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6 de maio de 2024
 
 
 
Imprensa Escrita

O Jornal Gazeta espanhol publicou uma entrevista integral referente ao encontro do Sr. Khalihenna Ouald Errachid, Presidente do Conselho Real Consultivo para os Assuntos Saranianos, trantando sobre a questão do separatista Aminatou Haidar, do destino das negociações sobre o Saara, bem como do futuro da região e da Frente Polisário, num âmbito do plano de autonomia sob a soberania marroquina.
 



O Sr. Khalihenna exprimiu nesta entrevista realizada em Rabat, o seu pessimismo diante do andamento actual das negociações devido à ambiguidade da Argélia, e a dificuldade para  encontrar  um parceiro neste país que ncentiva o diálogo.
 
David Allen: Mais de três semanas que  Aminatou Haider faz uma greve de fome no aeroporto de Lanzarote, para que o Marrocos devolva o seu passaporte e poder voltar para sua família na cidade de Laâyoune, como você avalia os protestos e as reivindicações da activista saharaui?

Khalihenna Ouald Errachid: Senhora. Aminatou Haidar que colocou assim mesma e voluntariamente nesta situação lamentável que ela poderia facilmente evitar. Porque ela disfruta de uma vida com liberdade em Laayoune, viaja e volta ao exterior quando ela quer sem nenhuma  perturbação ou interferir em seu trabalho como defensora dos direitos humanos. Mas, fomos surpreendidos com esses acontecimentos, tratando de politizar a sua situação, sendo que ela quem escolhou essa situação e ela executou com apoio da Frente Polisário e da Argélia, o que eu chamo de "Frente do Polisario, repetido”, e as associações espanholas que suporta à organização separatista consideradas a mais extremistas movimentos que a Frente do Polisário.

David Allen: Por que voltar para a politização do caso de Aminatou Haider, a qual você se refere?

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: Isso decorre da Frente do Polisário, apoiada pela Argélia que deseja mudar o rumo das negociações directas com Marrocos, utilisando o Aminatou Haidar. O Polisário busca  fugir das suas responsabilidades no âmbito das negociações em curso sob a égide das Nações Unidas. A greve de fome de Aminatou Haidar não sai de um “ truque” ou arranjo político e um claro engano ante a opinião pública espanhol e internacional, Buscando atras disso  regredir com as coisas conseguidas, num momento em que foram conseguidos concretos progressos  nas negociações, as quais são capazes de contribuir para suas finalizações e frutificações. Resultado das conclusões do ex-enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Peter van Walsum, o qual a Frente do Polisário não  aceito, especialmente quando ele diz para que haja uma solução, a frente do polisario deve abandonar a ideia da independência. Estas conclusões as deixaram completamente confusos, e por isso que agora a frente escolhou  o dossie dos direitos humanos, para evitar negociações. Como de costume, eles querem enganar a opinião pública internacional, portanto, o que acontece com Aminatou Haidar é, simplesmente, um arranjo puramente política.

David Allen: Soubemos e depois de tudo o que foi dito, incluindo as especulações levantadas, sobretudo em Espanha, sobre que vai basear  Aminatou Haidar para voltar Laayoune?

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: O caso só depende dela, e apenas por ela. Até a data, a Aminatou Haidar  sempre viajava com passaporte de nacionalidade marroquina, e o  documento o qual consta uma serie de pedidos de visto, que a permite  viajar pelo resto do mundo. E ela sempre foi marroquina, e, portanto, não sei por que ele agora quer negar a sua nacionalidade. Além disso, ela nunca pertence ao Sara, ex-colônia espanhola. Ela não é nativa de Laayoune, mas sim de Tan Tan, que é uma região do sara, mas não faz parte da terra disputada, que sempre foi a terra marroquina. Ele é responsável por si só nesta situação lamentável. Qualquer país que se colocou diante deste dossiê, deve aplicar a lei e cumprir a legalidade, ninguém pode aceitar isso. A ela coube retornar a sua família. Desde o primeiro momento que ela reconhece a sua nacionalidade marroquina, podendo retornar para Laayoune  sem qualquer problema.

David Allen: diante da sequência de protestos da Aminatou Haider na Espanha, começaram a falar sobre a suposta instabilidade no Saara Ocidental, uma região onde se relata que o Estado marroquino não respeita o mínimo, com relação aos direitos humanos desta população. Qual é a situação actual no sara?

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: a situação perfeitamente natural. Nunca o sara o sara foi clama e pacífica quanto está nos últimos quatro anos, particularmente aqueles  vivem nos campos do polisario, os saranianos e os residentes na espanha ou em Mauritania, principalmente quando e compreenderam o valor do projeto de autonomia, e a situação atual de estabilidade, sob as instruções e orientações sábias do Rei Mohammed VI. Tal situação de estabilidade e do optimismo que vivem os saranianos na espera á realização deste projeto histórico, trata de uma realidade  compartilhada com todo sarui, e não pode, nem Aminatou Haidar, nem qualquer outro que seja, mudar o seu rumo.
 
David Allen: Embora da idéia  divulgada na Espanha de forma ampla, tratando da comunidade saraniana como uma sociedade pluralista, com muitas variações e tendências internas. O que você se acha do movimento da independência no presente momento no sara?
 
Sr. Khalihenna Ouald Errachid: o movimento de independência têm hoje o seu peso entre os sarauis. Não esquecemos que existe um elemento que impede uma análise adequada da situação, e que a Frente Polisário é um movimento político-militar dominando militarmente os sarauís, aqueles que vovem em acampamentos, sem ter direito de  determinar o valor das coisas de fato dentro do sara. A importância da independência é muito limitada. Gente com Aminatou Haider e outros que defendem a tese da frente do Polisário são uma minoria, eu diria que há apenas algumas centenas de pessoas. Os Sarauís experimentram a guerra e todos os tipos de política, mas sem sucesso. O referendo não pôde ser concluído em tudo, porque é impossível, e o que querem os saranianos é viver tranquilamente  como a maioria das pessoas. E sem duvida o programa que traz a tranquididade e a felcidade. Todos juntos na região do sara incluindo aqueles que vivem nos campos consideram que a autonomia é a melhor saida e ideal contro o conflito..

David Allen: Você falou que o referendo sobre a autodeterminação,  é a única forma que reconhece a Frente do Polisário, fato impossível. Sobre que vai basear-se esta crença?

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: Não é possível, porque as fronteiras que existem hoje não coincidem com os da população saharaui. O Colonialismo alterou os limites naturais da nossa população, dividida entre a Espanha que controlava uma parte, que é o Sahara Ocidental, e  a França, que controlava as outras quatro partes, uma em Marrocos e outra na Argélia, bem como Mali e Mauritânia. Isto é o que torna as terras históricas das tribos do sara  que são 34 sejam dividas entre os quatro países, razão pela qual o referendo para ser justo sobre a auto-determinação e seja feito livremente, democráticamente e com justiça, tem que alterar esses limites, para que todos os sarauís possam expressr a sua vontade. Como pode entender isso, isto é impossível, e contrariamente ao que a Carta da União Africana. E é inaceitável por qualquer um dos países em causa.  As Nações Unidas, ela mesma chegou à conclusão de que a realização deste referendo não é possível tecnicamente e politicamente. a independência não é mais uma opção e, mas autonomia é a única solução que parece possível.

David Allen: Você realmente acha que essa entidade autônoma do sara  capaz de finalizar como tal dossiê  complexo, que foi objeto do conflito por mais de três décadas, e até agora parece que não houve nenhum progresso tangível?
 

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: Sim, nós acreditamos sem duvida que é a   melhor solução. Trata do meio pelo qual vocês os espanhois conseguiram resolver seus problemas internos e históricos e democraticamente. Ninguém pode ter duvida que a Espanha é hoje muito mais forte, graças ás regiões autónomas. Problemas semelhantes foram resolvidos por meio de plano de auto-governo no norte da Irlanda, Rússia, China e muitos outros países. A autonomia é a melhor saída democrática garante a estabilidade e a prosperidade e protege os interesses de uma determinada comunidade, neste caso, a comunidade do sara marroquina.

David Allen: Quais são as características da autonomia saharaui? Como será sua forma? Quais são as instituições e os poderes que dependem dela?

Khalihenna Ouald Errachid: autonomia para o sara vai incluir  todas as áreas, excepto quatro, que são necessários e permanecerão sob a supervisão do Estado central, a saber: defesa, assuntos estrangeiros, moeda e privilégios religiosos do Rei, na sua qualidade de Comandante dos Fiéis. Todas as outras coisas, seja na política e econômica, ou mesmo na área da segurança interna, estariam  sob a autoridade do governo e parlamento sarauís. Haverá também uma autoridade judiciária, e exercendo o controle dos orçamentos sobre nossos próprios bens.

David Allen: A Frente Polisário é susceptivel a envolver neste plano de auto-governo? Qual é o papel que poderia exercer a organização separatista no plano de auto-governo do sara?
 
Khalihenna Ouald Errachid: Absolutamente sim, é bastante claro que a Frente Polisário é susceptivel a aceitar o plano de auto-governo. Aquilo que é endereçado ao saharaui e a Frente Polisário que é uma parte deles. Para o papel a ser desempenhado pela Frente Polisário, a partir do momento em que dará o consentimento e aprovaçao do plano de auto-governo, será capaz a organização executar o poder deste governo autonomo. Claro, isso é possível principalmente quando as pessoas colocam sua confiança nele e ganham as eleições.
 
David Allen: Após quatro rodadas, e várias tentativas para dar continuidade ao processo, perguntando em que ponto estão a agora as negociações entre  entre Marrocos e a Frente Polisário, sob os auspícios das Nações Unidas,?

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: as negociações pararam completamente, porque a Frente Polisário e a Argélia não querem discutir o mérito da questão, não querem ir direto para o fundo das questões. Não é possível avançar nas negociações se não estamos de acordo que a autonomia que é a única solução. Polisário tem a oportunidade de negociar sobre as características deste plano de auto-governo. A confirmaçao de Peter van Walsum é muito útil a este respeito, referendo-se ao impedimento da idéia da independência que o Polisario almeja, como fim para chegar a uma solução rápida do litígio. Mas para alcançar este objectivo, a Frente Polisário necessita de margens consideráveis de autonomia e o qie não vai ser aceito pela Argélia.

David Allen: É claro que o Estado espanhol acompanha de uma forma especial este dossiê por razões óbvias. Perguntando qual é o papel a ser desempenhado pela Espanha na resolução deste conflito?
 
Sr. Khalihenna Ouald Errachid: Espanha desempenhou sem dúvida um papel muito importante. Desde 2006, após a criação do Conselho Real Consultivo para os Assuntos Sarianos e com relação a proposta de autonomia, a Espanha tinha mudado dramaticamente a sua postura diante da questão do sara. A opinião pública e a sociedade civil, partidos políticos e sindicatos acolheram favoravelmente a proposta do plano de auto-governo que é positiva. Há áreas que ainda são teimosas, mas não são para formar a opinião do governo espanhol para ajudar a garantir que as negociações saiam do impasse.
 
David Allen: Com base nas reações sobre a questão da Aminatou Haidar, você não acha que as sombras não pararam ainda afetando a opinião pública espanhola? Não acho que o geito de ver as coisas cada vez mais está sendo de uma forma isolada, como se for um conflito entre o bem e o mal, sendo que vocês desempenham o último papel?

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: Acho que não. Sim, há um mal-entendido sobre este assunto, há interpretações ruins. Talvez as coisas que o Marrocos não apresentou como deveria fazer que influe. Foi a exploração da idéia de que todos estavam nos acampamentos de refugiados sarauis, isso é um ponto de vista errada. Agora eu acho que eu deixei bem claro que a maioria absoluta da nossa população vive no quatro quintos de suas partes, eles vivem no território da ex-colônia do Saara espanhol, a imagem como se fosse nos realmente que somos os sarauís, porque não nós deixarmos a nossa terra nunca. Espanha mudou muito quanto a sua percepção sobre o Saara. O exemplo disto é que o que acontece com Aminatou Haidar não criou uma crise diplomática entre os dois países, mas é uma situação isolada e acidental.
 
David Allen: À luz do estado actual e com relação as coisas ligadas ao dossiê do Sara Ocidental, perguntando se vocês estão otimista no sentido de encontrar uma solução rápida?

Sr. Khalihenna Ouald Errachid: por um lado sim, eu esperava encontrar uma solução rápida. Por outro lado, eu sou mais pessimista, especialmente diante da ambiguidade argélina. Não temos ainda encontrado um parceiro na Argélia que incentiva o diálogo. A Argélia é um país que não se implica no Magrebe, não abre suas fronteiras com Marrocos, se recusa a negociar com Rabat, ou até mesmo para negociar sobre questões não relacionadas com a Sara. O Sara é um dossiê que Argélia utiuliza para resolver seus assuntos internos. Por ai sua intervenção constante. Sempre que existe uma pesta de comprensão entre as partes ou certo entendimento mútuo, ou ainda qualquer progresso que reflete o otimismo, isso é transformado pela Argélia o que está acontecendo hoje com Aminatou Haidar, que está servendo como um freio da Argélia diante das negociações que avançam a favor do plano de autonomia

 Clique aqui para ver a entrevista do Presidente.
http://www.intereconomia.com/noticias-gaceta/internacional/aminatu-haidar-unica-responsable-situacion#comment-39531

 

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