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27 de abril de 2024
 
 
 
Primeira Página

Muitos países reconheceram o Saara marroquino, e outros influentes apoiam a iniciativa de autonomia, única solução capaz de levar a uma saída deste conflito regional artificial.
O Rei Mohammed VI dirigiu, segunda-feira pela noite, um discurso à Nação, por ocasião do 48º aniversário da gloriosa Marcha Verde.

Eis o texto integral do Discurso Real:




“Louvado seja Deus, que a oração e a salvação estejam sobre o Profeta, Sua família e Seus companheiros.

Caro povo,

Hoje celebramos uma ocasião cara aos nossos corações: o aniversário da Marcha Verde, consequência da integridade territorial do nosso país.

Fiel ao juramento eterno desta epopeia, assumimos o dever de continuar os passos de desenvolvimento, da modernização e construção empreendidos para assegurar as condições de uma vida digna aos cidadãos marroquinos. Tal fato, nos deixa a posicionar que o potencial do nosso país, e mais particularmente do Saara marroquino, seja utilizado da forma mais criteriosa.

Além disso, desde que o Reino recuperou as suas Províncias do Sul, a sua vocação de país atlântico é cada vez mais afirmada.

Graças ao seu dinamismo, a sua diplomacia frustrou as manobras dos adversários, tanto declarados como ocultos, mobilizando assim um maior apoio internacional em favor da integridade territorial. Consequências, do nosso país,  encontrada numa posição mais forte e sólida.

Se, através da sua fachada mediterrânea, o Marrocos é solidamente  ancorado na Europa, cujo lado atlântico possibilita o acesso a África e  janela para o espaço americano.

É por isso que estamos determinados a empreender uma modernização nacional da costa, incluindo a costa atlântica do Saara marroquino. Empenhados também no sentido de garantir este espaço geopolítico, estruturado à escala africana.

O desejo é que esta costa atlântica se torne um lugar elevado de comunhão humana, um centro de integração económica, e um centro de influência continental e internacional.

Para isso, o sucesso dos projectos de grande escala, lançados, permite garantir que as Províncias do Sul desenvolvem os serviços e infra-estruturas essenciais ao nível económico. Além de permitir uma ligação fluida entre os diferentes componentes da costa atlântica, disponibilizando os meios de transporte e estações logísticas necessários, e em termos de pensar a construção de uma frota nacional de marinha mercante forte e competitiva.

Para melhor apoiar o crescimento económico e a expansão urbana das metrópoles do Saara marroquino, levando o estabelecimento de uma economia marítima,  a consolidação do desenvolvimento de toda a região e das populações locais.

A prosperidade extensiva de recursos naturais offshore, depende da economia integrada do investimento contínuo nos setores da pesca marítima, bem como na dessalinização da água do mar para fins agrícolas, ou no incentivo à economia azul e apoio às energias renováveis.

Chamando também à adopção de uma estratégia dedicada ao turismo atlântico, tendo em vista realçar as múltiplas potencialidades da região, um verdadeiro destino para a prática do turismo balnear e saariano.

Cara povo,

Marrocos, um país conhecido pela sua estabilidade e credibilidade, compreende claramente as questões e desafios dos africanos pelos quais foram enfrentados na costa atlântica.

De facto, apesar da qualidade dos seus recursos humanos e abundância dos recursos naturais, a África Atlântica enfrenta um défice difícil para com as infraestruturas e  investimento.

Para remediar esta situação, trabalha-se, juntamente com os irmãos em África e todos os nossos parceiros, no sentido de desenvolver respostas práticas e eficientes, em termos da cooperação internacional.

É neste quadro que se insere o projecto estratégico do gasoduto Marrocos-Nigéria, considerado como uma alavanca de integração regional, traduzindo as condições para um arranque económico comum, desencadeando uma dinâmica propícia ao desenvolvimento do Atlântico. Tal fato constitui também uma fonte segura de fornecimento de energia em relação aos países europeus.

E neste sentido que o Marrocos toma a iniciativa, criando um quadro institucional, base dos 23 Estados da África Atlântica, capaz de consolidar a segurança, a estabilidade e a prosperidade na região.

Assim, resolver as dificuldades e problemas dos Estados irmãos do Sahel, depende da solução, a qual não pode ser exclusivamente de segurança ou militar, mas de uma abordagem de cooperação e desenvolvimento comum.

Além de promover o acesso dos Estados do Sahel junto ao Oceano Atlântico, propondo o lançamento de uma iniciativa à escala internacional.

No entanto, para que tal proposta seja bem sucedida, deve modernizar as infra-estruturas dos Estados do Sahel, ligando-se às redes de transportes e comunicações estabelecidas no seu ambiente regional.

Estando convencidos de que esta iniciativa possa transformar substancialmente a economia destes países irmãos e de toda a região, onde o Marrocos coloca à sua disposição e suas infra-estruturas rodoviárias, portuárias e ferroviárias.

Caro povo,

Tendo evocado a seriedade e os valores espirituais, nacionais e sociais, caracterizando intrinsecamente a Nação Marroquina num mundo altamente turbulento.

Neste sentido, a Marcha Verde traduziu os valores ancestrais de solidariedade, lealdade e patriotismo, permitindo ao nosso país libertar o território e exercer a sua plena soberania.

Tratando da seriedade, face ao objetivo que nunca foi reclamado por nada. De facto, o que quer dizer, exortar todos a continuar a dedicar ao trabalho, concluindo o sucesso e os projectos, a título de reformas empreendidas e, em última análise, enfrentar os desafios do nosso país, envolvendo todos, graças às forças activas da Nação.

De fato, trata-se de um sistema integrado de valores, permitindo consolidar as conquistas em vários âmbitos, o impulso à dinâmica de desenvolvimento das Províncias do Sul e da consagração do Saara marroquino a nível internacional.

Louvado seja Deus, uma vez que muitos países  reconhecem o Saara do Marrocos, vários outros estados influentes, por sua vez, afirmando que a iniciativa de autonomia constitui a única forma possível de resolver este conflito regional artificial.

Além disso, os valores de solidariedade, da ajuda mútua e abertura, marcando a distinta de Marrocos, reforçando o seu papel e posição, ao afirmar-se a nível regional e internacional, junto aos irmãos árabes e países africanos, no sentido de interveniente fundamental e parceiro económico e político credível e digno de confiança.

Caro povo,

A celebração do aniversário da Marcha Verde constitui uma oportunidade, apegando aos valores desta gloriosa epopeia e da fidelidade ao juramento eterno.

Saudando também os esforços das Forças Armadas Reais, dos Serviços de Segurança, da Administração Territorial, bem como de todas as forças activas, dentro e fora das fronteiras nacionais, visando defender os direitos legítimos da nação marroquina.

Levados neste momento por um pensamento comovente, da memória do Artesão da Marcha Verde, Nosso Venerável Pai, Sua Majestade o Rei Hassan II, que Deus esteja com sua Alma e misericórdia, lembrando da memória imaculada de todos os valentes mártires da Nação.

Wassalamou alaikoum warahmatoullahi wabarakatouh.”

 

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