"Fizemos ao Polisario uma questao objectiva seguinte:" Querem uma solução ou permanecer à Tindouf e o Polisario foi incapaz de responder ", sublinhou o presidente do CORCAS, numa declaração à imprensa na sequência do terceiro arredondamento das negociações sobre o Sara que se desenrolaram à Manhasset, subúrbio new-yorkaise do dia 7 ao 9 de Janeiro.
" Após ter qualificado de "francos" as discussões e as trocas entre as partes, o Sr. Ould Errachid insistiu no carácter obsoleto do referendo preconizado pelos separatistas que, de acordo com ele, não dispõem sempre da latitude de discutir de maneira mais profunda e por conseguinte tomar as decisões que se impõem.
O presidente do CORCAS, a esse respeito, explicou que a autonomia preconizada pelo Marrocos dirige-se também aos líderes do Polisario neste sentido que poderão assumir as responsabilidades no âmbito de esta autonomia, sob soberania marroquina, que poderão igualmente implicar-se na gestão, desde que tiverem êxito a estabelecer os mecanismos necessários, para aplicar esta autonomia em conformidade com a legalidade internacional.
É aquilo o direito à autodeterminação, de acordo com a visão do Marrocos, que é conforme com a última resolução da Assembleia geral das Nações Unidas, tendo observado. Chamou, neste sentido, a Argélia de desempenhar um papel mais positivo e atribuir certa liberdade de acção ao Polisario, que deve poder negociar livremente a autonomia porque "o Polisario encontra-se sobre o solo argelino e a Argélia financia-o e como tal, tem sempre a última palavra", sublinhou.
O presidente do CORCAS emitiu a esperança que o Polisario fosse capaz de fazer evoluir a situação para uma solução e que a Argélia adopta uma posição mais coerente, que ela coloca em conta quelo que é conveniente no plano internacional e o que ela faz sobre o seu terreno.
O Sr. Khalihenna ould Errachid além disso evocou a ameaça brandida pelo Polisario de retomar as armas, lamentando esta atitude irresponsável que vai contra a chamada da comunidade internacional, através do Conselho de segurança. "Foram claros sobre esta questao."
Prevenimos o Polisario que o Marrocos não aceitaria, sob alguma condição que fosse, a ameaça contra a sua segurança e a sua integridade territorial. O Polisario agora sabe que o Marrocos não aceitará aquilo, e pensou que de acordo com as declarações que ele fez, parece que retraiu-se até certo ponto, e parece igualmente que compreendeu a mensagem ", acrescentou."
No que diz respeita à próxima volta do Sr. Peter Van Walsum na região, o encontro do quarto arredondamento previsto entre os dias 11 e 13 de Março próximo, o presidente do CORCAS indicou que esta volta vai permitir-lhe tomar conhecimento das posições das outras partes, em especial da Argélia e do Polisario, na qual espera-se que alteram a sua atitude e comprometem-se em negociações sérias para regular este conflito.
Fonte: MAP
Actualidade relativa à questao do Saara Ocidental