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19 de abril de 2024
 
 
 
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O Marrocos não tem problemas com a União Europeia, mas sim  com a Espanha, envolvendo os interesses supremos, cujo país deve encontrar uma solução a tal crise, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Africana e dos marroquinos residentes no estrangeiro, Nasser Bourita.



"Para o Marrocos, a Espanha criou esta crise com suas ações. E a Espanha, através de suas ações, obrigada a encontrar uma saida a esta crise", assegurou Bourita, domingo passado à noite para o canal de informação LCI.

“Neste fato tem muita confusão com conversções falaciosas. Tratando  antes de tudo de um problema entre Marrocos e Espanha. Um problema político”, na sequência da decisão de Madrid de acolher o chefe da “Polisário”, denominado Brahim Ghali, indicado o Ministro das Relações Exteriores.

“A realidade é que a Espanha tem introduzido esta pessoa no seu território com documentos falsos e uma identidade usurpada sem sequer informar o Marrocos. Ainda esta pessoa foi perseguida na Espanha. Contando pelo menos com uns quatro denúncias por estupro de uma cidadã espanhol,  tortura e  terrorismo, conforme a denuncia da associação canária das vítimas do terrorismo. Apontando ser um caso do estado de direito, cuja justiça espanhola chamada a aplicar a lei e justiça ", explicou o Sr. Bourita.

Segundo o ministro, “o Marrocos foi claro desde o início: tal ato é contra seus interesses, um ato injusto que nem sequer respeita a dignidade e os interesses das vítimas espanholas”. explicando que "tais considerações humanitárias levantadas são apenas um falso álibi." Porque "a ajuda humanitária não significa  manobrear das costas do parceiro. A humanitária para um país vizinho não significa que se muda o passaporte e que se troduza uma pessoa no espaço europeu.  o humanismo não significa esquecer os direitos das vítimas espanholas e esquivar a  Justiça espanhola. Tal é a raiz do problema”.

Sobre a questão da migração, o ministro lembrou alguns fatos "longe de qualquer emoção e longe de qualquer demagogia".

“Em primeiro lugar, o Marrocos não tem obrigação de proteger outras fronteiras além das suas. O Marrocos não pretende ser a guarda da Europa ou seu porteiro. Marrocos age no âmbito de uma parceria bem compreendida entre Marrocos e Espanha, por um lado e entre Marrocos e a Europa, por outro lado”.

O “Marrocos age como parceiro. E quando os fundamentos desta parceria não foram respeitados, deveria  perguntar a Espanha, país europeu, se ela teria consultado a Europa antes de agir contra os interesses deste parceiro. Teria que perguntar a Espanha porque ela tinha agido fraudulentamente em relação a um criminoso de guerra, cuja importância objetiva para com a um assunto importante para o Marrocos e aos marroquinos ”.

Segundo o ministro das relações exteriores, “a Espanha não consultou a Europa, antes de provocar a crise. trata-se de um primeiro fato. O Marrocos não tem obrigação. Ele age como parceiro. Mas a parceria não é uma via de mão única. A parceria não é a carta. Se a Europa, parceira de Marrocos, considera que a luta contra as migrações é uma prioridade, este parceiro que é o Marrocos também tem as suas prioridades ”.

Interrogando se “a parceria que se chama pelo Marrocos é de respeitar a sua parte nesta parceria, uma vez que se permita a agir contra estes interesses fundamentais?”.

Com relação ao afluxo de imigrantes nas zonas ocupadas de Sebta, o ministro sublinhou que “as crises migratórias têm sido cíclicas. O que aconteceu desta vez, depende de um contexto. Querendo superestimar tudo esto para desviar do problema real”.

Lembrando que “o problema é principalmente bilateral entre o Marrocos e Espanha. Querendo implicar a Europa, europeizar o problema através da questão da migração, desviando a atenção do verdadeiro problema”.

"A crise é bilateral entre Marrocos e Espanha", martelou o  Ministro. E quanto a questão migratória, “o registro do Marrocos é bem conhecido”. Neste contexto, tem avançado quatro números edificantes: o Marrocos abortou 14.000 tentativas de imigração ilegal em três anos. O Marrocos desmantelou mais de 8.000 células de tráfico humano. O Marrocos abortou 80 tentativas de assalto à cidade de Sebta. Finalmente, o Marrocos trocou mais de 9.000 informações sobre a imigração ilegal com a Espanha.

Segundo o Sr. Bourita, "se a Europa nunca se preocupou com o seu flanco ocidental, não é porque este flanco não seja utilizado pelas máfias do tráfico de seres humanos, mas porque existe um país mobilizado diariamente cujos 20.000  forças de segurança protegem ao longo das suas costas".

Mais uma vez, o “Marrocos não o faz isso por obrigação”, reiterou o Ministro marroquino, lamentando a passagem que se esquece as vezes “os comboios que chegam a tempo   durante anos”. Uma vez o Marrocos tem cumprido com a sua obrigação de parceiro e não em troca de uma compensação financeira. O Marrocos não recebe nada da Europa ", explicou ele.

Sobre o desfecho que poderá tomar este caso, o Ministro da AE afirmou que "a Espanha se engana se pensa ao liberar este senhor (denomidado Brahim Ghali), perante os ditos processos, o problema torna difícil a resolver" "Pelo contrário! Isso quer dizer que a Espanha fez uma escolha face aos interesses de Marrocos. A Espanha teria feito tal escolha mesmo ao encontro de seus próprios cidadãos, vítimas desse criminoso. O Marrocos tem que arcar com as consequências."

“Para o Marrocos, a Espanha criou uma crise, através de seus atos. E a Espanha, com estes atos,  obrigada a resolver essa crise”, afirmando que “cabe à Espanha encontrar a solução!”. "não tem que poder planejar à noite por trás do parceiro e pedir-lhe no dia seguinte para ser leal às prioridades da Espanha e da Europa."

Concluindo que o "Marrocos é satisfeito da sua relação com a UE. O Marrocos não tem problemas com a UE. O Marrocos tem um problema com a Espanha em relação a um determinado sujeito particular, criado pela Espanha sem envolver a Europa. acreditando que cabe a Espanha resolver este problema,  investigar primeiro como este sujeto  entrou?  seu passaporte falso? e sua identidade usurpada? E por que a justiça, desativada em relação aos crimes hediondos  cometidos por este individuo? "

-Notícias sobre a questão do Saara Ocidental / Corcas-


 

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