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19 de abril de 2024
 
 
 
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"O Saara, que foi sempre uma terra marroquina, é parte integrante do Reino de Marrocos", sublinharam os dois expertos argentinos de relações internacionais, Adalberto Carlos Agozino e Daniel Romero, os quais consideram a proposta de autonomia, como uma solução realista, generosa e única, capaz de virar a página de um conflito artificial que durou mais de quatro décadas.




Os dois expertos, que foram os convidados quarta-feira à noite em Buenos Aires para o encontro periódico do Pólo da Agência de Imprensa árabe do Magrebe (MAP) na América do Sul sob o tema "A proposta de autonomia, uma solução definitiva para o conflito artificial em torno do Saara marroquino ", sublinhando que o Saara, a exemplo das outras regiões de Marrocos, parte integrante do território do Reino, nunca foi um território sem mestre (terra nullius), mas sim tem sido sempre uma terra marroquina 

Nesse sentido, o Sr. Agozino, pesquisador em ciência política na Universidade "John F. Kennedy" em Buenos Aires, considerou que a proposta de autonomia "é generosa e realista constituindo uma boa iniciativa, viável e que pode contribuir para uma solução baseada sobre fundamentos legais e lógicos sem vencedor nem derrotado ", anotando que" qualquer manifesto fora deste quadro e acima deste teto é considerado um puro fingimento e uma pretençao fantasista ". 

E o autor do livro "A Geopolítica do Saara-Sahel" (a Geopolítica do Saara-Sahel, 2013), acrescenta que a iniciativa de autonomia permitirá que os saarauis gerenciem seus próprios assuntos através de instituições eleitas no quadro da Soberania marroquina, considerando que a iniciativa é séria e credível de acordo com o direito internacional. 

Na opinião do acadêmico argentino, o mundo é hoje mais realista e lógico e não depende mais de ideologias obsoletas, recordando, neste contexto, uma série de retiradas de muitos países do reconhecimento da entidade fantoche,  salientando que o separatismo representa uma ameaça para a paz mundial, sendo que os países do mundo não podem  mais comprometer a integridade territorial e permitir a criação de um micro-estado que seria uma presa fácil para os terroristas. 

Durante este encontro, marcado pela presença de uma infinidade de acadêmicos, pesquisadores e profissionais de mídia, o Sr. Agozino apresentou uma visão histórica desse conflito regional criado pela Argélia, desde a recuperação por Marrocos de seu Saara das mãos dos colonizadores espanhóis, após a Gloriosa Marcha Verde e diante das manobras que Alger nunca utiliza visando a integridade territorial do Reino. 

Depois de destacar que o Saara tem sido historicamente uma terra marroquina, como evidenciam os laços de fidelidade entre os sultões de Marrocos e as tribos saarauis, o experto argentino reafirmou que o conflito em torno do Saara, nunca teria existido sem as ações de Argel, que o criou "e que hoje deve adotar uma política de boa vizinhança com Marrocos e deixar de apoiar o Polisario, que é, na realidade, uma organização terrorista que liderou há mais de uma década natureza terrorista ".operaçoes de 

Por seu lado, o especialista argentino, Daniel Romero, que ocupa o cargo de diretor da agência de notícias argentina independente "Total News", declarou que, diante da iniciativa marroquina de autonomia avançada, os separatistas do Polisario são sempre reféns de ideologias e discursos desactualizados, escondidos atrás dos slogans da "autodeterminação" ou da ameaça de um retorno às armas, em uma refutação total do fato de que a autonomia proposta por Marrocos por dez anos, e que a comunidade internacional considerou como séria e credível, constituindo uma forma de autodeterminação. 

E de acrescentar também que a tese separatista já não convence ninguém hoje e que de ano para ano a onda de retirada do reconhecimento continua na América Latina ou na África e em outras partes do mundo, lamentando que o Polisario tenha faz dos campos de Tindouf uma grande prisão onde  o sequestro das pessoas continuma em condições desumanas, regateando a desordem e inflando os números da referida população, tendo em vista  tirar proveito da ajuda humanitária internacional que é sistematicamente desviada. 

O experto argentino enfatizou que a maior parte da ajuda não atinge seu destino e ela é comercializada no mercado negro, utlizando-a para comprar imóveis em Espanha em nome dos líderes do Polisario, lembrando neste contexto as conclusões do relatório do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) que confirma o desvio sistemático da ajuda humanitária internacional a favor dos secuestrados dos campos de Tindouf. 

A este respeito, ele explicou que muitas organizações entenderam a partir da divulgação pelo OLAF de práticas fraudulentas do Polisario, cuja  ajuda humanitária não atingia seu verdadeiro destino, o que obriga a suspender essa ajuda, anotando que a Polisario e seus mentores prolongam esse conflito para continuarem a enriquecer em detrimento dos sequestrados. 

E para concluir, a autonomia é considerada o meio pelo qual se pode colocar fim as violações dos direitos humanos nos campos de Tindouf, onde os presos famintos e onde se pratica todas as formas mais flagrantes da escravidão, contra as mulheres e as crianças, chamando para que a comunidade internacional possa colocar  fim a essas atrocidades cometidas pelo Polisario. 

O pólo sul-americano do MAP, cuja sede é em Buenos Aires, trabalha para organizar reuniões periódicas na presença de mídia local e internacional, envolvendo as personalidades de diferentes seguementos sociais e políticas, para tratar de questões atuais e futuras. Bem como com os interessados nas relações entre Marrocos e América Latina.. 

- Notícias sobre a questão do Saara Ocidental / Corcas


 

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