hoje, é uma realidade, com suas instituições e suas respectivas competências.

- Marrocos prometeu de aplicar a democracia e comprometer a trazer aos habitantes de suas províncias do sul a capacidade de gerir os seus assuntos locais. Hoje, esta população escolhe seus representantes e participa as instituições locais com toda liberdade e responsavelmente.

- Marrocos prometeu também um modelo de desenvolvimento próprio para essas províncias do sul. Hoje nós lançamos as obras estruturais e os projectos geradores de riqueza e de emprego.

- Marrocos comprometeu-se a garantir a segurança e a estabilidade. O Saara marroquino é hoje uma das zonas as mais seguras da região do Sahel e do Saara.

- Marrocos se engaja hoje para fazer do Saara marroquino um centro de  troca e um eixo de comunicação com os países da África Subsaariana e a colocar em prática as infra-estruturas necessárias para este efeito. Mais uma vez, o nosso país vai honrar seus compromissos, ao grande desespero do inimigo.

Em contraste, as populações de Tindouf, na Argélia, continuam a sofrer as dores da pobreza, da desolação e da privação, bem como da violação sistemática de seus direitos fundamentais. Isto leva a interrogar legitimamente:

- Onde foram as centenas de milhões de euros concedidos sob a forma de ajuda humanitária, eles excedem 60 milhões de euros por ano, sem contar os bilhões destinados ao armamento e apoio a máquina de propaganda e de repressão utilizada pelos separatistas?

- Como explicar a riqueza insolente dos líderes separatistas, que possuem propriedade e bens imobiliários, além de contas e fundos em bancos, na Europa e na América Latina?

- Por que Argélia não tem feito nada para melhorar as condições de vida das pessoas nos campos de Tindouf, estimados no máximo 40.000 pessoas, o equivalente a uma população de um bairro do tamanho médio na capital Argel?

Isto significa que em quarenta anos ela foi incapaz ou não quer fornecer a estas populações cerca de 6.000 alojamentos para preservar suas dignidades, seja uma média anual de 150 unidades de alojamentos. - Por que Argélia, que gastou bilhões em sua cruzada militar e diplomática contra Marrocos, ela aceita de deixar a população de Tindouf viver esta situação trágica e desumana?

A história julgará aqueles que reduziram os filhos livres e dignos do Saara a um estado de mendigos para ajuda humanitária.

Ele relembra também que ela explorou o drama de um grupo entre as mulheres e as crianças do Saara, tornando-os um espólio de guerra, um fundo de comércio ilegítimo e um meio de luta diplomática.

Gostaria de colocar aos habitantes dos campos de Tindouf esta pergunta: Voceis estão satisfeitos com as condições dramáticas em que voceis vivem? As mães aceitam o desespero e a frustração de seus filhos que encostam em um horizonte bloqueado?

Rejeito esta situação desumana que é imposta. Mas se você é acomodado, não faz a aproximação que  para voceis vendo Marrocos assegurar o desenvolvimento de suas províncias do sul e de seus habitantes para criar as condições para uma vida digna e livre.

Caro Povo,

A questão do Sara não é o primeiro problema que Marrocos tem que enfrentar ao longo de sua história. Ele conheceu já os dias da Siba e da anarquia vivida sob o Protetorado e a ocupação. Ele foi também o palco de lutas e de conflitos do período pós-independência em relação à construção do Estado moderno.

Mas ele sempre superou as situações difíceis, saindo unido, forte e alto. Conseguiu com fé do povo marroquino que acredita na comunidade do destino, e da mobilização em defesa dos valores sagrados do país e da sua integridade territorial e do forte simbiose que une o seu trono.

Iniciando a implementação dessa regionalização e deste modelo de desenvolvimento, Marrocos quer dar maiores oportunidades para a busca de uma solução definitiva para o conflito artificial em torno da integridade territorial.

Firmemente convencido da justeza de nossa causa, Marrocos respondeu favoravelmente em 2007 ao apelo lançado pela comunidade internacional para avançar as propostas que permitem encontrar uma saida do impasse sobre o processo.

Além disso, apresentamos a iniciativa de autonomia para as províncias do sul, que a comunidade internacional reconheceu sua seriedade e credibilidade.

Como eu tendo dito no discurso da Marcha Verde do ano passado, esta iniciativa é o máximo que Marrocos pode oferecer. A sua aplicação fica tributária ao imperativo de chegar a uma solução política definitiva no quadro da ONU.

Esta atração é aquela que se espera de Marrocos que faça uma toda outra concessão. Porque Marrocos deu tudo. Ele deu a vida de seus filhos para defender o Saara.

Será que devemos dar ainda mais, como deseja algumas organizações internacionais e não-governamentais?

Conhecemos os sob destas posições hostis que querem dividir o país. Sabe que essas organizações não têm o direito de interferir nos assuntos de Marrocos.

É o mesmo princípio que rege nossa relação com certos círculos no seio das organizações internacionais que ignoram a história de Marrocos, e que buscam apresentar concepções remotas da realidade, porque inventam nos escritórios secretamente, exemplo de tantas proposições para resolver a disputa regional, suscitada em torno do Saara marroquino.

Marrocos rejeita qualquer aventura com conseqüências incertas, potencialmente perigosas, ou qualquer outra proposta procurada que não serve para nada, a não ser para sabotar a dinâmica positiva desencadeada pela iniciativa de autonomia.

Marrocos opós também às campanhas hostis visando os produtos da economia marroquina, no mesmo sentido do sacrifício e do mesmo compromisso do qual faz prova nos campos políticos e da segurança para defender sua unidade e seus valores sagrados.

Para aqueles que, em violação do direito internacional, querem boicotar esses produtos, são livres de fazê-lo. Mas eles devem arcar com as conseqüências de suas decisões.

Marrocos tem o direito de abrir a porta para a esses parceiros, estados e empresas mundiais, para aproveitar das oportunidades de investimento que a região irá oferecer graças ás grandes empreendimentos que serem lançados.

Uma vez que não faremos de distinção entre as regiões do norte e do sul do Reino, não há nenhuma diferença para nós entre tomates de Agadir e do Dakhla, as sardinha de Larache e do Boujdour, o fosfato de Khouribga e do Boucraa, mesmo se este último representa menos de 2% das reservas nacionais desse recurso, como evidencia os dados reconhecidos internacionalmente.

Com a mesma firmeza e rigor, Marrocos vai enfrentar qualquer tentativa que visa afectar o seu estato legal do Saara marroquino e contestar o exercício de nosso país e da plenitude de seus poderes sobre o seu território, tanto nas províncias do Sul que no Norte.

Isso exige de cada um redobrar os esforços e permanecer vigilantes e mobilizar para impor a justiça da nossa causa e do progresso pelo qual desfruta nosso país contra as manobras dos adversários.

Caro povo,

Cabe a nós todos o dever de promover o desenvolvimento das nossas províncias do Sul, e preservar a dignidade das populações bem como defender a integridade territorial do país, com o mesmo espírito de compromisso e do sacrifício que caracteriza a Marcha Verde.

Esta é a melhor garantia de fidelidade à memória do artisão deste épico, Nosso Venerado Pai, Sua Majestade o Rei Hassan II, que Deus esteja com sua alma, que lembra os corajosos mártires da pátria.

 

Wassalamou alakoum warahmatoullahi wabarakatouh "

 

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