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31 de outubro de 2024
 
 
 
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Mali "toma suas distancias" com a Frente de Polisário, acusando-o de "utilizar o seu território para o tráfico de drogas e seqüestros, e suspeita os saraninaos de  complicidade com  Al-Qaeda no Magrebe", relatou nesta terça-feira, Agence France Presse (AFP).



Mali é  "enraiva contra a Frente de Polisário", indicou uma fonte próxima ao governo do Mali, citado pela agência.

Dois elementos da Frente Polisário detidos por militares do Mali, na região de Timbuktu

Faz dois anos que "Mali não  reconhece mais  RASD", insiste,  Moctar Diallo, professor de Direito da Universidade de Bamako,  citado pela Agencia, dizendo que Mali acredita que "deve sim apoiar o plano da ONU "sobre a questão do Saara.

"Dois jovens sarauís estão envolvidos no sequestro de dois franceses em Hombori" no nordeste de Mali  no final de novembro 2011, de acordo com um documento dos serviços de segurança Maliana, informado  pela AFP.

O documento intitulado "Al-Qaeda nos campos Polisário", acrescenta que "Mali tem  também evidências de que elementos da Frente Polisário estão envolvidas em tráfico  sub-regional de drogas."

O documento dos serviços do Mali evoca "dois sarauís envolvidos" neste rapto, origem dos campos de Tindouf, em Argélia, e aquilo  "havia sido seduzido pela lenda de Hakim Ould Mohamed M'Barek Alias Houdheifa, grande figura da fileira de Polisario AQIM ", informou Agência.

Segundo Oumar Diakite, um responsável de segurança do Mali ", AQIM se instala em todos os lugares, Argélia, Mauritânia e Mali, mas (ela) tem as suas ramificações nas fileiras da Polisário. Os Intermediários foram recrutados", prossegue  a fonte.

Responsáveis do Mali também tinham afirmado recentemente que três europeus sequestrados em 23 de outubro em campos de Tindouf, no sudoeste da Argélia, estavam em complicidade  com a "cadeia saraui" AQIM, de acordo com a mesma fonte, lembrando  que Bamako "denunciou a entrada ilegal" no seu território de homens armados do Polisario que mataram um homem e involvendo vários outros, todos  acusados ​​"injustamente", disse ele, pela Frente Polisário por terem participado ao sequestro de três humanitários ocidentais.

"É a segunda vez em menos de dois anos que eles vêm para nos deixar em frangalhos. A primeira vez foi para uma história entre traficantes de drogas (2010) na qula eles (os elementos de Polisário) tinham  envolvidos", denunciou  Amadou, Conselheiro de Timbuktu (norte do Mali).

De acordo com observadores, "a Frente de Polisário procurou na operação no Mali para recuperar os reféns, mas sobretudo para mostrar que ela não está inativa contra  AQMI", indicou a agência, observando que um novo incidente ocorreu entre ambas as partes na noite de 24 de dezembro com a "repressão" da segurança do Mali contra oito jovens deste  movimento pretendendo entrar no Mali através do Níger.

"Eles não tinham documentos em dia. Tem leis a serem respeitadas no Mali, especialmente quando se trata de fazer propaganda enganosa", declarou  à AFP, um oficial da polícia de Mali, Moussa Kol.


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