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17 de maio de 2024
 
 
 
Primeira Página

O Sr. Mohamed Mael-ainin embaixador da Sua Majestade o Rei Mohammed VI na Austrália desmentiu-se qualquer semelhança histórica entre o dossiê do Sara e o combate do Timor Leste face a sua independência, realizada pelo  Sr. José Ramos-Horta considerado como Presidente do Timor Leste, numa carta enviada ao editor chefe do jornal australiano “The Sydney Morning Herald”.



Este artigo apareceu na margem da projecção do filme `STOLEN', denunciando as práticas de escravidão nos campos de Tindouf, no festival do filme de Melbourne. Este artigo se inscreve  no âmbito de uma campanha de denuncia  organizada pelos adeptos dos líderes do Polisario na Austrália desde a projecção do filme `STOLEN' no festival do filme Sydney em Junho passado.

O embaixador Mohamed Mael-ainin reagiu imediatamente a estas alegações através da publicação de um informativo junto ao jornal supracitado sob o título `Às vezes, mesmo um eminente chefe de estado pode ser enganado `(Sometimes, even an outstanding head of state can be duped). É necessário recordar que o jornal “The Sydney Morning Herald” publicou na data de 22 de Julho um artigo de o Presidente José Ramos-Horta sob o título `a relação do Timor com o conflito Saraniano' (Timor' s link to a Saharan struggle). No seu artigo, o embaixador Mohamed Mael-ainin demonstrou-se as divergências históricas entre o combate do Timor Leste quanto a sua independência da Indonésia e a região do Sara Ocidental que nunca foi separadas do território do reino desde o estabelecimento do Marrocos no ano 788.

O Sr. Mohamed Mael-ainin embaixador da Sua Majestade o Rei na Austrália exortou-se a opinião pública australiana à procura da verdade sobre o conflito do Sara Ocidental distante de qualquer propaganda obscurantiste que promove a Frente do Polisario, implicando os habitantes saranianos cercados nos campos de Tindouf tratando frequentemente de enganar os iminentes chefes de Estado dos quais o Senhor Presidente do Timor Leste, de dixit.

Segue o texto integral da carta enviada pelo senhor Embaixador, Mohamed Mael-ainin:

Embassy of the
Kingdom of Morocco
 Camberra

ÀS VEZES, MESMO UM EMINENTE CHEFE DE ESTADO PODE SER DUPE

Por: Mohamed MAEL-AININ EMBAIXADOR DO REINO DO MARROCOS NA AUSTRÁLIA

SR. EDITOR DE “SYDNEY MORNING HERALD”

Sr. editor,

Li cuidadosamente o artigo que publicou no 22 de Julho corrente na rubrica “opinião”, sob a pluma do SE o Presidente JOSE RAMOS-HORTA, Presidente do Timor Leste sob o título: “Timor' s link to a Saharan struggle”, e com todo o respeito para a eminente personalidade de Sua Excelência, como Presidente, RAMOS-HORTA vários pontos fundamentais da sua opinião fazem muito mais um partido comprido  que Sua Excelência desenvolveu durante a sua luta pela independência do Timor Lesto, do lado elementos que preconizam a independência do Sara ocidental desde 1975 em Argélia, que é uma realidade histórica como fato tende demonstrá-lo ao longo de todo o seu “artigo-opinião”.

Sua Excelência apreendeu a ocasião da projecção do filme “Stolen” em Melbourne para exprimir o seu ponto de vista sobre o fundo do litígio em redor do Sara ocidental. Penso como ele que este filme deve certamente ser visto para além do tema de esclavagismo que levanta. Sublinho eventualmente que o esclavagismo é uma prática banida pela comunidade internacional, proibida e vergonhosa que merece reprimenda. Ella não pode ser tolerada em nenhuma parte e a qualquer hora que seja, mesmo sob a cobertura de um movimento de liberação e ainda menos de um movimento séparatiste!

A descoberta pelos directores do filme “Stolen” da prática do esclavagismo aos campos “do polisario” à Tindouf é da competência da autoridade argelina porque acontece sobre seu território, até mesmo segundo os directores considerando que é completamente fortuitos. Praticar isso como complacência a um  movimento que preconiza a liberação teria sido para eles uma conspiração do silêncio cujo restante ter-se-iam arrepreendidos pelo resto de suas vidas.

A sua elevada consciência guiou-o. Aquilo custa-lhes acusações as quais suporta o referido movimento. Que àquilo não se faça! Vale melhor ser criticado por ter escandido uma verdade descoberta por azar aquando de um trabalho de investigação, que de mergulhar num líquido numa conspiração do silêncio por medo ou por complacência.

Várias verdades científicas foram descobertas por azar por investigadores tornados mais tarde  famosos internacionalmente. A história abunda os grandes pensadores que foram pendurados por ter escandido importante resultado de suas descobertas.

Hoje fogos cruzados procuram asfixiar os directores “de Stolen”. Alguns atacam os meios que os conduzem como caso da “ Fetim e do seu cônjuge da Argélia desmentndo as suas próprias declarações e aquelas de seus próprios, mas sem dizer certamente claramente que as suas crianças e parentes foram detidos como reféns sob vigilância extrema nos campos onde o jogo da frente do polisario foi descoberto.

Quando a Sua Excelência o Presidente RAMOS-HORTA disse no início do seu artigo: “no âmbito da amizade profunda que vincula o povo do Timor e o do Sara ocidental, visitei os campos do polisario a Tindouf e os territórios liberados e não encontrei nenhum sinal de esclavagismo”, diante disso não posso deixar sem sublinhar a minha surpresa!!
Esta afirmação é dita com uma finissa  e simplicidade que faz passar sem que dê-se-se conta do facto a sua Excelência tivesse vindo à Tindouf como Chefe de Estado amigo, escoltado igualmente pela segurança do país hóspede a Argélia, que pelas milícias stalinieneses do polisario. Imaginam comigo então qual seria o destino de qualquer que ousará apresentar-se na frente dele e dizer-lhe: “Excelência, sou tratado como escravo por vossos amigos que o senhor venho para  suportar, ajudam-me a reencontrar a minha liberdade! ”

No parágrafo seguinte Sua Excelência trata os australianos de ignorantes quanta a questão  do Sara e para com o povo do Timor, que, ele conhece sua manobras e jogos, bem como todos resultantes! Para ele a Austrália que vai receber lições da história por  parte deste mundo e por parte do Timor Lesto… e lá,  começa a lição: “O Timor e o Sara ocidental ambos foram colonias por potências ibéricas (Portugal e a Espanha…” mas aquele que não diz, é que a Espanha administrava sob o mesmo sistema de colonização três outras regiões do Marrocos que ele atribuiu novamente, cada um a uma data diferente após negociações. Trata-se de:

- Toda a parte do norte do Marrocos de Tétouan a Nador, em 1956

- A zona de Tarfaya que fazia parte do Sara ocidental em 1958

- A zona de Sidi Ifni em 1969
- Os dois presidios marroquinos de Ceuta e Melilla continuam a sofrer a colonização espanhola. O que a Sua Excelência ocultou igualmente sendo que o Marrocos, que negociou e teve êxito a recuperação dos territórios supracitados, parte por parte da Espanha, foi independente antes da liberação  colonial do XVIII e XIX século passado.

Certamente, o Marrocos conheceu um protectorado franco-espagnol desde 1912 até o 2 de Março de 1956. Mas justamente após o fim deste protectorado o Marrocos inscreveu na O.N.U as suas queixas sobre o conjunto dos seus territórios históricos que não foram liberadas em Março de 1956 incluindo o território do Sara ocidental.

O Presidente RAMOS-HORTA na sua lição de história não tinha dito que desde 1956 até a 1974, o Marrocos confrontava-se únicamente face à Espanha à O.N.U quanto ao Sara ocidental, e que este litígio foi levado na frente diante do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) pelos dois únicos “Estados em causa”: o Marrocos que reclamava o território e a Espanha que o colonizava.

A Argélia e a Mauritânia que queriam interferir no litígio diante do CIJ não tinham aceitados que como “partes interessadas”, devido à existência de fronteiras comuns entre elas e o Sara ocidental (ver o parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça emitido no dia 16 de Outubro de 1975.

Nesta data, o polisario venha de aparecer sobre o território argelino, e não tinha ainda nenhuma presença sobre a cena internacional. O presidente HORTA não tamém tem dito que a questão que foi colocada para a Assembleia Geral da O.N.U junto ao CIJ era: ““Antes da sua colonização pela Espanha, o território do Sara ocidental, era um território sem mestre? E no caso que não fosse, qual a relação com o Reino do Marrocos? ””

Sua Excelência não tinha certamente, também dito que a resposta do CIJ foi : ““Antes da sua colonização pela Espanha, o Sara ocidental não era um território sem mestre (terra nullius)!

“Antes da sua colonização pela Espanha, o Sara ocidental tinha ligações e laços de fidelidade com o Reino do Marrocos”” Recordo aqui que toda a história da soberania do Marrocos sobre o conjunto dos seus territórios desde mais de 12 séculos da sua existência como Estado independente (o Marrocos é um Estado desde 788, é o primeiro país a ter reconhecido a independência dos Estados Unidos da América como afirmou-o no seu discurso ao Cairo o Presidente OBAMA no dia 04 de Junho de 2009) posto sobre o princípio sacrosanto  “da fidelidade”, que é do mesmo a substância dos argumentos dos advogados do Marrocos junto ao CIJ.

Assim por conseguinte, qualquer comparação em termos históricos do Timor e do Sara ocidental é nulo e sem nenhum efeito.

As tentativas do Presidente RAMOS-HORTA de fazer esta comparação têm por objectivo principal de envolver com o sentimento de apoio atribuído pela Austrália e os australianos em prol da luta do povo do Timor para criar um amálgama em seus mentes e confusão em seus pensamentos. E além disso para aproveitar por outro lado da ora do Prémio Nobel RAMOS-HORTA que os detractores do filme “Stolen” que apoiam o presidente, fazendo apelo diante do catástrofe. Deixou as suas responsabilidades de chefe de Estado para vir participar no festival do filme de Melbourne para dar mais credibilidade às alegações daqueles que o suportam. É um apoio militante. E uma boa guerra!

Em relação ao que precede, e por várias outras razões históricas como espaço reservado à esta resposta que não pode conter-se, posso apenas dizer que, apesar da profunda oposição de ideias entre o Sr. o Presidente RAMOS-HORTA e eu mesmo sobre a questão do Sara ocidental, sou em contrapartida completamente do mesmo parecer quando convida, no fim do seu artigo, todos os australianos: “a tomar o seu tempo necessário para efectivamente compreender todos os desafios que cercam a questão do Sara ocidental, invitando-os todos a procurar a verdade com vigilância e compromisso, de medo que as mentiras se tornam realidades e que os interesses limitados  de certas potências possiblitam acesso livre  sobre as ideias e sobre os poderes”
Entendo por lá as alegações enganosas da Argélia e seus acólitos. Em contrapartida, a sua chamada junto ao resto do Mundo para apoiar a separação do Sara ocidental do Marrocos e os qualificativoes dos quais reprova, está contradição com a realidade histórica e  geografica. O bem-estar das populações do Sara seja viver pacificamente no âmbito das instituições democraticamente eleitas e que  representam este povo junto ao Parlamento e o governo marroquino.

Quanto aos saraninaos que sofrem nos campos dos refugiados de Tindouf na Argélia, e dos quais se posiciona como defensor, sinto profundamente seus sofrimentos. Este sofrimento é de facto daqueles que apreendem nos campos contra a prórpira vontade, em pleno deserto sem nenhuma opção nem seja serem apresentados numa peça teatral dramática diante dos visitantes assimilados numa propaganda enganosa, manobrando pela maneira falsa sabiamente organizada pelos o polisario e seus montadores, visitantes entre os quais às vezes trata de um eminente chefe de Estado neste caso senhor o Presidente RAMOS-HORTA.

Lamento pela minha profunda humildade e de coração que seja deixado para embarcar em tal apoio incondicional o que a história considerará como engano.

Fonte: Corcas

Actualidade sobre o Sara ocidental -

 

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