"Vários motivos justificam esta posição da maioria dos membros da ONU, nomeadamente o facto do Plano Baker, no qual a Argélia tinha fundado a sua resolução (votado em 14 de Dezembro), ser um plano ultrapassado que só teve por mérito o facto de ter mantido o litígio num impasse total", sublinha a publicação que faz observar que "já há mais de 2 anos que este plano, que o Secretário Geral da ONU considerou inaplicável, parece ter sido posto de parte."

E "L’Inter" interrogar-se: "evoluiremos para uma solução política da questão do Sara marroquino, como o preconiza Marrocos através do seu plano de uma larga autonomia para suas províncias sarianas?". Podemos crê-lo, na medida em que o número de partidários da independência destes territórios, conduzidos pela Argélia, vai-se reduzindo ao longo dos anos.

Em 14 de Dezembro, a questão foi ainda submetida ao voto dos Estados-Membros da ONU, mas uma vez mais, nota o diário, os partidários da tese independentista  não conseguiram obter a adesão da maioria dos membros da organização mundial ao seu projecto. 91 países abstiveram-se de votar a favor do projecto argelino e os outros 31 preferiram não tomar parte no voto.

O conjunto dos países árabes e islâmicos, a esmagadora maioria dos países africanos e  numerosos Estados europeus e latino-americanos, recusaram apoiar esta resolução.

São no total 122 países, ou seja, dois terços dos membros da ONU que provocaram, quer pela sua abstenção, quer pela sua não participação no voto da resolução, o fracasso da passagem em força da resolução independentista, conclui o diário costa-marfinense de informações nacionais e internacionais.