A República Centro-Africana renovou, quarta-feira diante do 4º Comitê da Assembléia Geral da ONU, o seu apoio à iniciativa de autonomia marroquina, considerada como uma "solução de compromisso" da disputa artificial em torno do Saara marroquino.
Intervendo nesta ocasião, o representante da República Centro-Africana anotou que o Reino de Marrocos "engaja esforços louváveis para alcançar esse compromisso", considerando importante a realização de duas mesas-redondas entre o Marrocos, o Argélia, a Mauritânia e Polisario, cujo objetivo encontrar uma "solução política rápida para essa disputa regional".
"Aproveitamos esta oportunidade para lembrar a importância do realismo e do espírito de compromisso que visam alcançar uma solução política definitiva, apoiando, nesse sentido, a vontade de Marrocos para resolver essa disputa regional", sublinhou o diplomata da África Central.
"A iniciativa marroquina de autonomia é a solução de compromisso", insistiu ele, anotando "tomar em consideração as especificidades da região, a lógica do compromisso conforme aos mais altos padrões internacionais,que respeitam a devolução dos poderes às populações locais ".
"Diferentes atelies sobre a iniciativa (da autonomia), considerando que o modelo marroquino é mais confiável e abre o caminho para uma solução credível", declarou o responsável.
Além disso, o representante da República Centro-Africana saudou, em 2015, o Marrocos, pelo novo modelo de desenvolvimento para o Saara, tendo em vista um orçamento de 8 bilhões de dólares "para melhorar o padrão de vida da população do Saara, bem como beneficiar a região dos recursos disponíveis ", revelando as" realizações substanciais "do Reino no campo dos direitos humanos, anotando, em particular, a interação do Reino com os mecanismos internacionais relevantes, bem como o papel das comissões regionais do Conselho Nacional de Direitos Humanos em Laayoune e Dakhla.
A República Centro-Africana expressou também a "profunda preocupação" contra as violações de direitos humanos nos campos de Tindouf, exigindo que seja feito um registro das populações nesses campos, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, o mandato do Escritório do Alto Comissariado para os Refugiados. (ACNUR), e as recomendações do Secretário-Geral das Nações Unidas, bem como de todas as resoluções do Conselho de Segurança desde 2011.
A República Centro-Africana traz também o seu "apoio total" ao processo político, conduzido sob os auspícios exclusivos das Nações Unidas, e das resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança desde 2007, tendo em vista alcançar uma solução política "realista, pragmática e sustentável" para a questão do Saara marroquino, e com base no compromisso.
-Atualidade relativa à questão do Saara Ocidental / Corcas-