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5 de maio de 2024
 
 
 
Imprensa Escrita

O Presidente do Conselho Real: Proposta de auto-determinação usou de todos  sem ser poder ser realizável is  

O presidente do Conselho real consultivo para os negócios do Sara (CORCAS) afirmou, numa entrevista atribuída à "Gazette do Marrocos", que a autonomia é a solução ideal para o conflito do Sara.



Numa entrevista que nos foi dada ao seu domicílio Rabat, longamente tem evocado a realidade, a particularidade e a complexidade deste processo assim que as primeiras acções do CORCAS que preside e que é chamado de desempenhar um papel da primeira ordem nos meses que vêm.

Eis o texto integral de esta entrevista.

O Conselho de segurança da O.N.U deixa entender que a situação de bloqueio no Sara apenas durou demasiado.

Gazette do Marrocos: Começam primeiro pela amnistia real que tem-se referido à 48 prisioneiros sahraouis após uma intervenção ao seu favor por parte do Conselho real consultivo para os negócios do Sara (CORCAS) que preside.

Isso significa que o CORCAS já tem iniciado o seu trabalho?

O Presidente: Sim certamente, e é uma prova concreta que o nosso conselho já tem começado a exercer a sua acção e as suas prerrogativas. Uma acção eficaz e construtiva e também uma acção política aos todos os níveis.

Esta diligência da Sua Majestade o Rei Mohammed VI de atribuir seu graças ao resto dos prisioneiros, no seguimento dos últimos acontecimentos ocorridos nas províncias sarianas, é a prova tangível que a política efectuada pelo Soberano é uma política séria e perspicaz para pôr em aplicação o conteúdo do seu discurso do 25 de Março passado na cidade de Laâyoune.

Uma diligência que visa, antes de criá-la para todos, as condições de uma reconciliação definitiva e irreversível das populações sahraouies lá onde encontram-se e virar a página do passado e inclusive de todos os aspectos negativos e inaugurando uma fase nova.

O eixo principal desta iniciativa é o facto de a autonomia vai ser edificada sobre bases sólidas, fortes e modernas, englobando todos os sectores, que sejam de ordem política, económica ou social, de uma maneira que possa satisfazer todas as componente da sociedade marroquina e na sua cabeça a componente sahraouie.

Consequentemente, a política actual tende a demonstrar que o projecto marroquino conduzido pela Sua Majestade o Rei é um projecto sério e credível.

LGM: O último relatório de Koffi Annan, além do facto de recomendou a prorrogação da missão do Minurso ao Sara, sobretudo chamou à uma solução política equitativa e aceitável por todas as partes. Isso significa que o plano de James Baker definitivamente tem sido abandonado bem como a ideia do referendo de autodeterminação?
Presidente: Certamente, é a primeira impressão que se liberta do último relatório de Koffi Annan sujeito ao Conselho de segurança. Através de este relatório, Koffi Annan confirma que o plano Baker definitivamente é enterrado. Porque é um plano que não pode ser aplicado a um processo como o do Sara.

Recordo, à esta ocasião, que o projecto do referendo de autodeterminação e, sobretudo, as suas etapas sobre o processo de identificação das populações habilitadas a participar fez,esgotar todos os esforços da O.N.U durante vários anos.

Um procedimento fundado sobre uma identificação que a O.N.U nunca efectuou em nenhuma parte através do mundo e, desde a sua fundação em 1948.

O referendo não é por conseguinte aplicável. Por a simples razão que os tribos sahraouies que a O.N.U contou não residem não somente ao Sara mas também aos países vizinhos incluindo, nomeadamente, a Argélia, a Mauritânia e o norte do Mali.

Se queremos organizar um referendo livre, sincero, democrático e justo, é necessário que a operação de referendo esteja englobando todos os Sahraouis dispersados através estes países, o que é naturalmente impossível.

A partir de lá, o referendo e mais especificamente a identificação é praticamente impossíveis. Permanece por conseguinte apenas a solução política negociada que possa satisfazer todas as partes.

LGM: Uma primeira reacção, o líder do Polisario declarou que o projecto marroquino de autonomia constituia um grande prejuízo ao Sahraouis, enquanto que o governo marroquino, por meio do seu porta-voz, Nabil Benabdallah, recusa qualquer negociação com o Polisario e prefere negociar directamente com a parte argelina. Como o presidente do Conselho consultivo sahraoui, qual é a vossa atitude no que diz respeito à estas duas reacções contraditórias?

Presidente: O projecto de autonomia não prejudica nenhum principalmente o Sahraouis. Pelo contrário, é um projecto equitativo que atribui às populações do Sara todos os direitos e todos os domínios.

Primeiro, torna-lhes justiça reconhecendo, sem rodeio, o seu estatuto no Estado marroquino como componente histórica essencial da nação marroquina. Em segundo lugar, a autonomia não prejudica o Sahraouis a nível da sua autodeterminação. Atribui-lhes direitos inegáveis, não somente económica e social mas sobretudo política.

 Em outros termos, este projecto permite aos fios desta região ser mestres do seu destino e da sua terra. De modo que possam gerir eles mesmos os seus negócios e  suas riquezas. Permite-lhes também beneficiar de todas as vantagens económicas e conservar os seus costumes no âmbito do Reino do Marrocos. Porque os habitantes do Sara têm relações históricas e religiosas profundas com Amir Al Mouminine e Rei do Marrocos.

Relações tecidas através de séculos pelos seus pais, avôs e antepassados. Não se pode, independentemente das circunstâncias, abandonar os nossos laços de fidelidade (o Bayâa). Porque esta implica igualmente direitos políticos e económicos. E é que prevê e garante precisamente este projecto de autonomia.

Naturalmente, e para traduzir o projecto de autonomia na realidade, estamos prontos para iniciar negociações com o Frente Polisario.

São os nossos irmãos e fazem parte da nossa comunidade sahraouie. Infelizmente, circunstâncias específicas, fundamentadas em especial pelos efeitos da guerra fria e o conflito Leste-oeste de há trinta anos seguidamente a situação interna que o Marrocos conheceu durante uma fase dada da sua história, levou os nossos irmãos do Polisario a adoptar esta atitude extremista.

Mas agora, não tem mais razão de reclamar a cisão, seria apenas porque todos os direitos das populações sahraouies serão garantidos pretos sobre branco pelo projecto de autonomia.

No que diz respeito à Argélia, este país irmão, este país árabe, muçulmano e africano que afirma que não é parte referida por este conflito do Sara, dizemos que cremos à esta versão, mas vamos, interrogar-vos todo do mesmo modo, abandonar os vossos sonhos do passado.

Falo sobretudo dos problemas de fronteiras com o Reino do Marrocos. A maior parte destes diferendos faz agora parte do passado. Vamos pedir à Argélia que ajude-se a iniciar negociações com os nossos irmãos do Polisario, para reunir as populações do Sara e criar as bases de um processo de autonomia que deveria permitir-lhes realizar os seus objectivos.

Este projecto permite ao Marrocos estender a sua soberania no território e responde às reivindicações do Sahraouis aos planos políticos, económicos, sociais e culturais. Permite também a Argélia de conservar a sua dignidade e encontrar uma porta de saída honrosa, dado que este país também ajudou o Sahraouis durante longos anos.

Terá assim a satisfação de ter ajudado o Sahraouis a realizar algo de concreta. Assim, o projecto de autonomia é a única solução possível para resolver a pergunta do Sara. Não há nenhuma outra opção possível, que seja pelo bais das Nações Unidas ou outras potências.

É também a base sobre a qual deve edificar-se o grande Magrebe Árabe e de modo que a comunidade dos povos maghrébins possa por último consagrar-se aos seus problemas de desenvolvimento e também para desenvolver a democracia, a cooperação multilateral e a protecção do ambiente.

LGM: Convidou o líder do Polisario a aceitar o projecto de autonomia. Ora, numerosos homens políticos marroquinos reclamam o seu julgamento como criminoso de guerra como desejam-no os prisioneiros marroquinos do Polisario e também os aderidos nos campos de Tindouf.

Presidente: Ouvem, a reconciliação é um dado essencial da nossa religião muçulmana. Não se pode falar de dissensões ou julgamento quando vai-se para a reconciliação. Estamos prontos para ajudar o nosso irmão e o parente, Mohamed Abdelaziz, líder do Polisario, para assumir a presidência da autoridade da autonomia e ele deve aceitar a agir sobre toda as nossas forças para alcançar este objectivo no âmbito da soberania marroquina e sob a direcção da Sua Majestade o Rei Mohammed VI.

É a melhor maneira de virar a página do passado e inaugurar uma fase nova.

LGM: Quando fala da possibilidade de designar Mohamed Abdelaziz à cabeça da autoridade da autonomia, como aquilo vai ser passado? Através de um voto, uma eleição regular ou por uma nomeação directa?

Presidente: Não, através de uma eleição. Por conseguinte, estamos prontos para apoiá-lo para tomar a presidência da autoridade da autonomia. Um gesto que vai no sentido do nosso desejo de concretizar a reconciliação e de esquecer o passado.

LGM: Também falou-se o vosso desejo que encontrasse o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika. Onde são as disposições tomadas para concretizar este encontro?

Presidente: Permitem sublinhar antes de mais nada que esperamos que o presidente Bouteflika recupera-se do que sofria e finalizar sua examem  médica. Desejamos-lhe um rápido restabelecimento de modo que reencontre a sua saúde.

Com respeito à resposta à vossa pergunta, recebi o acordo e a autorização da Sua Majestade Mohammed VI de modo que possa-se encontrar o presidente Bouteflika bem como os responsáveis do governo e do Estado argelino irmão.

Quereríamos, sobretudo, dizer-lhe, e directamente, que somos de autêntico Sahraouis e que a maioria do Sahraouis que vivem sob a soberania marroquina considera que a autonomia é a única solução posssible para chegar à reconciliação.

Esta autonomia é suficiente e largamente justa. A África tem tanto problemas, dificuldades e de crises. Os pequinhos países, geralmente construídos sobre considerações tribais, não chegam à sair-se. Vêem a Somália, o nosso irmão árabe e africano cuja fonte dos problemas é a impossibilidade de conciliar os tribos em presença.

Vêem o que se passa a Darfour no oeste sudanês onde outros tribos continuam de se matar. Não se pode erguer uma pequena entidade em Estado sobre bases meramente tribais ao Sara. Porque aquilo constituirá uma fonte permanente de desgraças e de conflitos para todos os países do Magrebe, para a África e mesmo escala mundial.

Estamos a alguns quilómetros da Europa do oeste, deste Ocidente que se esforça, sob o impulso da União Europeia e os EUA, de criar as condições de uma paz mundial duradoura. Devemos, por conseguinte, evitar qualquer o que é de molde a conduzir à tensões.

A partir de lá, a autonomia é a solução ideal para o Sara. Primeiro porque satisfaz as reivindicações dos cidadãos e sobretudo porque pode evitar-nos a instabilidade e as situações de guerra.

Por outro lado, contribui para reforçar a fraternidade entre os países e os povos maghrébins. Porque o Sahraouis são igualmente ligado à Mauritânia e a Argélia aos planos humanos, familiares e geográficos.

LGM: Por quais razões o Marrocos adiaram a apresentação do seu projecto de autonomia na frente do Conselho de segurança como aquilo estava previsto para o fim do mês de Abril?

Presidente: Não era possível apresentar a proposta marroquina ao Conselho de segurança ao mês de Abril. O CORCAS acabava de ser nomeado e ainda não tínhamos começado as consultas com o palácio real para pôr as primeiras balizas e as grandes linhas do projecto de autonomia relativo a esta região.

Quando as consultas terminarem, o Marrocos poderá apresentar um projecto estudado e atado bem.

LGM: Esperando, já têm começado a tomar laço com os tribos sahraouies em causa, tão bem ao interior do Marrocos que o estrangeiro?

Presidente: Desde o 25 de Março passado, a partir do instaurado  CORCAS, começamos a tomar laço com os nossos irmãos sahraouis em Marrocos e o estrangeiro, para explicar as grandes linhas da iniciativa Real. É uma iniciativa sem precedentes em Marrocos e que vai desentupir sobre uma reconciliação histórica.

Começamos por explicar proposta marroquina aos cidadãos tanto através dos meios de comunicação social como por meio de contactos directos. De acordo com as primeiras impressões que libertamos, a maioria do Sahraouis é satisfeita desta iniciativa.

LGM: Uma última pergunta. Na vossa qualidade de presidente do CORCAS, como encara pessoalmente o fim deste conflito, sobretudo posterior Koffi Annan considerando que este assuntos do Sara não consta na agenda dos principais membros do Conselho de segurança para múltiplas considerações, na medida em que vários países são preocupados de preservar as suas relações tanto com o Marrocos como com a Argélia?

Presidente: É uma análise que atesta que há solução à esta questào do Sara apenas a da reconciliação consensual.

A guerra não deu nenhum resultado. O referendo fundado sobre a identificação do corpo eleitoral é impossível de concretizar. Permanece então apenas o consenso e a aceitação muito do projecto de autonomia, excepto se queremos perpetuar este conflito meramente artificial.

Traduzido do árabe por Omar GR Anouari Khalli Hanna Ould Errachid:

Biografia:

Presidente nasceu em Novembro de 1951 na cidade de Laâyoune, enquanto que o território do Sara estava ainda sob ocupação espanhola e no momento em que comprometia-se a resistência nacional contra o colonialismo franco-espagnol no resto das regiões do Reino.

Prosseguiu os seus estudos superiores em Madrid antes que o Marrocos decide lançar glorioso Marcha Verde em Novembro de 1975 e que conduzirá ao regresso  das províncias sarianas.

Fundador do partido da União Nacional Sahraouie - espanhol, mais conhecido sob a sigla do PUNS em 1974-75, é, com Falecido  Khatri Ould Sidi Said GR Joummani, presidente do Jamaâ Sahraouie e membro do Cortès Espanhol, um o primeiro notável do Sara a vir emprestar fidelidade ao Falecido o Rei Hassan II e retornar ao país.

No âmbito da soberania marroquina, foi nomeado, entre 1977 e 1995, ministro dos Negócios sarianos nos diferentes governos que o Marrocos conheceu durante este período.

Representou a cidade de Laâyoune junto ao Parlamento marroquino entre 1977 e 2002. Assumiu igualmente a função do presidente do Conselho municipal de Laâyoune, e desde 1983. O Presidente foi considerado igualmente entre principais os fundadores do Ajuntamento Nacional dos Trabalhadores independentes (RNI), presidido por Ahmed Osmane, partido que deixou para fundar o Partido Nacional Democrata (PND) aos lados de falecido Arsalane GR Jadidi bem como Abdallah Kadiri, Abdelkader Benslimane, Jalal Essaid, espumou Saâdi e os outros antigos deputados do RNI.

Fonte: Gazette

Atualidade relativa à questào do Sara ocidental/Corcas

 

 

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