الـعـربية Español Français English Deutsch Русский Português Italiano
16 de maio de 2024
 
 
 
Imprensa Escrita

O Presidente do Conselho Real Consultivo para os Assuntos Saranianos sublinhou que a "grande maioria" da população detida nos campos de Tindouf apoia a iniciativa marroquina de autonomia para o Saara, destacando que os saranianos se cansaram das promessas do "Polisario", que nunca se realizaram.

 



O Presidente do Conselho tem dito numa entrevista publicada pelo jornal ( Al Watan Quatariana), no domingo, " reiterando dizendo que a grande maioria dos saranianos nos campos de Tindouf é a favor do plano de autonomia, sendo que les não suportam mas a situação diante do" Polisario ", e estão cansados da instabilidade e das promessas que não podem ser alcançadas" .

Ele explicou ainda dizendo que o plano de autonomia os permitirá desfrutar de todos seus direitos conforme o plano de autonomia, tratando " de nobres e respeitados dreitos nos domínios políticos, econômicos, sociais e no campo dos direitos humanos"

Por outro lado, Ouald Errachid frisou que o Conselho Real Consultivo para os Assuntos saranianos tem feito durante  "Os últimos quatro anos, um grande trabalho em todos os níveis, conforme o pedido e as instruções da Sua Majestade o Rei Mohammed VI"

Frisando que, graças a esse trabalho "consiguemos mudar o conceito da comunidade internacional diante da representatividade do saraniano, sendo que não hã mais espaço para dizer que" a Frente Polisario é o único representante legítimo da população saraniana. "

Destancando também o "tremendo trabalho" que foi realizado em relação á promoção das questões do desenvolvimento social e econômico para toda região e  em todas as áreas.

Em relação as perspectivas para a resolução da questão do Sara, o Sr  Ould Errachid destacou que o assunto hoje é de avançar no sentido  de uma siada do "compromisso" conforme a Organização das Nações Unidas, porque tal solução "está em conformidade internacionalmente, o qual é conhecido pelo projeto de autonomia."

Destancando que "esta solução permite ao Marrocos proteger sua unidade e sua soberania e integridade territorial, possiblitando aos saranianos exercer seus poderes  para gerir seus assuntos locais, nomeadamente no plano económico, social e cultural

Fonte: Map

Noticis sobre o sara ocidental/Corcas

O texto da entrevista:

Entre a primeira reunião que tivemos com você há dois anos, e este encontro falamos sobre uma série de mudanças, principalmente a crítica direta dirigida para o Conselho Real Consultivo para os Assuntos Saranianos (CORCAS) em novembro passado ..

Como você recebeu essa crítica, e você acha que a hora já chegou para  mudar o seu desempenho diante da insatisfação do Palacio pelo  empenho do «CORCAS»?

- Por um momento de silencio, apareceu nas suas expressões as características do choque traduzidas no seu rosto, então ele responde, dizendo: Esta é uma pergunta estranha .. Muito estranho .. A coisa mais estranha é iniciar uma conversa, perguntando-me .. O que eu disse não é verdade e eu não sei onde você achou essa crítica.

No discurso real, por ocasião da Marcha Verde, em Novembro passado?

- Não nunca essas são interpretações!

Eu estava lá em Marrocos, naquele  período e fez a leitura do discurso  em todos os meios de comunicação ..

- Então você me pergunta sobre como a mídia comentou o discurso .. Isso leva-nos no sentido da interpretação e nos como Conselho real, não falamos das interpretações.

Então você não sentiram quaisquer  observações no discurso real ou críticas por parte do rei sobre o seu desempenho?

- Nunca! Mas eu quero te perguntar .. Você leu o discurso?!

- Eu li o texto do discurso publicado pela imprensa marroquina

- Eu digo a você para não lea a imprensa mas sim o discuros diretamente .. Isso quer dizer que você tem que olhar para as palavras do rei, não interpretar ou mudar as palavras do rei.

A imprensa no Marrocos é livre .. ela Diz e atribuiu o que ela quer, ela diz sobre a plavra do rei o que ela quer .. O que a Sua Majestade o Rei tem dito é que no final do mandato, ele vai proceder a reestruturação não tem dito outra coisa disso. Mas parece que você leu o que foi dito pela imprensa o que vocé acha que é  o significado do discurso.

Mas a imprensa é o espelho de uma sociedade, e quando você a acusa de interpreatação e isso significa que você está criticando a liberdade de expressão, sendo que a imprensa marroquina não é sincera sobre o que ela apresenta?!

- Por favor, não .. Isso não é o que eu disse. Eu disse apenas que não julgamos a não ser o que a Sua Majestade o Rei tem dito, ou seja, não julgamos aquilo que foi interpetado por você ou por outros.

Bem, qual é as suas expectativas para a reestruturação após a conclusão dos trabalhos do Conselho?

- Nós não temos impressões, este é um tópico reservado para Sua Majestade o Rei e ninguém pode responder este assunto a não ser ELe. E por isso eu desejava não iniciar com esta pergunta, porque é uma questão interrompida.

Talvez porque é uma pergunta honesta e directa?

- Não, porque ela é direta, mas sim porque a pergunta não tem respostas e só por parte da sua Sua Majestade o Rei, então esta questão só pode ser colocada apenas a Sua Majestade o Rei, porque só ele tem a resposta.

Geralmente, deixando até que pareça a resposta, vamos perguntar-lhe sobre o sistema atual do Conselho, que é baseado no compromisso, você acha que se a reestruturação for feita, ela vai ser um Conselho com base na eleição?

- Não, essa é uma hipótese não respondo a ela!

Isso quer dizer que não detenha nenhum visão sobre o futuro do Conselho?

Essas percepções estão somente com a Sua Majestade o Rei .. Ouça-me bem, eu sou sincero com você sobre o que eu digo, eu não gosto de dar respostas prováveis ou sem fundamento da verdade, por isso eu digo a você que só a Sua Majestade o Rei Mohammed VI sabe o que fazer do Conselho Real e não há mais ninguém.

Mas, com base que nos aproximarmos do final do mandato do  «Conselho» - expirou o período exprira-se oficialmente em 25.3.2010»?

« Interrompendo» Dios é grande!

Sim, Deus é grande, não há Deus a não ser ALLah .. Mas você está satisfeito com o desempenho do Conselho no passado?

Claro, como não pode? Conselho fez nos últimos quatro anos um grande trabalho em todos os níveis, pelos quais foram mandatados por parte da Sua Majestade o Rei. Este assunto é de restreita especialidade para falar sobre. E eu sou capaz de responder a você sobre tudo o que você precisa saber: O Conselho mudou as coisas de uma forma grande e ele reflete a política adotada por Sua Majestade o Rei para mudar o Marrocos diante da questão do sara. É por isso preparamos o projecto de autonomia, que foi aprovado por Sua Majestade o Rei, o qual se tornou a iniciativa marroquina de autonomia. Defendemos o projeto no Conselho da Segurança e nos fóruns internacionais e conseguimos mudar  o conceito da comunidade internacional diante da representaividade do saraniano. Sendo que não é mais possível dizer que a Frente Polisario é o único representante legítimo da população do sara.

Nós fezemos um grande trabalho para avançar com as questões do desenvolvimento econômico e social nos últimos anos em todas as áreas analisadas e estudadas, tomando decisões em temos políticos com sucesso. Mas é claramente, qualquer o trabalho humano permanece um trabalho incompleto, e não podemos dizer que conseguimos  o sucesso «» 100%, porque o sucesso significaria a solução do sara, mas sim conseguimos mecher com as coisas numa direção positiva, bem como conseguimos introduzir pela primeira vez desde 2007, numa série de  negociações pacíficas sob os auspícios das Nações Unidas com vista chegar a resolução pacífica através de negociações que estão em andamento como se sabe.

Diante das rodadas de negociações anteriores, perguntando se chegaram a um resultado positivo?

Processo de negociação em si é uma operação positiva, mas a pergunta permanece: quanto ao andamento e pelo qual está sendo feito as negociações é suficiente? A resposta não é ainda, mas sim os adversários discutiram e se saúdam e debatem, é isso por si só, uma tarefa muito importante, porque ainda está no início do caminho.

Se voltarmos à referência do Discuros real, vemos que ele comtem críticas contra os separatistas do interior. Então como você vê essa tendência localizada dentro do território do Marrocos e que se oponha as suas posições?

Eu não prefiro chamá-los de separatistas do interior mas sim de saranianos simpatizantes com a Frente do Polisário, elas são poucas pessoas que agem no âmbito da liberdade de expressão e livre expressão de opinião e sem que o Marrocos ser incomodado de forma nenhuma. Mas isso dever ser feito sem ultrapassar ás linhas vermelhas, nem trabalhar com a inteligência de informação da Argélia para cometer actos terroristas em Marrocos.  Sem que isso possa de froma alguma  ameaçar à unidade ou  a soberania do Marrocos, pois o número é muito pequeno, representando apenas uma pequena porcentagem dos filhos do sara.

Mas, se pegarmos a questão da separatista, Aminatou Haider que  apareceu no cenário últimanente, ela preocupou a opinião pública dentro e fora do Marrocos, isso não causou algum típo de constrangimento para o Marrocos?

Não nunca .. Aminatou Haider desrespeito a lei e, em seguida, voltou atrás e depois retornou para a sua região.

Mas alguns acreditam que ela conseguiu atrair os meios de comunicação e da publicidade a favor da sua causa?

- O Marrocos quém a fez ela voltar.

Mas no final, ela conseguiu realizar  seu objetivo?

- Não. .. Não conseguiu realizar seu objetivo porque ela não retornou com um passaporte da frente do Polisario, mas sim voltou com o passaporte do Marrocos .. Então a questão não mudou e o assunto é que Aminatou Haidar como qualquer outro devem saber que o Sara é suberdinada á lei  e ao direito do Marrocos. Quém quer ter uma opinião contrária à posição marroquina pode ter mas com respeito às leis do Marrocos .. Como você se sabe, Haidar aceitou voltar sob a égide destas leis, neste caso, o Marrocos não tem vergonha para deixá-la  retornar e ela voltou com o passaporte e documentos marroquinos.

Então ela é marroquina com uma opinião oposta e diferente da lei, mas no final, ela é marroquina, detém  cidadania marroquina com um passaporte marroquino, além disso, não só Aminatou Haidar que violou as leis da história do Marrocos.

Embora o halo da mídia em torno da questão da Aminatou Haidar, os cidadãos do povo saraniano não simpatizaram com ela diante de suas posições, mas sim algumas organizações de direitos humanos, a Frente do Polisário e a Argélia simpatizaram com ela, mas no Saara não houve manifestações em  Laayoune, Dakhla e Smara a seu favor.

(Interrompendo) Desculpe-me, mas como interpreta as tendências da opinião pública saraniana e ao falar da falta da simpatia com Haidar? Pode ter existido a simpatia mas sem as manifestações públicas?

- Eu sou o presidente do Conselho Real e conhece isso .. os saranianaos apoiam autonomia não apoiam a Frente do Polisário nem a suportam neste sentido, contando com a grande maioria da população detida nos campos de Tindouf .. Os saranianos estão cansados diante da instabilidade e das promessas que nunca se realizaram e eles querem viver em harmonia e paz, bem como eles querem desfrutar de uma vida melhor por isso que eles suportam e apoiam fortemente a autonomia.

Ele pedem a Frente do Polisário, que é parte de nós e do nosso povo, para engajar nas negociações, com vista a realização da autonomia, e para goar  dos direitos aqueles reconhecidos pelo plano de autonomia que são direitos dignos em todos os domínios político, económico, socialis e direitos humanos.

O Sr. Presidente na sua plavra falou sobre autonomia  como a melhor solução contra á questão do Saara .. Como você vê a possibilidade de alcançar uma solução deste tipo na realidade, num âmbito da intransigência da outra parte?

- A Questão do Sara não é o  primeiro caso no mundo que tem escapado solução por um longo tempo, o problema da Irlanda do Norte se arrastou por mais de «40 anos» e, finalmente, chegou protestantes e católicos a serem resolvidos, ea questão da Palestina, apesar de difícil, mas é no seu caminho para a solução, há também a questão da Chipre, que se arrasta por um longo período de tempo, então, deve um dia ser capaz de chegar a uma solução na questão do Sara, porque finalmente chegamos a metade da solução.

(Interrompendo), a metade da solução está do lado do Marrocos, mas a respeito da outra metade?

- Não. Não é a metade da solução, em geral, porque o adversário tentou todos os outros meios que possam  levar a uma solução mas sem sucesso. A Frente do Polisario tentou a guerra e foi derrotada, tentou o referendo sem resultado, porque o referendo não é possível no sara, por razões que já foram tratados anteriormente.

Estamos agora à procura de uma solução que as Nações Unidas denominam de compromisso, quer dizer que cada uma das partes deixe uma parte das exigências suas para  chegar a um ponto comum. No qual cada parte pode dizer que tenha conseguido realizar alguma coisa. E Esta é solução e pela qual foi acordada internacionalmente  e conhecida como o projeto de autonomia. Chamando-o como quiser .. Você pode dizer que esta solução se basea-se sobre formas que atribuam ao Marrocos amplos poderes sobre o sara. Você pode dizer também que esta solução permite ao Polisario entrar no processo para gerir o sara.

A solução no final permite ao Marrocos de preservar a unidade e a integridade territorial, indiscutívelmente, permitindo assim ao saraniano desfrutar de todos os poderes quanto ao desenvolvimento político, económico, social e cultural dentro da região, e de forma que preservam seus direitos ao longo prazo.

Chegámos agora a deixar diante de  um dos pontos, sendo que a guerra já terminou e sem volta, e o referendo não foi possível, como tinha sublinhado o ex-enviado pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas, Van Walsum, e conforme os factos na realidade, então nós estamos diante de um contexto  no qual procuramos chegar a uma solução do compromisso .

Nossos irmãos da Frente Polisário e os argelinos continuam ainda incertos e relutando em negociar de maneira verdadeira e realista, porque eles impedem chegar a uma saida, mas, apesar disso, não há outra solução.

Autonomia na visão marroquina, perguntando se ela pode ...

- (Interrompendo) Não, não é uma visão marroquina, mas sim é uma visão, a qual concorda a opinião mundial com respeito as normas internacionais, então autonomia não é uma visão marroquina.

Mas é uma iniciativa marroquina?!

- Mas a autonomia é uma saída entre outras adotadas em nível mundial para resolver os litígios .. Os americanos quando invadiram o Iraque, por exemplo, impuseram a autonomia  para os curdos iraquianos, mas os curdos não foram independente, mas estão sob à soberania do Iraque. Esta autonomia existente no Iraque foi a mesma que queriam os turcos de Chipre, a qual foi adotada na Irlanda do Norte, na Espanha, bem como em Caxemira, e em vários outros lugares.

O Marrocos propõe esta solução que corresponde às normas internacionais, com vista acabar com este conflito .. Então o Marrocos apresentou uma grande concessão para fim de ajudar a comunidade internacional, bem como ajudar os mundos árabe e islâmico, e o continente Africano com vista a resolver a questão do Sara.

Entre os Estados que influenciam sobre a questão do sara .. Quais os países que adotaram o processo do plano de autonomia?

- Todos os países árabes apoima a posição marroquina com a excepção da Argélia .. até a Líbia a qual sua posição envolve algumas dúvidas confirmou a sua posição numa carta oficial junto à Sua Majestade o Rei, bem como o mundo islâmico e a Organização da Conferência Islâmica, além do continente Africano que apoiam e suportam a posição, do Marrocos com excepção de (12) países.

Além disso, todos os países tinhma retirado o reconhecimento da Frente Polisario, e todos apoiam o Marrocos e o plano de autonomia.

A União Europeia, com que temos um estatuto especial que nengum Estado dos Estados da região do Mediterrâne tem, apoia o Marrocos .. O Marrocos agora desfruta de um estatuto avançado da União Europeia .. Você sabe qual é esta posição? Isso significa que devemos submeter às normas europeias confomre todas as políticas, incluindo a política económica, jurídica, social e relações estrangeiras, bem como inclui uma estratégia de segurança e de luta contra o terrorismo,a imigração e a criminalidade.

Nesta base, os europeus suportam de forma que as partes cheguem a um compromisso, diante de alguns que não querem o termo autonomia, eles dizem «uma saída de compromisso», mas trata do mesmo objetivo, até para aqueles que querem ser mais flexível com a Argélia.

Bem como os Estados Unidos apóiam o plano de autonomia, e o Marrocos tinha recebido uma mensagem oficial do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, endereçada á  Sua Majestade o Rei, dizendo que os Estados Unidos apóiam uma solução com base na autonomia, sob soberania marroquina, e isto aplica-se a China e outros países influentes no mundo .

Então perguntando sobre o que se apoia Argélia na sua posição provocante que suporta a Frente do Polisário?

- Argélia conta com a sua situação interna, complexa e particular, e eu me pergunto qual o argumento da Argélia na sua decisão para fechar a fronteira com Marrocos? Indagando  se existe algo que se entenda de forma  lógica, diante do que ocorre? Como pode dois países vizinhos ter  fronteiras fechadas? Se você acha  uma resposta a essa pergunta, então você responde ao motivo da Argélia, como lida com essa questão desta forma, e face ao problema do sara.

A Argélia é um estado que age de  maneira não-transparente, e o regime controla a política de uma forma sem tomar conta de suas vertentes e nem entender onde começa e onde termina, e como faz, a partir dai a Argélia se contradiz no assunto do sara porque ela diz que, por um lado que ela não se envolve no assunto do sara e sem cabra nem camelo que a implica no problema (O modo de dizer), mas ao mesmo tempo ela tem base no conflito do Sara Ocidental, porque ela que abriga a Frente do Polisario. Ela a financia e arma. Não há dúvida que quando Argélia pare de dar assistência, a Frente do Polisario acabará.

Vocês apostam que existe uma mudança na Argélia que levará a mudar a situação na realidade?

- Claro, porque não? .. A Argélia mudou no passado, porque ela se implica na guerra e agora ...

(Interrompendo) Nós estamos falando sobre a mudança interna ..

- Deus sabe, isso pode ocorrer, existe um conceito da graça no Islã, e aquela que decorre da orientação é sempre possível para o agressor e o privado, então não desespereis da misericórdia de Deus a não ser os incrédulos.

Mas desculpa, este tema é político e não é um assunto religioso, para ser resolvido pela graça ou aceitação!

- A graça entra na política e a graça aqui é que Argélia permitiria à Polisário para negociar com a gente de forma séria, e de modo que o interesse da Argélia esteja o motivo do estabelecimento das relações com Marrocos, ao invez de continuar com o conflito, e tendo a esperança que uma mudança parte da Argélia.

Você disse que a Argélia é um país não-transparente, isso não significa que não há esperança para chegar a uma solução nas atuais circunstâncias?

- Argélia não é um país transparente e torniu-se opaco, toma, por exemplo,  a União Soviética, poucas pessaos acreditam que ela entrará em colapso mas ninguém acreditava que a China se tornará um país capitalista, E sobre esta base, é possível que Argélia se mudar num momento que vem para ser um país que defende os interesses da questão do Magrebe arabe diante da questão do Saara. Mas é possível que ocorra o contrário, como eu tenho dito, as partes envolvidas para tomar decisões na Argélia, e ela que influência para buscar a solução do problema do sara.

Enquanto você fala sobre como o processo decisório na Argélia, perguntamos com toda a transparência e abertura sobre o modo da tomada da decisão dentro do CORCAS, o qual muitos o consideram como central, visto como um monopólio do poder e da autoridade dentro do Conselho, marginalizando os papéis dos outros membros?

- Eu já reagi a esta declaração, face aos jornais marroquinos. Mas deixe-me dizer uma coisa .. Conselho Real Consultivo para os Assuntos saraninaos é um Conselho Real não é um parlamento ou uma municipalidade e nem uma instituição administrativa.

(Interrompendo) Desculpe-me, soubemos que é um Conselho Real.  mas o seu presidente não pode agir como se fosse o rei ..

- Não há monopólio da decisão do Conselho Real .. Estes são pressupostos, o Conselho Real age conforme a lei constitucional que a fundou como Conselho Real, e issa lei constitucional explica as coisas de vforma clara, mas o problema é que um pequeno número de membros do Conselho querem que p Conselho detenha uma outra missão além daquela pelo qual ele foi instituído.

Mas seu nome é o Conselho Consultivo?!

- Sim. .. para a Sua Majestade o Rei e não é consultivo para outras partes.

Mas a tomada da decisão deve ser também consultivo?

- Ouça .. Estamos trabalhando para isso .. O conselho é ligado direitamente para a Sua Majeitade o Rei, ele tem duas sessões ordinárias por ano e, se for necessário organiza sessões especiais, desde que fossem  aprovadas por Sua Majestade o Rei.

A agenda dos trabalhos das sessões ordinárias, ela é feita pelo Presidente, e não é executada se não for aprovada por Sua Majestade o Rei, pessoalmente, você sabe o quer dizer autenticação? Ela quer dizer que você concorda com os pontos enumerados na agenda. Eles serão apresentados na lista dos trabalhos, depois serão expostos diante  da Assêmbleia Geral onde discutirem o «141» mas tudo o que está exposto, e só no contexto da sessão ordinária, em seguida, começa com o consenso depois a votação com base nesses pontos.

Não há nenhuma sessão para o Conselho, incluindo aquela que se realiza para discutir a questão da autonomia, sem que haja a votação no final .. logo as recomendações serão enviadas para à Sua Majestade o Rei não serão executadas sem ser ratificadas pelo rei.

Esta não é um Conselho comum, nem pode os membros do conselho  decidir por si só, colocando os pontos da agenda para os trabalhos ou seja decidir sobre as recomendações, sem que serjam incluídas na agenda dos trabalhos.

- Perguntando se isso significa que as  orientações dentro do CORCAS  « decorrem do palácio real?

- Não, não .. as Orientações não vem do palácio, toma o exempo do parlamento, por exemplo, existe uma lei interna que determina a forma como a intervenção dos partidos políticos e como se define sua agenda, o que eu quero dizer é que cada processo de organização respeita as leis e a lei constitucional «Dahir» que rege o Conselho, sendo que o porta-voz oficial do Conselho é o Presidente e não há  qualquer outro membro do Conselho que pode falar em nome do Conselho.

O regulamento dentro do conselho exige isso?

- Claro .. Acrescente-se que não há nenhum problema no Conselho, ele consiste em «141» membros de todos os partidos políticos, representando empresas, jovens, mulheres e anciãos,                          os ex-prisioneiros, bem como grupo de trabalhadores de diferentes concepções e opiniões. Mas  o trabalho que o Conselho faz não faz objeto de diferências porque trata da questão do sara, mas quando  estudarmos os assuntos e projetos isso se faz com profissionalismo e com ordem porque não se pode discutir questões que não forem incluídas na agenda do trabalho.

Além dos membros que mencionei, sendo que o Ministro dos Negócios Estrangeiros como membro do Conselho, como foi o caso para o Ministro do Interior e todos os governadores das províncias do sul, então o Conselho funciona de forma particular, e há alguns membros que não correspondem trata de "5% querem interpretar as leis de outro forma. De forma que o Conselho toma iniciativa, e decide sobre a agenda do trabalho de uma forma especial, e isso não pode ser, porque as funções do Conselho são limitadas  à ajuda da Sua Majestade o Rei, com vista a preservação da unidade nacional e da integridade territorial, bem como promover o desenvolvimento económico e social e a defesa da proposta de autonomia.

Eu não permito a qualquer um que saia da norma ou do espírito  da ordem interno do Conselho, porque só através  de colocações  que se posicioma como podendo defrontar com a oposição mas pode o modo da colocação dos membros ser outro quanto á tradução da questão da integridade territorial e quanto ás outras questões que foram mencionadas?

- Não. .. Se você é um membro do Conselho deverá estudar os pontos listados.

(Interrompendo) e você estuda os pontos indicados?

- O Conselho da Segurança, por exemplo, não pode estudar qualquer caso ou assunto, se não for incluído na agenda .. Se Qatar foi membro do Conselho da Segurança, e se ela for realmente, ela respeita aquilo, ela não será capaz de dizer que ela pretende inserir tal ponto na lista da agenda dos trabalhos ou na ordem do dia .. Isso não pode ser.

E se um grupo dos membros apresenta uma proposta?

Não existe isso .. o Presidente define a agenda e a Sua Majestade o Rei ratifica, os assuntos listados que sejam políticos ou financeiros .. E as questões políticas são parte das questões da soberania ligada a Sua Majestade o Rei ..

(Interrompendo) Desculpe-me, mas isso significa que o papel dos membros está limitado                        ( a não ser sobre) a ordem do dia ?

Não, não .. Por exemplo, quando temos incluído nas duas sessões extraordinárias a questão da autonomia, assim qualquer cidadão não pode de geito nenhum ou parlamento discutir sobre a questão da autonomia sem que seja  autorizado .. Nós fomos encarregados por Sua Majestade o Rei como membros para discutir estes pontos, pois são pontos políticos, são temas de referência da Sua Majestade o Rei .. elas foram discutidas neste contexto.

Neste contexto, eu devo explicar o seguinte .. Todas as nossas discussões são a portas fechadas e não há acesso a qualquer que seja  participar das discussões públicas. E eu como Presidente imponho para os membros para intervir e colocar o seu parecer com respeito aos pontos enumerados.

Nós, como observadores de fora  ouvimos sobre a autonomia como iniciativa para solução da questão, mas não é aplicada até agora .. então quando a iniciativa será implementada na realidade?

Este é um outro assunto ..

É essencial que a autonomia seja tratado na realidade porque não é fácil preparar nem organizá-la, poque é considerada um assunto profundo do Estado.. existe muitos assuntos que devem ser especificados, como  as especificações a serem deixadas  para região e aqueles que ficariam para o estado, bem como as relações entre a autoridade nos dominios políticos, sociais e econômicos e legais entre outros.

Nos chegamos a um consenso nestes assuntos, o Rei confirmou todos os assuntos do conselho quanto a estes domínios sendo que o Conselho da Segurnça da ONU a considerou de séria e realista.

- Como responsável do assunto da autonomia, você espera que esta iniciativa será traduzida na realidade num curto prazo?


- Refero-me ao discruso real que foi pronunciado por sua Majestade em 3 de janeiro passado, no qual Ele tem dito que o Marrocos não pode ficar com as mãos cruzadas, esperando que Argélia e Polisario aceitam o projeto de autonomia.

- Não pode ser aplicado com o processo do Marrocos sem a implicação da outra parte?

Isso é possível.. mas agora está exposto para a negociação como posição final, é preciso dar o tempo necessário para que a outra parte possa pensar e estudar a questão..

- Pergunta considerando se a Frente do polisario detinha um posição de influêmcia sobre o projeto de autonomia, ela teria aceito a proposta na hora?

- Claro .. A frente  pode fazer a gestão do projeto de autonomia.. e seus líderes podem em vez de diriger os campos de Tindouf passam a fazer a gestão de autonomia.

- E quanto a realização do processo da regionalização?

- È o que estava falando, a Sua Majestade o Rei tem dito que não pode esperar muito para que a Frente do polisario aceite a proposta, nos, antes de nada, aplicarmos a regionalização ampliada.. há um comitê que está estudando esta proposta.

Podemos dizer que a Regionalização ampliada é uma etapa que prepara o terreno para autonomia, porque ela vai longe quanto ás questões das perrogativas.

- Bom como Presidente e homem mais forte dentro do Conselho, você pensa que não se preocupa que a nova reestruturação mudará as especifidades do conselho e suas perrogativas, tendo em vista  um novo grupo administrativo?

-Claro.. O conselho real está sob a odem da sua Majestade o Rei e ele pode agir de modo que ele acha melhor sobre o Conselho.. A sua Majestade pode  alterá-lo do começo ao fim e trocar  seus membros .. Isso tudo pertence a Sua Majestade o Rei ..

- Você acha conforme suas considerações a possibilidade de deflagrar um outro conflito armado decorrente da questão do Sara, se o impasse continua entre vocês,  seja Argélia e a Frente Polisário por muito tempo?

As Complicações do problema do Sara envolvem todos e preocupam sobretudo o continente Africano .. Existem complicações relacionadas com o terrorismo e à falta de controle sobre as grandes áreas e entre o norte da África sub-saariana deste continente .. Isto é evidente na região que pode ser chamda de Al Ramadia que se estende entre o norte da Mauritânia, da Argélia e do sul do  norte do Mali e do Níger.

Esta zona cinzenta onde existem organizações terroristas e nã é regida pelas leis como não há qualquer ordem nem sobernaia para qualquer que seja país .. Portanto, o novo Afeganistão pode aparecer em breve na região, porque está mais perto de áreas sensíveis.

Estas são as consequências e complicações por não resolver o problema do Sara, porque esta área permaneceu fechada por muito tempo, o que permitiu o surgimento dessas organizações .. E não for  resolvida a questão do Sara, dentro dos limites de tempo, essas ameaças  podem ser invisíveis e se multiplicar ainda mais afetando a estabilidade no continente africano .. como a falta da resolução da questão do saara pode acarretar atritos e preocupaçoes entre as tribos, trata de um fenômeno preocupante como na Somália, no Sudão, na Nigéria ou na África Central.

Argélia organizou recentemente uma importante conferência sobre a luta contra o terrorismo, Marrocos não foi convidado, apesar de ser um país influente na região .. qual é o seu comentário sobre este assunto?

Qualquer conferência no continente Africano, a qual  não for participado o  Marrocos não conseguirá o sucesso .. Marrocos é país essencial na África, fundador da Organização da Unidade Africano. O Marrocos é  um país que apoiou todas os países na fase da independência na África .. Embora esteja um reinado, mas ele é sempre na frente .. O Rei Mohammed V apoiou Mandela e todas as organizações que lutaram para liberalização do continente Africano, o qual do Rei Hassan II, que Deus tenha misericórdia com sua alma, tinha ido no mesmo sentido que  Mandela.

Marrocos estava sempre na vanguarda do continente Africano, bem como em relação ao mundo árabe, sendo que qualquer progresso  prescrito para este continente não se alcança a não ser com a presença do Marrocos.

E engraçado que a organização continetal esteja sem o Marrocos e que a Frente do Polisario participe nesta organização. 

Marrocos agora tem extensas relações com os países no exterior de modo bilateral .. lembrando quando era membro da delegação que negociou em 2007, para aprovar o plano relativo ao plano de autonomia objeto de negociação e  África do Sul era membro do Conselho da Segurança, tratando de um país que não entende nada do Marrocos e sobre sua história.

Tornou-se isolada sozinha entre os 15 países do Conselho da Segurança .. Todos os países, incluindo os membros permanentes votaram a favor da resolução 1754, aprovando  uma nova abordagem para o Conselho da Segurança no que diz respeito à negociação, sendo que África do Sul ficou isolada sozinha, obrigando-se no final a votar a fovor da resolução, porque ela sabe que o Marrocos detinha  relações fortes com os principais, tendo um peso como qualquer outro país do globo.

Por Isso nada vai funcionar com o terrorismo, a economia, a política, a segurança, a cultura ou até no modo de cozinhar .. sem que o Marrocos faz parte como elemento essencial do continente Africano e do mundo árabe e muçulmano .. Isso não é exagero ou elogio é um fato histórico desde 1200 anos atrás, seja quando o Moulay Idriss fundou o Estado marroquino constituindo um lado ocidental do mundo islâmico.

O Sr. Christopher Ross, o Enviado Pessoal do Secretário-Geral Kofi Annan para o sara  tinha feito uma visita ao Marrocos recentemente para estudar a possiblidade de uma nova rodada de negociações.  Você vê sinais positivos que podem levar ao sucesso para uma nova rodada de negociações?

(Veja) Nós que chamamos sempre para a reconciliação e apresentamos  sinais positivos em tudo que é possível e capaz de levar a uma convergência de pontos de vista.

Ahmed Ali

Fonte: Map. / Al-Watan

(Notícias de interesse para a questão do Sara Ocidental /)

 

 Este site não será responsável pelo funcionamento e conteúdo de links externos !
  Copyright © CORCAS 2024