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26 de abril de 2024
 
 
 
Discursos Reais

Marrocos chama à comunidade internacional para se envolver fortemente, para pôr um fim à tragédia de nossas crianças, que vivem  em Tindouf no território argelino.

Dirigiu a Sua Majestade o Rei Mohammed VI, na terça-feira à noite em Rabat, um discurso à nação, pela ocasião da celebração da  trigésima sete aniversário da Marcha Verde, enfatizando o entusiasmo forte do reino para continuar no processo da solução " com base num espírito de compromisso contido na iniciativa de autonomia " bem como nas bases de negociações e na improtância, como foi definidas pelo Conselho de Segurança, o que é confirmado por nós, através da Sua Excelência, o Sr. Ban Ki-moon, Secretário-Geral das Nações Unidas”.  Chamando assim Sua Majestade a comunidade internacional  e Argélia para parar com a tragédia do povo nos campos de Tindouf, reiterando o apelo para o Escritório do alto Comissariado para os Refugiados (ACR) a proceder ao recenseamento deste povo.


O rei renovou também o compromisso para iniciar a regionalização avançada, e "tornar nossas províncias do Sul na vanguarda, permitindo  a participação da população na gestão de seus negócios locais, e contribuição para o desenvolvimento humano  integrado e sustentável."



Sua Majestade o Rei Mohammed VI, que Deus  o assiste,dirigiu ontem à noite um discurso à nação por ocasião da 37 º aniversário da gloriosa Marcha Verde.


Eis a seguir o discurso integral:

"Louvado seja Deus.

Que a paz de Deus e benções estejam sobre o  Profeta, sua família e seus companheiros.

Caro povo,

Hoje nos comemoramos com grande orgulho o 37 º aniversário da gloriosa Marcha Verde, porque não se trata só de celebrar um épico nacional que encarna comportamento civilizado, adotada por Marrocos pela  recuperação do Saara, mas é também questão de uma conquista histórica por excelência, na qual requermos constantemente os valores do patriotismo. Ela evoca para nos a perfeita  simbiose, que une o trono e o povo, bem como a unanimidade sem falia em torno das constantes e da sacralidade da nação.

Fiel ao juramento imutável da Marcha Verde, continuando com confiança e determinação, pelo  impulso iniciado, e constantemente renovado, para reforçar e fortalecer o nosso modelo de sociedade determinda e engajado  por todos os marroquinos.

Graças a Deus, o nosso país inscreveu  em seu ativo  importantes realizações. Frutos de reformas políticas e institucionais mais profundas  e substanciais, tendo engajado com uma volontade sincera, consciente e responsável, essas conquistas são resultado também de projetos estruturais que temos implementado e  com iniciativas ambiciosas  lançadas para reforçar a coesão social e garantir aos  nossos cidadãos as condições para uma vida livre e digna, em perfeita consonância, respondendo  as legítimas aspirações de nossos fiéis.

Esta opção criteriosa e recolhida á adesão  unânime do povo marroquino que é totalmente investido no processo de reforma que conduzirmos, reafirmando assim sua grande  confiança nas instituições nacionais e suas orientações estratégicas. Isto é evidente através das principais realizações concretizadas pelo nosso país, incluindo a consagração da alternância democrática entre a maioria e a oposição, esta alternância que Marrocos conheceu desde 1997 e que se inscreve num quadro  de uma prática política natural e de uma dinâmica em constante mutação. É também se insere numa abordagem prospectiva e uma visão clara e lúcida quanto no diz respeito aos cidadões, dos Estados e do conjunto dos países que o nosso país considera como parceiros.

A este respeito, engajamos  todos os autores e responsáveis em diferentes instituições, a estar  à altura das responsabilidades das quais  são responsáveis.

Além do executivo e do judiciário, apelamos a todos os órgãos eleitos em todos os níveis, para inclinar-se perante o novo conceito de autoridade em todas as suas dimensões e ramificações. Porque, na verdade, os eleitos devem servir o cidadão, transcendendo  para o nível da sua confiança, e mantendo  estreitas considerações pessoais ou categóricas.

Caro povo,

A iniciativa judiciosa de conferir ao saara marroquina uma autonomia, no quadro da soberania do Reino, da unidade nacional e da integridade territorial. Isso consitui um marco importante no processo de regulamento definitivo deste  conflito regional, na medida em que este plano de autonomia acorda a todos os povos da região uma latitude ampla para gerenciar seus negócios locais, de acordo com suas especificidades culturais.

No entanto, a dinâmica que esta iniciativa corajosa desencadeou, colocando em frente um novo processo de negociação, sem chegara  até agora a uma solução política consensual e definitiva esperada, devido a falta de uma volontade sincera por outras partes que persistem em seus esquemas e estratagemas obstrucionistas.

Não obstante estas manobras desesperadas, Marrocos reitera a sua vontade de avançar com este processo, com base em negociações constantes e objectivas definidas pelo Conselho de Segurança, tanto quanto nos foram confirmadas  por Sua Excelência Ban Ki Moon, Secretário Geral das Nações Unidas.

É por isso que Marrocos pretende enfatizar a necessidade, atendendo aos parâmetros de busca de uma solução, e sobretudo de fazer prova de realismo e de  espírito de consenso e positivo, tanto como foi incarnado pela  Iniciativa marroquina de autonomia, gozada de apoio crescente da comunidade internacional.

No mesmo contexto, quermos recordar a posição clara, recentemente expressa pelo Sr. Secretário-Geral das Nações Unidas, que enfatiza que as Nações Unidas, no âmbito das suas missões, e com a continuação do processo de negociação, incentivando o desenvolvimento de relações marroco-argelinas, no qual Marrocos não cessa de chamar pela  normalização, incluindo a abertura de fronteiras, em conformidade com os desejos de uma série de países e organizações internacionais.

Enquanto isso, o Marrocos apela a um forte envolvimento da comunidade internacional para acabar com a tragédia sofrida pelos nossos concidadães em Tindouf no território argelino, onde se assugeitam,  em toda sua crueldade, a repressão, a  coerção, o desespero e as privação, em flagrante violações das mais elementares direitos humanos.

Neste sentido, reiteramos o nosso apelo para o Alto Comissariado para os Refugiados, em virtude das responsabilidades pelas quais ele foi responsável em matéria de protecção, tendo em conta os compromissos internacionais da Argélia como o país anfitrião, realizar o recenseamento do povo dos campos, de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança em 2011 e 2012.

Caro povo,

A nova ordem Magrebina a qual nos Chamamos ano passado, torna-se hoje  mais do que nunca uma necessidade urgente e imperiosa que  deve  transformar  em uma realidade efectiva e tangível, tendo em vista a construção da casa magrebina comum.

Isso inclui para os cinco Estados magrebinos o dever de empenhar-se para romper com o status quo, que ameaça o futuro da União do Magrebe, que de fato está no projeto de integração regional, o menos avançado em todo o continente África.

Isso impõe então  trabalhar sinceramente e de boa fé no desenvolvimento de mecanismos de solidariedade, de complementaridade e de integração, de natureza a satisfazer as aspirações dos nossos povos e irmãos, liberando  sua energia. Estes mecanismos deverão favorecer a valorização e a exploração das potencialidades comuns de nosso povo, bem como  da livre circulação de pessoas,  de bens, de serviços e de capitais. Permitindo também de estimular o crescimento e a criação de riqueza e  garantindo a segurança coletiva.

Marrocos continua a reforçar as suas relações com os países africanos, irmãos tanto a nível bilateral e regional, apesar da persistência de alguns a acampar em uma posição anacrânica, baseando-se sobre teses ultrapassadas, estéreis e irrelevante, ignorando  ou contrariando assim as evoluções objetivas que conhece a questão do Sara marroquino.

Enquanto isso,  Marrocos, com base em sua crença na justiça da sua causa e a relevância de suas orientações, estando  plenamente consciente do seu dever, vis-à-vis do povo do Saara, sem permitir de forma alguma e sob qualquer pretexto que o destino do Saara esteja tributário aos cálculos de baixas manobras  de outras partes. É por isso que vamos continuar o processo de desenvolvimento e modernização em curso em nosso Saara, com mais consistência e determinação.

Neste sentido, reafirmamos nosso compromisso de implementar a regionalização avançada, começando em primeiro lugar, pelos nossos províncias do sul,  tendo em vista a oportunidade que oferece as populações de participar na gestão de seus negócios locais e contribuir para o desenvolvimento humano integrado e sustentável. Além disso, cria-se um clima de mobilização apoiada por uma dinâmica societal e promissora, favorecendo a emergência  de novas elites, especialmente entre as mulheres e os jovens, num quadro de uma alternância democrática e aberta sobre o poder.

No mesmo sentido, precisamos de saudar a importância de múltiplos projetos de desenvolvimento, lançados em  benefício dos povos da região. Reiteramos a necessidade de fortalecê-los, com base num novo impulso e dadas  perspectivas ambiciosas que se abrem graças aos projectos estruturantes em curso, de programação e avaliação.

Neste sentido, apelamos para o desenvolvimento de um modelo de desenvolvimento regional integrado e rigoroso, aplicando a uma escala mais ampla possível, visando a criar sinergia e complementaridade entre os programas sectoriais. Porque trata de  fazer face aos vários desafios que  enfrentam a região, favorecendo o estabelecimento de um sistema econômico regional, que seja propício para o crescimento e a criação de riqueza e geração de emprego, em particular para os jovens.

Para fins de assegurar as condições do sucesso deste ambicioso projecto, e tendo em conta do qual disponha o conselho econômico, Social e Ambiental em termos de competências, de atribuições e da composição plural, é o mais apto a assegurar a elaboração, segundo uma abordagem participativa, permitindo a participação das populações em questão, e a concorrência de todos os autores nacionais.

Caro povo,

Prosseguindo incansavelmente a ação que levamos com vista a assegurar a mais o progresso e o desenvolvimento económico, social e cultural de nossas províncias do Sul,  reafirmando com força a nossa lealdade para com o juramento da Marcha Verde, permanecendo firmemente ligado ao integridade territorial do Reino, sua plena soberania com a sua constante sagrada, e perseverante   na construção de Marrocos de unidade, do progresso e da prosperidade.

Esta é a melhor garantia de lealdade para com a memória do artisão da Marcha Verde, Nosso  reverenciado pai, Sua Majestade o Rei Hassan II, que Deus esteja com a sua alma, bem como dos mártires da integridade territorial.

Aproveitamos esta oportunidade para prestar homenagem as noosas Reais Forças Armadas, da Gendarmaria Real, das Forças Auxiliares, da Segurança Nacional, da Administração do Território e da Proteção Civíl, incluindo aqueles com seus membros estão estacionados nas nossas províncias do Saara, que nos saudarmos a mobilização constante para garantir a segurança e estabilidade do país, bem como a dedicação à defesa da sua integridade.


O discurso da sua Majestade o Rei Mohammed V, perante a 37da Celebração da Marcha Verde.

Que a paz de Deus esteja com Vocêis.

 Wassalamou alaikoum warahmatoullahi wabarakatouh ".

 

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