Os jornais, que apontam que a ofensiva diplomática marroquina começa a dar os seus frutos, acrescentam que esta nova resolução constitui uma nova victória para os esforços empregues por Marrocos para pôr definitivamente um termo a este conflito artificial.

O « L'Opinion » escreve que "a vontade afirmada por Marrocos para clarificar a situação do Sara e a sua determinação a desmascarar aqueles que procuram por todos os meios obstruir uma solução política negociada, acabou por dar os seus frutos".

“Le journal” , que põe em destaque  o apoio da comunidade internacional à iniciativa marroquina, sublinha que este apoio "manifestou-se a nível do Conselho de Segurança da O.N.U.", que "acolhe com satisfação, a Iniciativa marroquina relativa à autonomia  interna das províncias do Sul".

"Trata-se, por conseguinte, de uma nova etapa no processo de resolução do dossier e de uma abordagem inovadora, a qual constitui uma ruptura com o passado e enterra de maneira irreversível os planos Baker e outras propostas apresentadas, tendo em vista chegar a uma solução aceite por mútuo acordo", considera o autor do artigo.

O “L’Economiste” indica, por seu lado, que "a resolução do Conselho de Segurança sobre o Sara constitui um ponto positivo para  Marrocos", acrescentando que o Conselho tem em conta a proposta marroquina, dado que preconiza "a negociação directa sem preliminares e felicita-se pelos esforços sérios e credíveis de Marrocos".

O “Le Matin du Sahara et du Maghreb”, que saúda a confirmação dada pela comunidade internacional sobre o projecto marroquino de autonomia do Sara, e o apoio explícito e solene às suas diligências corajosas e inovadoras, qualificou a adopção pelo Conselho de Segurança desta nova resolução, de "voto histórico".

"Não existe palavras suficientemente fortes e expressivas que possam traduzir o sentimento de alívio demonstrado no dia seguinte ao voto por unanimidade de uma resolução pelo Conselho de Segurança, que incentiva a aplicação de uma solução política ao Sara", escreve o autor do artigo, acrescentando que "Marrocos se congratula, com efeito, que a comunidade mundial tenha finalmente acolhido favoravelmente  uma proposta judiciosa, corajosa e inovadora".

"Se Marrocos se felicita da legitimidade duma resolução, é para  melhor chamar os seus adversários, exortá-los com insistência para que notem que o único caminho que existe para a paz é a negociação e o diálogo honesto, desprovidos  do constrangimento dogmático, portadores das esperanças dos povos da região, mobilizadores, para causas nobres", indica o “Le Matin du Sara”.

Para o “Aujourd’hui le Maroc”, é incontestável que sobre a questão do Sara, uma página foi virada. Vamos na direcção da  autonomia, e através da negociação ".

"A resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao saudar de uma maneira explícita os esforços sérios e credíveis, de Marrocos, deu um “imprimatur” da ONU para o nosso plano de autonomia e colocou-o numa posição exclusiva de negociações", acrescenta o diário.

“Le journal” aponta que "ao avaliar a atitude marroquina pelo seu justo valor, a comunidade internacional decidiu aproveitar esta oportunidade histórica para concluir este processo que doravante será considerado  inútil e parasítico do ponto de vista geoestratégico".

"A escolha da paz, da segurança regional e de um Magrebe integrado e constituído de regiões autónomas geridas democraticamente, impôs-se perante as questões do passado", prossegue o jornal, sublinhando que "a escolha do Marrocos oferece doravante o melhor futuro possível aos povos da região, que legitimamente o merecem".

“Al Ahdat Al Maghriya” escreve que a ofensiva diplomática inteligente efectuada por Marrocos começa a dar os seus frutos após a adopção, pelo Conselho de Segurança, de uma nova resolução para o Sara, sublinhando que "a Iniciativa marroquina é a solução adequada para sair do impasse e resolver este conflito que já dura há demasiado tempo". Al Ittihad Al Ichtiraki” acrescenta, por seu lado, que a comunidade internacional prestou um apoio notório à iniciativa à marroquina para a negociação de um estatuto de autonomia para a região do Sara, a nível do Conselho de Segurança, que se congratulou "com os esforços sérios e credíveis" de Marrocos para chegar a uma solução desta questão.

Quanto ao “Rissalate Al Oumma”, escreve que "a nova resolução do Conselho de Segurança sobre o Sara declara oficialmente a ruptura com o plano Baker enterrado, o qual ficou ultrapassado, sobretudo após a adopção de resoluções da ONU, as quais fazem apelo aos esforços para uma solução política negociada".