A adesão de Marrocos à zona libre troca continental Africano (CAFTA) não
pode ser interpretada como um reconhecimento de uma situação, de um fato ou entidade que ameaça a
integridade territorial e a unidade nacional, sublinhou, Domingo em Niamey, o
ministro de Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Nasser Bourita.
"O Marrocos aderiu fortemente ao estabelecimento da ZLECA, mas a sua
assinatura e ratificação neste acordo não pode ser interpretada como um
reconhecimento de uma situação, de um fato ou de uma entidade que não não reconhece e
ameaça à sua integridade territorial e unidade nacional", declarou Bourita
à imprensa no final da 12ª Cimeira Extraordinária da União Africana, na qual ele
representou o seu Rei Mohammed VI. "O Marrocos age de acordo com uma doutrina
e princípios claros quando se trata de diferenciar entre membros de uma
organização, reconhecimento de entidades que poderiam fazer parte dela, mas o
Marrocos não reconhece", declarou ele. Acrescentou ele. Neste exercício em
particular, "a aberração é flagrante", declarou o ministro, interrogando-se
como uma entidade que não tem território, podendo pertencer a uma zona de livre
comércio? "Se esta entidade vai negociar a partir de Tindouf, isso será o
comércio interno com outro país da União Africana que é a Argélia",
prosseguiu Bourita, perguntando-se " sobre que moeda esta entidade vai fazer?
Se este comércio ocorre, isto é com a moeda argelina".
Além disso, exclamou o ministro, "se as mercadorias devem passar por um costume, isto será aquele da Argélia, então esta é a aberração que o Marrocos levantou".
De acordo com o Sr. Bourita, esse estado de facto é ainda mais "aberrante", que a pedra de alicerce da ZLECA, constituindo as comunidades econômicas regionais.
"Procurando entre os membros da União Africana, que é a entidade que não pertence a nenhuma comunidade econômica regional e podendo entender a aberração", concluiu o Sr. Bourita.
-Actualidade sobre a questão do Sara Ocidental / Corcas