Exprimindo, segunda-feira em Paris, na hora de uma conferência-debate sob o tema: " O Marrocos perante o desafio do desenvolvimento humano, modernidade e mundializaçào" , organizado pela Secção marroquina do Movimento internacional das Pessoas de hierarquia superior, o Sr. Saint-Prot, que abordou o conceito de autonomia, a regionalização e a paz, salientou directamente que a reivindicação histórica do Marrocos sobre o Sara é nomeadamente legítima tendo respeitado às relações que sempre manteve com esta região através dos séculos.
" As teses argelinas não são mais da actualidade" e a obstinação de Argel " põem toda a região em perigo" , tem dito, acrescentando ainda ao observar que este perigo é múltiplo e engloba o terrorismo, o tráfego de armas constituindo assim o malogro para a União do Magrebe Árabe (UMA).
Sublinhou ainda que a proposta marroquina de autonomia para as províncias do Sudeste é " séria" e ela é de nature a permitir ao Magrebe de se formar num bloco que é extremamente capaz de rivalizar com a Europa no âmbito da União do Mar Mediterrâneo (UPM).
O " polisario" nào é nada que uma " invenção e peào da Algéria" que visa controlar toda a região e a sentar a sua dominação, explicou M.Saint-Prot.
Tratando da dimensão humanitária da questào do Sara, a Sra. Naïma Korchi, consultora e jurista internacional, afirmou, por seu lado, que Argélia e o " polisario" nunca respeitaram e aplicaram as Convenções internacionais dos direitos do Homem nos campos de Tindouf (sudoeste argelino).
Nestes campos, tem dito, tem muito mais de Argelinos pobres na região e Mauritanos que aproveitam da ajuda humanitária destinada ao Sahraouis sequestrados.
Estes sofrem diariamente a tortura moral e física, assinalou a Sra. Korchi, que levantou igualmente a questào das crianças sahraouis deslocadas em Cuba, bem como o desvio de ajuda humanitária pelos responsáveis do " polisario".
Numa alocução introdutória, o Sr. Mohamed Mraizika, professor-pesquisador em ciências sociais e Direito internacional humanitário, tinha posto em relevo as grandes mutações que o Marrocos conheceu durante a última década.
O Reino " é comprometido resolutamente num processo de liberalização e de de abertura da sua economia, visando a modernização dos seus meios de comunicação e o reforço do Estado de Direito e a promoção das liberdades e da justiça social" , tem salientado.
No plano regional, o Marrocos nào cessou defender as missàoes a favor de uma UMA " que sào efectivas" capaz de ser um interlocutor " privilegiado" do futuro UPM, acrescentou.
Convencido que a integração regional do Magrebe é " tributário do regulamento da questào do Sahara" , o Reino propôs uma solução " relevante e réaliste" consistindo numa concessão que é uma larga autonomia para as províncias do Sul, sublinhou o Sr. Mraizika, que é igualmente secretário geral do Movimento internacional das Pessoas de hierarquia superior e fundador da secção marroquina.
Esta Conferência foi desenrolado na presença de membros da embaixada e do consulado geral do Marrocos em Paris e do Sr. Khek Sysoda, embaixador do Camboja em Paris e delegado permanente junto à UNESCO, Pitro Rinaldi, antigo embaixador da Itália, e de várias outras personalidades.
Fonte: Map
Actualidade sobre o sara ocidental/Corcas