O líder dos separatistas, internado num hospital de Logroño, sob uma falsa identidade argelina e documentos falsos, "aguardando com este subterfúgio escapar à justiça espanhola", perseguido por genocídio, estupro, terrorismo, crimes de guerra e graves violações dos direitos humanos, contra vítimas espanholas e saharauis, sublinha o portal.

Segundo o "Relatório Político da UE", a atitude das autoridades espanholas neste caso envergonhou a União Europeia e desencadeou protestos das vítimas da Polisário.

Na Espanha, recorde-se, centenas de vítimas manifestaram-se em Madrid, Tarragona e outras cidades, denunciando a atitude de Madrid, impedindo à justiça ativar e acelerar os processos judiciais em curso para evitar que o líder dos separatistas escape da justiça espanhola.

O "Relatório Político da UE" retoma também a queixa de violação, apresentada  em forma de queixa, 2010, contra o chamado Brahim Ghali através da Khadijatou Mahmoud, uma jovem saharaui, dos campos de Tindouf, bem como outra apresentada, 24 de Abril, junto ao juiz de instrução do Tribunal de Málaga por meio do cientista político espanhol Pedro Ignacio Altamirano, acusando o líder dos separatistas de ser o instigador das ameaças de morte por parte das milícias Polisario, via as redes sociais.

Durante este tempo, anota o portal, em Bruxelas, o Serviço Europeu para a Ação Externa, chefiado pelo espanhol Josep Borrell, "parece ter ficado atordoado num silêncio constrangedor por esse comportamento pouco diplomático surpreendente por parte dos espanhóis".

"A Europa não pode tratar seus amigos e aliados de forma tão arrogante, esperando ser levada a sério tanto como parceiro internacional", aponta o site.

O líder dos separatistas da Polisario "deve ser traduzido na justiça, e o Marrocos, como parceiro de confiança e respeitado por parte da UE, merece as respostas adequadas às questões que levantou sobre este assunto", conclui o portal.

-Notícias sobre a questão do Saara Ocidental / Corcas-