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18 de abril de 2024
 
 
 
Primeira Página

A sua majestade o rei, Mohammed V dirigiu um discurso histórico nesta Quarta feira, 6 de Novembro de 2019, a nação pela ocasião da Marcha verde, no qual  sublinhou que a iniciativa de autonomia, devido à sua seriedade, credibilidade e fortes indicações, constitui a única maneira de resolver, definitivamente o conflito artificial em torno do saara marroquino, com respeito a integridade nacional do Reino. Tal iniciativa possibilitou o fortalecimeno da tendéncia e por consequência o aumento do número de Estados que desconhecem a entidade virtual, atualmente superior a 163.



Eis a seguir o texto integral do discurso real:

Louvado seja Deus, que a Oração e a paz esteja sobre o Profeta, Sua família e Seus companheiros.


Caro povo,

 A Marcha Verde é e permanecerá o símbolo absoluto da simbiose que une indissoluvelmente o Trono e o povo.

 

Ela é a prova, se é necessário, em conjunto, o rei e o povo de Marrocos formam uma força, diante dos desafios que a nação enfrenta.

 

Ao passo que em 1975, tornou-se possível a recuperação do Saara, o que se perpetua até hoje, constituindo o espírito eterno da Marcha Verde, no sentido de envolver no bom desenvolvimentos de todas as regiões do reino.

 

Alimentamos a mesma ambição para nossas províncias do sul, mantendo um elo real entre Marrocos e o resto da África em termos de geografia, humano e económico.

 

Caro povo,

 

Sobre a marroquinidade do Saara, o Marrocos tem sempre demonstrado uma posição clara, inspirada por uma fé inabalável na justiça de sua causa e na legitimidade de seus direitos.

 

É, portanto, com sinceridade e boa fé que continuará a trabalhar, de acordo com o processo político exclusivo da ONU e das resoluções do Conselho de Segurança, para alcançar uma solução política, realista, pragmática e consensual.

 

Séria, credível, criteriosa nas orientações, a Iniciativa de autonomia constitui a tradução concreta da solução buscada. De fato, constituindo a única maneira para alcançar uma solução contro o conflito, e em pleno respeito à unidade nacional e a integridade territorial do Reino.

 

Esta perspectiva é reforçada pelo fato de que um número cada vez maior de países (para ser mais preciso 163 até agora) sem reconhece a entidade fictícia da SADR.

 

A Iniciativa Autonomia é também apoiada por parcerias e acordos, ligados com as grandes potências, e um certo número de países irmãos e amigos de nosso país que cobrem todas as suas regiões, incluindo as Províncias do Sul.

 

Cara povo,

 

Graças à Marcha Verde, o Marrocos recuperou suas Províncias do sul.

 

Desde então, o mapa de Marrocos se mudou. No entanto, nem sempre entendemos exatamente sua configuração, que situa Rabat no ponto do norte do país e Agadir no centro.

 

De fato, Agadir se encontra quase na equidistante de Tânger e das províncias saranianas.

 

Além disso, é inconcebível, mesmo com a centralidade geográfica da região de Agadir, de seus recursos e de seu potencial, algumas infraestruturas básicas parem no auge de Marrakech.

 

Por isso, chamamos a uma reflexão séria sobre o estabelecimento de uma via ferroviária entre Marrakech e Agadir, tendo em vista uma perspectiva de extensão posterior para o resto das províncias do sul.

 

Também nos defendemos o desenvolvimento da rede viária que reforça daqui em frente a implantação da via expressa Agadir-Dakhla.

 

Essa linha contribuirá não apenas para proporcionar uma abertura de toda a região, mas também alcançar um desenvolvimento e um crescimento econômico, impulsionado, em particular, pelo transporte de pessoas e bens, o que apoia os setores econômicos em geral, as atividades da região em termos de actividades de exportação e turismo em particular.

 

Este projeto de infraestrutura ferroviária constituirá definitivamente uma alavanca essencial para a criação de muitos empregos, não apenas na região de Souss, mas também para todas as zonas circundantes.

 

De fato, a região de Souss-Massa possa se tornar um centro econômico que liga as partes norte e sul de Marrocos, possibilitando a junção entre Tânger no norte, Oujda no leste, por um lado, as províncias do Saara, por outro lado. Essa orientação faz parte da estrutura da regionalização avançada, concebida no espírito de uma distribuição equitativa da riqueza entre todas as regiões do Reino.

 

O Marrocos, que chamamos com nossos corações construi um edifício baseado sobre um espírito harmonioso e complementar entre as regiões. Além disso, cada um beneficia equitativamente das infraestruturas e dos principais projetos, necessariamente lucrativos para todo o país.

 

O desenvolvimento regional deve neste sentido basear-se na cooperação entre regiões e a complementaridade. Cada um deles deve, dependendo de seu potencial e suas especificidades, ter uma grande zona dedicada às atividades econômicas.

 

Também é importante implementar políticas setoriais em nível regional.

 

A esse respeito, enfatiza-se que a nova dinâmica, lançada em nível das instituições do Estado, do governo e da administração, deve também ser destacada em nível regional.

 

Caro povo,

 

Nossa preocupação é de assegurar um desenvolvimento equilibrado e eqüitativo, beneficiando todas as regiões do Reino, bem como engajar no sentido de estabelecer relações sólidas e firmes com os Estados irmãos do Magrebe.

De fato, perante as oportunidades e os desafios que ameaçam, a situação atual na região e nas zonas do Mediterrâneo dependem de nossa atenção, exigendo a tomar ações construtivas. Em termos:

 

• Por um lado, a juventude do Magrebe exige que montemos um espaço aberto, propício à interação e intercâmbio;

 

• Por outro lado, o setor empresarial requere que se assegure as condições favoráveis ​​ao seu desenvolvimento;

 

• Da mesma forma, nossos parceiros, particularmente os europeus, necessitam de um parceiro eficaz;

 

• Quanto aos nossos irmãos na África Subsaariana, eles esperam que nossos países contribuam na realização de programas e diante dos desafios que ameaçam o continente;

 

• Finalmente, nossos irmãos árabes desejam ver o Grande Magrebe se unir em prol da construção de uma nova ordem árabe.

 

As esperanças e as expectativas são enormes; os desafios são muitos e difíceis. Mas podemos se defender contra aqueles que não medem os resultados.

 

De facto, nosso inimigo comum reside na imobilidade e no baixo nível de desenvolvimento, ainda vivenciado por nossos cinco povos.

 

Caro povo,

 

O Saara Marroquino constitui a porta de entrada de Marrocos para a África Subsaariana.

 

Desde nossa ascensão ao trono, temos inscrito nosso continente no centro de nossa política externa. Assim, temos efectuado muitas visitas nos diferentes países, resultado de quase mil acordos que abrangem todos os  domínios da cooperação.

 

Essa orientação coroado de sucesso uma vez que o Marrocos ocupa agora um lugar de escolha na África, nos domínios econômicos, políticos, culturais e religiosos.

 

Além disso, somos determinados a construir o Marrocos como um ator-chave na construção da África de amanhã.

 

Nossa ambição é também aumentar o nível do comércio, bem como o volume de investimentos marroquinos em todo o continente. É, por fim, iniciar uma nova etapa, baseada em interesses mutuamente benéficos.

 

Para atender a esses objetivos, o Marrocos terá que honrar os seus compromissos e continuar a consolidar sua presença na África.

 

Caro povo,

 

Todos envolvidos quando ao desafio que é de preservar a unidade nacional e a integridade territorial, bem como de promover o desenvolvimento global na escala do país.

 

Além disso, cabe a nós fortalecer constantemente as relações humanas, econômicas e políticas que ligam o Marrocos aos países africanos.

 

O momento é propício para reafirmar o nosso apego a Marcha Verde e a fidelidade ligada à memória imaculada de seu artesão, o nosso venerável pai, sua majestade o rei Hassan II, que Deus esteja com sua alma, e todas as almas da liberdade, dos marroquinos que sacrificaram suas vidas em prol da liberdade e do progresso do país, da sua unidade, segurança e estabilidade.

 

Wassalamou alaikum warahmatullahi

 

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