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20 de abril de 2024
 
 
 
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O especialista político, Mustafa Tousa considerou, domingo passado, que Paris deve adotar um discurso  real e de clareza, capaz de esclarecer sobre suas opções diplomáticas,visando colocar um fim ao conflito regional sobre o Saara de forma definitiva.


O especialista esclareceu ainda no artigo analítico sobre a recente tensão entre Paris e Argélia, após o adiamento repentino da visita do primeiro-ministro Jean Castex à Argélia, o especialista afirmou que "França e Marrocos representam os dois lados ideais que os militares argelinos utilizam para inflamar a opinião pública e mantê-la num dilema, cuja Paris necessita de um discurso de verdade, de coragem e clareza sobre suas opções diplomáticas na região, para encerrar a disputa regional em torno do Saara.

O especialista político destacou, neste artigo analítico intitulado “Marrocos, no centro da tensão entre Paris e Argélia”, publicado no site “Atlas Info”, cuja “crise entre Argélia e Paris recentemente tem assumido dimensões sem precedentes, ultrapassando o seu tamanho. sendo a tendência geral é de se mudar na direção do apaziguamento e da reconciliação.

Neste sentido o autor acrescenta: "no meio da crise de poder da Argélia,  disputado por um movimento social e político, que presidente Emmanuel Macron apoia junto ao presidente Abdelmadjid Tebboune, através da era pós-Bouteflika; suporte direito ao movimento que culpa e critica a França por sua conivência com os governantes despóticos da Argélia. "

Segundo o Sr. Tousa, no sentido da boa vontade, o Sr Emmanuel Macron lançou um processo de reconciliação no campo da memória com a Argélia, liderado pelo historiador Benjamin Stora. Tratando de um processo que não pretende, de forma alguma resolver os problemas existentes, usando a varinha mágica, mas com a capacidade de abrir certas obras precisas.

O especialista político destacou também que “tudo caminhava na direção certa  do Estado democrático francês com o Estado ditatorial argelino, em nome da lógica do Estado e de seus interesses supremos, até o repentino anúncio do adiamento da visita da delegação francesa, chefiada pelo primeiro-ministro Jean Castex. objeto de uma crise " Inédita entre a Argélia e Paris a ponto de  temores, prevendo o pior. "

Explicando que: "Muitas suposições vão no sentido de justificar este cancelamento e este aumento repentino no nível de tensão entre a Argélia e a França. A primeira razão é a decepção argelina com a visão da delegação ministerial francesa, encolhendo abertamente, como evidencia a falta de interesse por parte dos franceses nesta relação especial franco-argelina, e a segunda razão é a ausência do encontro do ministro do Interior, Gerald Darmanan, nesta delegação, cuja clara inclinação atribuída à Argélia ", acrescentando que" os camaradas do regime argelino vao preparando para exigir que Sr Darmanane tome medidas de segurança e legais contra os oponentes argelinos, ativos nas redes sociais, provocando por meio de seus esforços regulares um estado a "desvendar seu regime  disperso."

Tal razão por trás dessa raiva e amargura argelina em relação a Paris - afirma Tousa -  decorre “inevitavelmente  de alguns indícios, remetendo a uma posição totalmente pró-marroquina na questão da disputa do Saara”, dado que o partido do presidente Emmanuel Macron , “The Republic Forward”, Recentemente, tem no meio dos preparativos desta visita, a segundo Jean Castex, uma vista que visa a abrir uma representação na cidade de Dakhla, no Saara marroquino.

Tal especialista político explicou que, após o anúncio desta decisão sem precedentes, os argelinos ficaram furiosos.  Sabendo que o partido presidencial nunca vao tomar tal decisão, com todas as suas consequências políticas e diplomáticas, sem a luz verde explícita por parte do presidente Macron. 

“Assim, os argelinos concluíram que a diplomacia francesa vai se preparando, avançando numa velocidade maior, reconhecendo a plena soberania de Marrocos sobre os seus territórios do Saara, a exemplo da administração dos Estados Unidos,  confirmando ao mesmo tempo a vitória diplomática marroquina e a determinação do destino deste conflito entre Marrocos e Argélia, levando mais de quarenta anos. "

Salientando que a França, qualificada pelo ministro argelino de "tradicional e eterno inimigo" da Argélia, se vê obrigada a gerir uma crise sem precedentes nas suas relações com este país, sublinhando que a França "obrigada actualmente  pelos argelinos a bater na mesa e esclarecer as apostas da sua relação com a Argélia. "

O autor do artigo concluiu que “a França se limita de fato nas suas afirmações em nome de um passado comum que ainda não foi resolvido. Encontrada hoje desempenhando o papel de gancho para um regime argelino, cuja garantia é a sua sustentabilidade, criando alguns inimigos externos. "

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