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13 de outubro de 2024
 
 
 
Discursos Reais

Marrocos continua a cooperar com MINURSO, com base no mandato atribuído sem modificações, nem na sua natureza, nem no seu conteúdo.

Sua Majestade, o Rei Mohammed VI, dirigiu um discurso, sexta-feira na 67 sessão  da Assembleia Geral da ONU. Tendo evocado o papel desempenhado e as missões atribuídas à Organização das Nações Unidas, cujo Reino uma parte ativa, além de evocar a questão do Saara.


Ele indicou a este respeito que "Marrocos continua empenhado e disposo a negociar sobre a base das regras estabelecidas e repetidamente reafirmadas pelo Conselho de Segurança, através  da iniciativa de autonomia que a comunidade internacional considera como sendo iniciativa realista e credível ".


Sessao plenária da 'Assemblia geral  da ONU

Sessão plenária da Assembléia Geral da ONU

Em relação á MINURSO, Marrocos " continua a sua cooperação construtiva com  MINURSO,com base no mandato que lhe foi atribuído pelo Conselho de Segurança que não sofreu nenhuma modificação nem na sua natureza, nem no seu conteúdo. '

Eis o texto integral do discurso real, cuja leitura é feita pelo príncipe Moulay Rachid que representou o soberano nesta presente sessão:

"Louvado seja Deus, a Paz esteja sobre o Profeta, sua família e seus companheiros, Senhor Presidente,  Majestades, Altezas, Excelências, Senhoras, Senhores,  queria antes de tudo  diriger minhas felicitações as mais calorosas ao Senhor Presidente pela  ocasião de sua adesão à presidência desta sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Este é um testemunho de estima  em relação ao  seu país e ao reconhecimento da rica experiência diplomática avançada. Tendo  também o prazer de lembrar os esforços feitos por seu antecessor,  Sr. Nasser Al Nasser, bem como as conquistas feitas ao longo do ano. Sem deixar de saudar  igualmente a acção sustentada  por Sua Excelência Ban Ki-moon, Secretário Geral da nossa Organização que age de forma  pronta contra as crises.

Saudando da mesma maneira, as iniciativas que ele tomou e que permitiram  a Organização das Nações Unidas fazer face aos crescentes desafios e que o mundo enfrenta. Sr. Presidente, a realidade internacional de hoje é caracterizada por rápidas mudanças tão importante que rápidas, cuja principal manifestação é a persistência da crise econômica mundial, de diferentes  ramificações e de multiplicação de focos de tensão, além de diferentes disputas políticas e de conflitos armados.

A estas restrições  acrescentam-se desafios globais tão complexas que ultrapassam as fronteiras  e as possibilidades dos Estados. São notadamente desafios de desenvolvimento sustentável, da proteção do meio ambiente, do respeito dos direitos humanos, da ascensão do terrorismo internacional e do crime organizado sob todas as suas formas.  Diante destas transformações ainda em andamento, devemos, como  Estados-Membros  colocar a disposição das Nações Unidas os meios necessários para enfrentar estes desafios. Tendo, para este fim, que ampliar os horizontes da Organização, renovando o seu modo de ação, preservando os seus princípios e objetivos, de modo que possa firmar-se como um ator que trabalha a favor de uma governação política eficiente, tornando-se um instrumento  de governação económica equilibrada.

Sr. Presidente, O Reino de Marrocos faz a sua parte,  perante a vontade de acordar toda a devida importância requerida na resolução de litígios através de meios pacíficos. Saudando a decisão de colocar a atual sessão da Assembleia Geral, sob o tema da consolidação desse princípio fundamental da Carta da ONU.

A realização da paz e da segurança internacional permanecem consubstanciais  á missão histórica da Organização das Nações Unidas. De fato, o engajamento de dezenas de milhares de soldados da paz em todas as regiões do mundo, para garantir a proteção de civis e estabelecer uma plataforma para o diálogo político entre os protagonistas constitui uma evidência conclusiva como um papel vital, que deve desempenhar  nossa organização nesta área.

O Reino de Marrocos se orgulha de contar entre os países que logo contribuíram para a manutenção da paz. Ele, até este momento, enviou mais de 50 mil membros das Forças Armadas Reais em diferentes regiões do mundo a serviço de objetivos nobres da ONU. Marrocos será ainda mais forte levando  ajuda  e, sem hesitar, sua contribuição continua para a gestão de crises e em paralelo para o desenvolvimento da diplomacia preventiva.

A experiência, que as Nações Unidas acumularam  em países afetados por conflitos revelou a importância de garantir a paz e sua consolidação. É, portanto, imperativo responder às necessidades urgentes desta fase decisiva, sob o perigo de ver o país ou a região entrar em  conflito ou afundar em violência e divisão. Sr. Presidente, O continente Africano tem experimentado durante o ano passado, uma grave deterioração da situação em algumas regiões, como no Sahel e no Saara, diante dos atos de crimes de  terrorista e de separatista que ameaçam a estabilidade regional.

A República do Mali irmã está envolvida em atos  que ameaçam a sua integridade territorial, unidade nacional e a segurança de seus territórios. Apesar dos esforços sérios engajados  pelos Estados da região, incluindo Marrocos, bem como a Comunidade Económica da África Ocidental, o recurso dos Estados Unidos das Nações  Unidas é necessário para criar um consenso nacional , permitindo superar a crise política e lidar com o ímpeto separatista no norte. Daí a necessidade de um esforço concentrado e independente de nossa organização. A este respeito, reiterando o compromisso de Marrocos a favor de Mali no sentido de continuar a prestar assistência e apoio ao processo político, preservando a sua unidade nacional e integridade territorial do seu país.

Enquanto isso, o Reino de Marrocos aprecia o valor significativo progresso que tem sido feito em diferentes partes do continente Africano, especialmente na Costa do Marfim e na República Democrática do Congo, tendo em vista preparar o caminho para a reconciliação nacional e a prática de uma política normal. Marrocos tem reafirmado também o seu compromisso de continuar com os programas de cooperação e de solidariedade com os países irmãos da África, de acordo com fórmulas  eficiente renovadas  Sul-Sul em prol de serviços do cidadão Africano. As mudanças que ocorreram na região árabe refletem a vontade dos povos interessados para construir umas sociedades democráticas, onde os direitos humanos são respeitados e onde os cidadãos gozam de igualdade de oportunidades e uma vida decente.

Os povos irmãos da Tunísia, da Líbia, do Egito e de Iêmen inaguraram uma nova era e conseguiram atingir novas importantes etapas no caminho da transição democrática, apesar de um clima político complexo e de turbulencias  cujas restrições determinam que a comunidade internacional presta apoio e assistência a estes estados. Infelizmente, o povo sírio continua, entretanto, a pagar a cada dia de seu sangue, pelo preço da liberdade, da esperança para  uma mudança democrática que permite que todos os componentes participem as transformações que reveindica e chama.

Partindo da sua única posição como membro árabe do Conselho de Segurança, Marrocos apresentou uma contribuição substancial  em prol da mobilização internacional e das iniciativas de resoluções da Liga Árabe. Ela chama em prol de esforços concertados e de ação firme contra o regime sírio, colocando um termo a violência, levando no sentido de um processo de transição política envolvendo todas as sensibilidades existentes, atendendo às aspirações do povo sírio e respeitando a integridade territorial e unidade nacional da Síria, bem como o respeito de toda a estabilidade de toda a região. Ao mesmo tempo, é importante o esforço no sentido de mobilizar os recursos financeiros necessários para atender às necessidades dos refugiados em países vizinhos, e das pessoas deslocadas internamente visando aliviar o sofrimento e a tragédia daqueles que sofrem desta nação irmã.

Neste contexto, Marrocos continua a demonstrar a sua solidariedade, oferecendo serviços médicos diários no terreno, atendendo aos refugiados sírios no país irmão do Reino Hachemita da Jordânia. Mas a rápida mudança  que conhece a região árabe não impõe sobre nos esquecer o desafio fundamental e crônico,  que é a resolução da questão palestina.

Note-se, neste contexto, que o Reino de Marrocos chama pela mobilização e pelo apoio internacional  em favor das medidas tomadas pela Autoridade Nacional Palestina, a fim de obter o estatuto de não-membro do Estado. No entanto, ele não a considera a menos que a negociação é a forma mais adequada para atender aos direitos nacionais legítimos do povo palestino e ao estabelecimento de um Estado palestino independente, como  um só e viável, vivendo em paz e segurança ao lado de Israel.

Esperamos, portanto, da comunidade internacional  mudar de abordagem para resolver esta crise, levando seu modo de ação e mecanismos de ação, para retomar as negociações diretas o mais rápido possível, em melhores condições, com o compromisso e suporte das potências influentes.

No entanto, este objetivo só pode ser alcançado, uma vez colocarmos um fim a política de fato consumado. A este respeito, temos de denunciar com força o plano de ocupação  israelense que visa  judaizar Jerusalém Oriental,  sem ocultar a identidade espiritual e civilizacional que está  alterando suas características arquitetônicas e demograficas. Reafirmamos, portanto, que não pode haver paz sem Jerusalém Oriental como  capital do Estado palestino independente.

 Sr. Presidente, Convencidos da eficácia e da utilidade da ação conjunta regional, o Reino de Marrocos tem desenvolvido iniciativas e desenvolveu contactos bilaterais para a operacionalização da União do Magrebe.

É, de fato, convencido da necessidade estratégica de agrupamento e unificação  regional, atendendo as legítimas aspirações de nossos povos irmãos, o que é ditado por causa dos desafios de segurança e de desenvolvimento impostos aos nossos cinco estados. A fim de superar os obstáculos que impedem realizar a vontade do povo da região e atender  a esta ambição do Norte Africano. O Reino de Marrocos está empenhado com toda a sinceridade e seriedade necessárias em prol de negociações para chegar a uma solução política, realista e negociada para o conflito artificial e regional  envolvendo a questão marroquina do Saara. Trata de uma solução que garante a soberania territorial e unidade nacional do Reino, e reune todas as famílias e respeita  as especificidades da população da região.

Marrocos continua empenhado e disposto a negociar com base em regras estabelecidas e repetidamente reafirmadas pelo Conselho de Segurança, através da iniciativa de autonomia que a comunidade internacional considera séria, realista e credível. Bem como ele continua  a sua cooperação construtiva com MINURSO, com base no mandato que lhe foi atribuído pelo Conselho de Segurança, sem nenhuma mudança, nem  na sua natureza nem no seu conteúdo.

Sr. Presidente, Vossas Majestades, Altezas, Excelências, Senhoras e Senhores, não posso concluir este discurso, sem mencionar a necessidade de uma luta coletiva, coordenada e eficaz contra todas as formas de extremismo, de ódio, da xenofobia e contra a provocação ou qualquer ação que prejudica ou afeta o sentimento da fé e a orientação dos outros, independentemente dos motivos e manifestações.

Confrontado ao aumento destes fenômenos e as conseqüências dramáticas e odiosas, os  esforços engajados por cada Estado a nível nacional para enfrentar o problema necessita integrar uma estratégia internacional coordenada, tendo em conta as nobres iniciativas que foram lançadas, envolvendo todas as agências da ONU.  Essas iniciativas apoiam-se sobre engajamentos claros  e regulação e sobre a difusão das melhores práticas nacionais e regionais. Cabe a nós, os Estados-Membros reforçar os recursos necessários e reafirmar a vontade política, visando apoiar a nossa organização,  suas estruturas e os meios de intervenção, tornando seus  instrumentos eficazes capaz de  alcançar a paz, a segurança e a cooperação necessária para garantir a divulgação dos valores de tolerância e de convivência, que é ao serviço da humanidade.


Dos expertoss analisando a situação na régiao do Sahel e as relações de Polisario com AQMI


Wassalam Alaikoum wa Rahmatullahi Wabarakatouh ".



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