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4 de maio de 2024
 
 
 
Imprensa Escrita

A "vitória diplomática" de Marrocos constitui uma "mudança fundamental", devido ao reconhecimento americano do saara marroquino, objeto de uma tendência da vez mais forte em favor da iniciativa de autonomia apresentada pelo Marrocos para acabar com o diferendo sobre o saara marroquino, 2007, segundo o jornal Folha de São Paulo, num artigo publicado terça-feira passada.



O Sr. Fábio Albergaria de Queiroz, professor da Escola Superior de Defesa, no artigo intitulado "Desafios Contemporâneos à Geopolítica do Magreb", considerou a posição positiva dos Estados Unidos sobre a questão do Marrocos, em 2020, "quando Washington reconheceu o Saara marroquino, criando um consulado virtual em Dakhla, decisão histórica, e mudança fundamental na posição de Washington desde 1976."

Tal professor de relações internacionais e geopolítica anotou que a posição americana se soma a “outra importante posição política, desta vez foi a Espanha, em 18 de março de 2022, ocupando uma nova posição como país, principal, ibérico”.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o Presidente Pedro Sanchez reconheceu a importância do Saara para Marrocos e defendeu a iniciativa de autonomia como a melhor opção para acabar com o conflito. Objeto de  uma posição razoável e importante: tornando-se claro que os laços entre Marrocos e Espanha não se limitaram apenas à continuidade geográfica, imposta pela releve que os une, mas também devido a construção de identidades nacionais, que o Saara tornou-se elo que liga os destinos dos dois países.

O recente apoio dos principais países à proposta de autonomia reflete, segundo o jornal, não só a vontade de reações efetivas, mas também do facto da via de negociação, adotada pela diplomacia de Rabat, levando aos resultados pretendidos.

Em função " das evidências e experiência, tais conquistas diplomáticas só podem ser interpretados como uma vitória diplomática de Rabat, haja vista, ao mesmo tempo, a fragilidade da posição argelina nesta complexa disputa geopolítica".

Tal experto dos assuntos militares e estratégicos considerando "se, por um lado, as evidências continuam a indicar que a superação da desconfiança persistente longe de surtir efeitos, por outro lado, uma visão apoiada por um pragmatismo minucioso mostra que as medidas tomadas por Marrocos podem sinalizar e alvorecer rumo a um novo capítulo das relaçõe internacionais do Maghreb.

Esclarecendo ainda que os litígios “acabam sendo resolvidos por meios normativos, resultantes deste processo de governação, o que por sua vez vai implicar a promoção de um jogo de soma positiva, cujos ganhos possam ser mútuos e beneficentes para todos”.

O Jornal escreveu também que "neste prognose ontológico, não se pode impedir de lançar, mesmo seja brevemente, um olhar sobre as conexões possíveis entre nosso mundo analítico e o Brasil", uma vez que isso possa envolvendo o Atlântico Sul e, mais especificamente, o Oeste da costa africana, devido ao seu rol de interesses vitais, a exemplo do Brasil reconhecer " o Magreb tal possibilidade, ser o mais estável e integrado, em tese, menos risco de transferência de ameaças internas para regiões consideradas prioritárias de interesse nacional".".

Tal experto brasileiro anotou, segundo o que "foi explicado e mostrado em relação ao plano de autonomia constitui objetivamente como um ganho mais viável nesse longo caminho, rumo à estabilidade do norte da África, se for traduzido num grande potencial em termos dos ganhos para o Brasil."

Assim, a história das inimizades entre Marrocos e Argélia, dois países essenciais para a construção da estabilidade regional estrutural, tem origem num legado indesejado que remonta à época colonial, um legado altamente sensível e com efeitos deletérios sobre todo o Magreb.

O sr Fabio de Queiroz concluiu ao dizer que dada a complexidade do problema geopolítico,  arrastando por décadas, a proposta de autonomia para o Saara apresentada por Marrocos em 2007 (...) deve ser abordada pelas partes em questão. Uma vez ela constitui a alternativa capaz de abrir caminho para uma solução possível, credível e real, e benéfica para este impasse."

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