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29 de março de 2024
 
 
 
Primeira Página

O momento é pertinente para tratar da paz, não por ser a antítese do conflito, mas sim de ser como uma visão de mundo e relação de interação com o outro.

A Sua Majestade o Rei Mohammed VI, que Deus o assiste, dirigiu, ontem, terça-feira, uma importante mensagem real aos participantes da nona sessão do Fórum internacional de Aliança das Civilizações, sediado na cidade de Fez, 22 de novembro. 23.



Eis a seguir, o texto integral da mensagem real lida pelo Conselheiro de Sua Majestade, André Azoulay:

Louvado seja Deus, que a paz e as orações estejam sobre o nosso Mestre, o Mensageiro de Deus, sua família e seus companheiros.

Senhor Secretário-Geral das Nações Unidas,

Sua Excelência o Alto Representante das Nações Unidas junto da Aliança de Civilizações,

Senhores Ministros,

Excelências,

Senhoras e senhores,

Realiza-se hoje, a Aliança de Civilizações das Nações Unidas na sua nona sessão do Fórum Internacional no solo africano. Assim, dando uma forte indicação da sua continuidade e dimensão cósmica, unindo em torno de uma direção comum para avançar no sentido de uma "aliança em prol da paz", cujo objetivo comum é de responder à demanda de "convivência" à luz dos "valores da dignidade humana".

É motivo de orgulho que a Aliança das Civilizações realize-se em Fez, algo evidente. Sendo que o Marrocos tem o privilégio e a honra de estar entre os membros fundadores desta aliança? Não é que seja a cidade Fes a capital espiritual de um reino antigo? Não é também a Universidade de Al-Karaouine, sediada por Fes, a universidade mais antiga do mundo - e o destino ao qual estudiosos muçulmanos e judeus, e até mesmo dos Papas, os quais peregrinaram em prol da ciência e conhecimento? Tal Universidade Euromediterrânica, considerado como um espaço de diálogo académico e cultural entre as duas margens do Mediterrâneo? Assim, a cidade de Fez, certamente encarna todos os significados da aliança e da fecunda cruzada entre civilizações.

Além disso, a realização do Fórum da Aliança de Civilizações em Fez  tem um grande significado. Depois de Nova York, Baku, Bali, Viena, Doha, Rio, Istambul e Madri, sendo que é natural que o Fórum Internacional da Aliança de Civilizações fosse realizado em solo africano. Perguntando se a África, não é o berço da humanidade, a encruzilhada das civilizações e a incubadora da juventude promissora?

Por todas estas e outras razões, o local que hoje acolhe os participantes têm diferentes implicações sobre este encontro, tanto na sua essência, cuja cidade de Fez encarna, nas outras dimensões e horizontes que África reflecte. Uma vez que o trabalho deste fórum resulta em objetivos tangíveis. Sem outra alternativa, dada a importância do tema trazida pela sua importância e implicação.

Tal é também a essência da mensagem real, enviada a este Nono Fórum da Aliança de Civilizações das Nações Unidas. Expressando a nossa convicção de que esta reunião ia alcançar o objetivo traçado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Sua Excelência Sr. Antonio Guterres, refletindo o nosso compromisso comum com a concretização da distinta cooperação entre o Reino de Marrocos e as Nações Unidas.

Aqui hoje, continuando o caminho lançado por todos aqueles que lutaram contra a Aliança de Civilizações, e aprofundar a consciência da sua viabilidade. Não se pode deixar, nesta ocasião, de prestar homenagem pelo cuidado e empenho do Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança de Civilizações, Miguel Angel Muartinos.

As mentes brilhantes e importantes são aqueles que moldaram a Aliança de Civilizações, criando este Fórum para o Futuro. homenageando e reconhecendo os esforços de todos aqueles que contribuíram, sobretudo a Espanha e a Turquia, garantindo a continuidade desta organização e sua institucionalização, a título de referência de compreensão, de confiança e de diálogo entre culturas, religiões e civilizações. Os ideais pelos quais dirigimos em 2004, foram os mesmos que nos inspiram hoje neste fórum.

Excelências,

Senhoras e senhores,

O contexto atual é caracterizado pelas crescentes razões e motivos por trás do estabelecimento da Aliança de Civilizações:

Nossa civilização nunca esteve exposta a uma quantidade tão grande de perigos, convivência objeto de confrontação e ameaças diárias;

Raramente que o outro desperta suspeitas, como hoje;

São as formas de extremismo, dominando as discussões e os discursos moderados. Algumas vezes são as religiões empregadas para fins não tão inocentes, em forma de estigmatização e descrições abusivas e submetidas;

- O populismo provoca inquietação e preocupações nas sociedades, variando as questões sem respostas, nada a não ser o emprego da imigração como espantalho e instrumento eleitoral, tornando o imigrante como um bode expiatório.

Voltando os Continentes que cortaram com o tempo das guerras, utilizando as armas e violência com todas as suas formas e manifestações;

- Veio a crise da pandemia de Covid-19, e o regresso do isolo e isolacionismo, numa altura em que se deve ser uma oportunidade para consolidar a consciência em prol de um destino comum.

- Enquanto nosso planeta produz recursos suficientes para alimentar toda a humanidade, a insegurança alimentar objeto da ameaça ao mundo;

O terrorismo alimenta-se também de tendências secessionistas, uma oportunidade, no momento em que a instabilidade política provoca uma certa complexidade, impedindo o ritmo do desenvolvimento social e econômico.

Excelências,

Senhoras e senhores,

É sempre um bom momento para tratar de paz, não apenas como antítese de conflito, mas como visão de mundo e relação de interação com o outro. Não há dúvida de que a Aliança de Civilizações é uma base sólida para a paz de acordo com essa perspectiva.

O diálogo, ao contrário das guerras cujo início é conhecido sem possibilidade de prever seu fim, sendo assim um sucesso em si e uma essência. Diante da renovação de disputas e conflitos, o diálogo permanece aberto sobre as perspectivas positivas. Do mesmo modo, não consiga resolver as diferenças, acreditando que isso aumenta o conhecimento e compreensão mútua.

Portanto, é necessário levantar a voz do diálogo empreendido pela Aliança de Civilizações, e pelos meios do sucesso a garantir. Não há caminho para a salvação a não ser o diálogo, sob a condição:

- Ser um diálogo entre as civilizações que inclua a todos e leve em conta o interesse da humanidade com todos os seus componentes, permitindo que o mundo se acomoda em seu pluralismo, numa abordagem multilateral e incorporando o conceito de universalidade em seu verdadeiro significado .

Deve ser um diálogo entre gerações, envolvendo os jovens e prevendo o futuro. Os jovens não representam apenas as gerações, mas meio para imunizar contra o flagelo da guerra e do discurso de ódio em suas diferentes formas, valorizando as mesmas gerações envolvidas na pacificação.

- Que seja também um diálogo entre os continentes longe de todo pensamento racial ou fanatismo étnico. daqui falando sobre a África e para os africanos, mantendo a posição merecida e legítima, longe da posição da margem. Continuando a receber a ajuda em prol de um futuro melhor; defendendo o direito e  parcerias dignas como saída demográfica, mantendo o econômico, e as aspirações e qualificações promissoras.

Excelências,

Senhoras e senhores,

O Reino de Marrocos, como um dos membros fundadores da Aliança de Civilizações, foi envolvido em todas as batalhas travadas pela organização:

- Em primeiro lugar, por razões fundamentais decorrentes do cerne da identidade marroquina baseada na abertura, harmonia e coesão, unida pela fusão das suas componentes árabe-islâmica, berbere e saariana-hassania na, ricas nas suas vertentes africana, andaluza, hebraica e afluentes do Mediterrâneo.

- Depois e por razões principalmente relacionadas com as obrigações de Marrocos, os valores da aliança e os ideais que defendem o modelo que o Marrocos adota a título de princípio.

Desde o início, o Marrocos envolve-se esta iniciativa pioneira, firmemente e comprometido com:

Primeiro, defender e propagar a abertura como cultura de paz:

- Nosso bisavô, o seu falecido a Sua Majestade o Rei Mohammed V, protegeu seus súditos judeus contra a barbária nazista e práticas brutais discriminatórias do regime de Vichy.

- Nosso abençoado, falecido a Sua Majestade o Rei Hassan II, durante todo o período em que assumiu o trono de seus ancestrais, trabalhou para consolidar o espírito de fraternidade entre judeus marroquinos e muçulmanos em todo o mundo.

- Há mais de duas décadas, empenhou-se também em valorizar a preservação da herança judaica marroquina e do espírito de unidade e coesão sincera entre judeus e muçulmanos em Dar al-Islam, pivô da privacidade marroquina.

- Com firme determinação, o Reino de Marrocos insiste nesta opção constantemente renovada, preservando a imagem de Marrocos como terra de tolerância, de convivência e abertura.

Segundo, exerce-se a religião como mecanismo de paz:

- Como Emir de todos os crentes, de todas as religiões, garante-se a liberdade de praticar os assuntos religiosos em todo o território do Reino de Marrocos;

- Acredita-se que a religião deve ser um baluarte contra o extremismo e a arma, cuja convicção é divulgar em todos os foros, as consequências da diplomacia religiosa do Reino. Em termos do papel da Fundação Mohammed VI para Acadêmicos Africanos e  Instituto Mohammed VI para formação de Imãs, Morchids e Morchidates, face ao extremismo, espalhado na periferia da África, e ao Islã como uma religião de moderação.

Consciente deste papel, o Marrocos tem submetido à Assembleia Geral das Nações Unidas a resolução adotada sob o nº 73/328, a título de “Avançar o diálogo inter-religioso e intercultural, promovendo a tolerância para combater o discurso de ódio”. Essa resolução, apoiada por 90 países, destacou a importância do "Plano de Ação de Fez para Prevenir a Incitação à Violência e a Crimes de Atrocidade".

- Foi recebido a Sua Santidade o Papa Francisco durante sua histórica visita ao nosso país, ressaltando nesta ocasião a importância da abertura das três religiões monoteístas entre si, à luz da aceitação das diferenças e compreensão do outro.

- Foi com o Papa Francisco, assinou-se o chamado de Jerusalém, objeto da preservação da Cidade Santa como ponto de encontro entre os seguidores das três religiões monoteístas e como símbolo de convivência pacífica, de diálogo e respeito mútuo.

Terceiro, trabalha-se para alcançar o desenvolvimento em seu sentido mais amplo, como um dos pilares da paz:

- O Marrocos tem sido um aliado fundamental na luta contra o terrorismo, um parceiro confiável nos esforços para enfrentar as mudanças climáticas e um ator responsável no campo da gestão da migração.

- O Marrocos envolve-se em todas as áreas de trabalho da coligação, fortalecendo a ação multilateral, dos jovens ao incutir-lhes um espírito de responsabilidade, além de empoderar as mulheres, como atores no campo da paz e segurança.

Senhor Secretário-Geral das Nações Unidas,

 A Sua Excelência o Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança de Civilizações,

Senhores Ministros,

Excelências e Honorados,

Senhoras e senhores,

Se a política fala aos cidadãos, a religião chama as almas, e por sua vez o diálogo fala às suas civilizações. Assim, aborda-se a paz em todas as línguas e expressões.

Trata-se da visão das gerações anteriores e das gerações futuras.

E neste momento decisivo da história humana, que se esforça-se  para combater os freios...

Não há esperança sem lançar melhores projetos ou se não puder contornar esse primeiro elo no caminho para alcançar a coexistência, em prol de uma humanidade que coloque o ser humano de volta no seu núcleo.

Que deus esteja com Vocês

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