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27 de abril de 2024
 
 
 
Discursos Reais

Obras  "intensas" para o futuro das províncias do sul ao longo do próximo ano e a iniciativa de autonomia é "o máximo que Marrocos pode oferecer."


Sua Majestade o Rei Mohammed VI, que Deus assiste, dirigiu na quinta-feira á noite, um discurso Sublime á nação por ocasião do 39 aniversário da Marcha Verde, e isso levou  mensagens fortes, mas com palavras fortes, para quem envolveu na questão do Saara marroquino, seja, por um lado, daqueles que comercializam no assunto do saara, os beneficiados através das rendas e privilégios, e aqueles que traem a sua pátria e persistem em traição, ou por outro lado, as Nações Unidas e as principais potências internacionais que lidam com um tipo de ambiguidade com a integridqde e unidade territorial de Marrocos, seja Argélia, como principal parte na disputa artificial sobre o Saara marroquino, que se move contra a legitimidade e contrária o direito de de Marrocos no seu saara.

 

O Rei Mohammed VI dirigiu um discurso ao povo marroquino pela ocasião da celebração do 39 aniversário da Marcha, eis seguir a tradução integral do discurso real:

"Louvado seja Deus, que a paz e benção estejam sobre o Profeta, sua familia e seus companheiros.

Caro povo,

Comemoramos hoje, com muito orgulho, o trigésimo nono aniversário da Marcha Verde.

Esta é uma oportunidade para fazer um balanço sobre a evolução que conhece nossas províncias do Sul, e as falhas que impedem a sua marcha, bem como os desafios, internos e externos enfrentados.

Essas regiões que são tão queridas ao nosso coração têm conhecido, desde a sua recuperação, muitas mudanças em diferentes dominios.

No entanto, as obras que nos envolvemos com ajuda de Deus, no próximo ano deverão ser determinantes para o futuro da região, porque trata-se da implementação da regionalização avançada e do modelo de desenvolvimento de nossas províncias do Sul.

Mas a regionalização que aspiramos não se limita a textos legais e a transferência do centro para as regiões, de recursos materiais e humanos. Pelo contrário, queremos que seja baseada no patriotismo sincero envolvendo um firme compromisso com a integridade territorial de nosso país.

Queremos zonas e regiões solidárias, complementares, ajudando uns aos outros e apoiam-se mutuamente.

Marroquinos, é uma infusão civilizacional autêntica entre todos os componentes constituintes da identidade marroquina. Para nós, eles são todos iguais, sem distinção entre "Jebli" e  “Rifain”, ou entre Saraui e Soussi etc.

Portanto, as pesquisas acadêmicas sobre os componentes da nossa identidade são úteis para consolidar a nossa unidade nacional. Quanto ao debate fundado sobre o sectarismoem, tendendo a semear a discórdia, que é pueril e sem consistência.

Aquele que pretende não pertencer ao cadinho está enganado, e qualquer tentativa de mostrar contra provoca o risco de se perder.

A regionalização que nos chamamos com  Nossos desejos tem por vocação valorizar esta riqueza e esta diversidade humana e natural.

É natural reforçar esta infusão, esta solidariedade e complementaridade entre os filhos da Pátria unida e entre todas essas regiões.

Portanto, Marrocos unido das regiões não induz a qualquer sectarismo tribal. Sua diversidade não pode ser um fator de divisão e de secessão, que é simplesmente proibido, tanto pela antiga Constituição do Reino como pela nova.

Caro povo,

Tem sido 40 anos de sacrifícios, para recuperar a terra, liberar o homem, restaurar a dignidade do cidadão marroquino no Saara, ganhar seu coração e fortalecer seu apego a sua pátria.

Temos um pensamento movido e um reconhecimento por todos aqueles que deram suas vidas em defesa do Saara. Há mães e pais, de todas as regiões de Marrocos, que perderam seus filhos no Saara.

Há também as viúvas que suportaram somente os fardos da vida, assim como os órfãos que, para o Saara, foram privados de afeto paternal, e jovens que, para o Saara, perderam sua liberdade e viveram em detenção por anos.

Porque o assunto do Saara não é a causa dos sarauis unicamente. O Saara é o assunto de todos os marroquinos. E, como eu disse em um discurso passado: o Saara é uma questão de existência e não uma questão de fronteiras.

Marrocos ficará no seu Saara, e o Saara permanecerá em Marrocos até o fim dos tempos.

Além do dom de si, marroquinos consentiram outras formas de sacrifícios materiais e morais, sem hesitar em compartilhar seus recursos com seus irmãos do sul do país.

Cada um sabe em que estado se encontra o Saara antes de 1975. Aqueles que ignoram ou fingem ignorar a verdade, eu reservo estes alguns dados:

Desde a recuperação do nosso Saara, para cada dirham de receitas da região, Marrocos investe 7 dirhams no Saara, no quadro da solidariedade entre as regiões e entre os filhos da Patria unida.

Quanto aos indicadores de desenvolvimento humano na região, em 1975 eram 6% menor em comparação com as regiões do norte de Marrocos, e 51% em comparação com a média nacional na Espanha.

Hoje, esses indicadores nas províncias do sul excedem em muito a média de outras regiões do Reino. É por isso que eu digo, e  com toda responsabilidade: Chega de mistificação sobre uma alegada exploração de Marrocos das riquezas da região!

É um fato o que produz o Saara não é suficiente para atender as necessidades básicas de seu povo. E eu digo francamente: os marroquinos têm suportado os custos de desenvolvimento das províncias do sul. Eles deram de seus bolsos, incidendo sobre o sustento de seus filhos, para que seus irmãos do sul possam viver com dignidade.

Cada um sabe também que Marrocos assegura que os habitantes da região possam aproveitar suas riquezas, no respeito de igualdade de oportunidades e de justiça social.

Certamente, o modo de gestão no Saara  conheceu um desfuncionamento que levou ao longo dos anos a um terreno propício de economia de renda e de privilégios indevidos.

Este fato levou ao descontentamento de alguns, e suscitou um crescente sentimento de injustiça e de exclusão entre determinadas categorias de cidadãos. Nós sabemos muito bem que existem aqueles que servem a Pátria com dedicação e sinceridade, e aqueles que, no entanto, quer colocar a Pátria ao serviço de seus interesses. Esses fizeram de extorsão uma doutrina imutável. Eles ergueram a renda e os privilégios como direitos inalienáveis, fazendo da causa nacional um fundo de comercio instrumentalizado para servir seus próprios interesses.

Sabemos também que alguns colocam um pé na pátria enquanto aproveitam de suas riquezas e outro pé do lado do inimigos, se não tiram proveito.

Aqui eu digo: Chega de política de renda e de privilégios! Chega de mercantilização da pátria!

No entanto, não tem que dramatizar não mais. Porque estes oportunistas são ainda uma minoria que não tem lugar entre os marroquinos, nem impacto sobre o apego dos sarauís junto á pátria.

Por esta razão, e por preocupação quanta á equidade em relação aos filhos do Saara e da maioria silenciosa que acredita que, ela, a unidade da Pátria, temos chamado a uma revisão radical de modo da governança nas nossas Províncias Sul. E nesse contexto que se inscreve a nossa decisão de implementar a regionalização avançada e o modelo de desenvolvimento das nossas províncias do Sul.

Temos assim a intenção de operar uma ruptura com o método anterior de governança, permitindo aos filhos da região participar na gestão de seus assuntos locais, num quadro de transparência, de responsabilidade e de igualdade de oportunidades.

Neste contexto, apelamos a abertura de um diálogo nacional, franco e um debate responsável e sério sobre as diferentes ideias e conceitos concebíveis,  para fim de elaborar respostas claras a todas as questões e preocupações das populações da região, e no quadro da unidade nacional e da integridade territorial do país.

Instamos também o setor privado a envolver-se mais no desenvolvimento das províncias do sul.

Caro povo,

Nosso compromisso é com a criação de condições para uma vida digna para com os nossos cidadãos, não tem igual que nossa vontade de garantir a ordem pública e a segurança dos cidadãos no âmbito do Estado de Direito.

É por isso que Marrocos rejeita todos os atos que visam minar a sua segurança e estabilidade. Ele entende opor-se de forma responsável e com toda a força necessária nos termos da lei e sob o poder da justiça.

Desde quando a intimidação de cidadãos e degradação dos bens que eles adquiriram  graças ao trabalho e ao suor de seu rosto, perguntando se figuraram entre os direitos do homem?

Desde quando perturbar a ordem pública e destruir os bens públicos decorrem do exercício dos direitos e liberdades?

Na verdade, temos expressado anteriormente no discurso da Marcha Verde de 2009, a nossa recusa categórica dessas ações, e alertaram sobre " ou é patriota ou traidor ", e que "não há  o justo meio entre o patriotismo e a traição. "

Além disso, não há graus no patriotismo ou na traição. Porque ou vocé patriota ou traidor.

É verdade que a pátria é clemente e misericordiosa, e ela continuará sendo, mas apenas uma vez e para aquele que se arrepende e retorna á razão. Quanto aquele que continua a trair a Pátria, toda a legislação nacional e internacional considera que a inteligência com o inimigo decorre da alta traição.

Sabemos que errar é humano, mas a traição é imperdoável. E Marrocos nunca será uma fábrica para os "mártires de traição."

Os verdadeiros mártires são aqueles que deram suas vidas pela liberdade e independência da pátria, e aqueles que consentiram o mártir para defender a soberania e a integridade.

É por isso que eu digo: Pare de fazer leilão sobre Marrocos, e pare  a insrumentalização do espaço dos direitos e das liberdades garantidas pelo país para conspirar contra ele.

Marrocos tem seus instrumentos e suas próprias instituições, cuja seriedade e credibilidade são reconhecidas internacionalmente, para tomar o braço ao corpo todas as questões relacionadas com os direitos humanos.

Além disso, Marrocos é o único país na região que colabora com os procedimentos especiais do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Ele está também disposto a abrir-se sobre os diferentes instâncias e diversos organismos internacionais de direitos humanos, que demonstram imparcialidade e objetividade no tratamento das questõe sobre o assunto.

Marrocos rejeita a política de minimizar as suas iniciativas e dramatizar os acontecimentos que ocorrem nas províncias do Sul, em troca de silêncio e de compromisso em relação ao que acontece em Tindouf e nos países vizinhos.

Caro povo,

Quando Marrocos abriu a porta para as negociações para encontrar uma solução definitiva para o conflito artificial sobre o Saara, tal escolha não é e não deve de forma alguma afetar sua soberania e integridade territorial.

Tenho negociado com alguns marroquinos em Tindouf, nos dias em que eu era o príncipe herdeiro. Não tenho nenhum problema com isso, porque eu negocio com cidadãos marroquinos, e porque é  uma questão de defesa dos direitos de Marrocos.

Marrocos não tem nenhum complexo de negociar com quem que seja, tanto directamente como através da mediação da ONU. Mas então, tem que insistir no fato de que a soberania de Marrocos sobre todo o seu território é imutável, inalienável e inegociável.

Além disso, a escolha feita por Marrocos de cooperar com todas as partes, com toda sinceridade e boa fé, não deve ser interpretado como uma fraqueza ou um pretexto para exigir mais concessões.

A iniciativa de autonomia é o máximo que Marrocos possa oferecer, no quadro das negociações para encontrar uma solução definitiva para o conflito regional.

Na minha qualidade de garante da independência e da integridade territorial do país, o meu dever é de definir os conceitos e as responsabilidades no tratamento das questões com as Nações Unidas. Compete-me expressar a recusa de Marrocos das mistificaçãos e das derrapagens ligadas a esse assunto.

Ao reafirmar a posição de Marrocos sobre isso, eu digo:

- Não é para tentar mudar a natureza desse conflito regional, apresentando-o como um caso de descolonização. Na verdade, Marrocos é no seu Saara, nunca foi uma potência ocupante ou uma potência administrante. Ele exerce alias os atributos de sua soberania sobre suas terras.

- Não a qualquer tentativa de rever os princípios e parâmetros de negociação, nem a qualquer outra tentativa de reconsiderar ou prorrogar o mandato da MINURSO, incluindo a questão da observância dos direitos humanos.

- Não á complacência em relação a verdadeira parte desse conflito e a sua exoneração de responsabilidade.

- Não á tentative de colocar em pé de igualdade um Estado membro das Nações Unidas um movimento separatista, sem legitimidade do estado nem – direito em Tindouf.

De fato, a soberania de Marrocos não pode ficar refém de concepções ideológicas e de orientações estereotipadas de alguns funcionários internacionais. E toda derrapagem ou mistificação irá comprometer os esforços das Nações Unidas neste assunto.

No entanto, Marrocos é disposto a colaborar com todas as partes para buscar uma solução que respeite sua soberania, que permite a todos manter a honra salva, e que contribui para reforçar a segurança e a estabilidade na região e alcançar a integração do Magrebe.

Nesse sentido, expressamos nossa estima junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas e ás grandes potências internacionais, notadamento os Estados Unidos da América, com, em primeiro lugar, a Casa Branca, por sua contribuição positiva durante os diferentes etapas, visando uma solução para esta questão.

Sim saudamos o seu apoio ligado aos esforços de Marrocos e ao processo de negociação com base na iniciativa de autonomia, não exigemos hoje apenas uma posição clara sobre este conflito.

Enquanto eles reafirmam que Marrocos é um modelo de progresso democrático, um país ativo na ação levada para garantir a segurança e a estabilidade na região e um parceiro na luta contra o terrorismo, eles abordam com algumas ambigüidades a causa da integridade territorial de nosso país.

Se Argélia deixar de cumprir a sua responsabilidade como parte principal neste conflito, não terá solução. E a falta de uma percepção responsável da situação de segurança prevalecente na região, não terá estabilidade.

No entanto, isso não significa prejudicar a Argélia, sua liderança ou seu povo,  com que temos  a maior estima e respeito. Nossas palavras são pesadas e suas  significações são  claras. Mas, estamos a falar da realidade e da verdade que todo mundo conhece.

Esta verdade, cada vez que marroquinos evocam o governamento, as partes e a imprensa marroquina são sistematicamente acusados de atacar Argélia.

Se Marrocos não tem petróleo, nem gás, enquanto a outra parte tem um "bilhete verde", na qual ela acredita que abre as portas ao arrepio da lei e da legalidade,  temos, no entanto, os nossos princípios e a justiça de nossa causa. Melhor ainda, nós temos afeçao aos marroquinos e apego à patria.

E errado aquele que acredita que a gestão do Saara será direcionado através de relatórios técnicos orientados ou de recomendações ambíguas com base na tentativa de conciliar as reivindicações de todas as partes.

Equivoca também aquele que tenta uma comparação do Saara por um lado, com  Timor Leste ou outros litígios territoriais na Europa Oriental, por outro lado.  Porque cada caso tem suas especificidades próprias. A relação entre os povos do Saara e Marrocos não é datada de ontem, mas tem suas raízes na história remota.

Caro povo:,

Acreditamos firmemente na justiça de nossa causa e o triunfo do direito e da legitimidade sobre os caprichos de separatismo. É com grande esperança e  muito otimismo que desejamos ver os filhos do Saara juntos em sua terra natal.

Estamos convencidos de sua adesao ás novas marchas, dedicadas ao desenvolvimento e á criação de condições para uma vida livre e digna, em prol de todos os cidadãos, onde quer que estejam.

Esta é a melhor garantia de lealdade para com a memória do artisao da Marcha Verde, Nosso Ilustre Pai, Sua Majestade o Rei Hassan II, que Deus esteja  com sua alma e dos corajosos mártires  do país.

Além disso, prestamos homenagem a nossas Forças Armadas Reais, a todas suas componentes,  forças de segurança por sua mobilização constante para preservar a segurança, a estabilidade e defender a integridade do país.

Wassalamou Alaikoum warahmatoullahiwabarakatouh. ". Que a paz de Deus esteja com Vos.

 Wassalamou Alaikoum warahmatoullahi wabarakatouh. "

 

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